ISADORA
(1968)
“Isadora”, do “Free Cinema’s Director”
Karel Reisz (o mesmo que anteriormente nos dera “Sábado à Noite, Domingo de
Manhã” (1960), “Ao Cair da Noite” (1964) e “Morgan - Um Caso para Tratamento”
(1966), e que continuaria depois a carreira com, entre outros, “O Vício do Jogo”,
“Os Guerrilheiros do Inferno”, o magnífico “A Amante do Tenente Francês”,
“Depois da Meia-noite” ou “Corrupção na Cidade”), parece, à primeira vista, uma
obra com pouco a ver com as características da corrente que o cineasta ajudou a
implantar em Inglaterra, aproximando-se mais da superprodução luxuosa. Mas a
verdade é que se esta história da vida, obra e amores de Isadora Duncan se
reveste de uma roupagem sumptuosa, com uma cuidada reconstituição dos anos 20
na Europa e na América, na essência a intenção de Karel Reisz permanece muito
próxima dos filmes iniciais do free cinema. O que se exalta aqui não serão os
operários afastados durante anos do cinema inglês, mas sim valores
revolucionários, tanto como forma de vida, como na prática artística ou na
actividade política.
Convém, portanto, recordar quem foi a
protagonista deste filme, ainda que de forma sucinta: Angela Isadora Duncan
nasceu a 27 de Maio de 1877, em São Francisco, EUA, e viria a falecer a 15 de
Dezembro de 1927, com 50 anos, em Nice, França. Bailarina, foi a terceira dos
quatro filhos do casal Dora Gray Duncan, pianista e professora de música, e
Joseph Charles, poeta. Considerada a pioneira da dança moderna, causou polémica
ao contrariar as técnicas do ballet clássico. Dizem que se inspirou nas figuras
de dançarinas aparecidas nos vasos gregos da antiguidade clássica. A ruptura
era total e revolucionária, vivendo à base de movimentos improvisados,
inspirados, nalguns casos, nos movimentos da natureza, do vento, plantas, entre
outros. Os cabelos soltos e os pés descalços também faziam parte dos contornos
exteriores da personalidade da dançarina que usava túnicas leves que esvoaçavam,
abdicaria de cenários pomposos, usando normalmente apenas uma cortina azul, e
ilustrava composições de Chopin ou Wagner, entre outros, pouco solicitados até
aí no reportório do bailado clássico.
Mas não foi só na prática profissional
do bailado que Isadora Dundan se notabilizou. Toda a sua vida foi uma constante
transgressão da normalidade e da tradição. Avessa ao casamento, teve vários
amantes e apenas um casamento que duraria pouco tempo. Dois dos relacionamentos
mais citados foram com o designer teatral Gordon Graig e também com o
milionário parisiense Eugene Singer (filho do responsável pelas máquinas Singer
conhecidas no mundo). Isadora teve um filho de cada uma dessas relações, ambos
tragicamente mortos, em 1813, dentro de um carro que resvalou para o Sena. Para
lá de outros amantes, Isadora aceitou casar com o poeta russo Serguei
Iessienin, então grande defensor da revolução soviética, de quem se separa dois
anos depois. Serguei regressa a Moscovo, é internado num hospício e a versão
que corre oficialmente é que se suicidou em 1925. Ficam as dúvidas. Isadora vai
para França e passa seus últimos anos, em Nice, onde morre, vitima de um
acidente invulgar: a longa echarpe que leva à volta do pescoço, durante uma
viagem de carro, enrola-se numa das rodas do automóvel e estrangula-a. Corria o
dia de 14 de Setembro de 1927. Foi sepultada no Cemitério do Père-Lachaise, em
Paris.
As suas convicções políticas também
ficaram bem vincadas em várias situações. Quando da sua viagem a Moscovo, onde
se mostrou adapta desse recém nascido pais comunista, ou na sua deslocação aos
Estados Unidos, onde se apresentou com uma bandeira vermelha, dizendo-se
“vermelha”, o que criou imensa polémica à sua volta e um violento movimento popular
para a expulsar do país. Além disso criou várias escolas de dança, Em
Inglaterra, França e Rússia, gratuitas, para crianças. Escreveu algumas obras
que são recordadas como importantes contributos para a dança moderna: em 1908
surge “The Dance”, em 1927 escreve uma autobiografia, “My Life”, e em 1928,
postumamente, são editados alguns artigos em “The Art of the Dance”.
Da conjugação do enorme talento da
actriz Vanessa Redgrave e do realizador Karel Reisz, mas igualmente da
combinação das ambições revolucionárias de ambos, surge “Isadora”, o filme. É
uma revisitação de parte da vida da bailarina, que intercala momentos dos seus
derradeiros dias passados em Nice, com flashbacks da sua existência passada,
desde os tempos de juventude, quando começou a ser notada em pubs onde a sua
forma de dançar, apimentada, despertava celeuma e entusiasmo, passando por
encontros amorosos, actuações em palcos célebres, em Inglaterra, Paris, Boston
ou Moscovo. Para Isadora Duncan “dançar é viver, a dança é uma escola da vida”.
Por isso, o seu comportamento no palco e fora dele era coerente e ousado.
Quando se ligou a Serguei Iessienin proclamou publicamente: “Eu e Serguei somos
artistas. Todos os artistas devem ser revolucionários”. Quando morreu, dez anos
depois da revolução bolchevique, ainda a URSS era mais do que uma esperança
para os jovens revolucionários de todo o mundo. Só um pouco mais tarde a
desilusão começaria a galgar terreno. Isadora bebeu dessa euforia, ofereceu o
corpo aos insultos que gritavam “fora com o lixo vermelho”, fez-se cidadã
soviética, e tudo isso a camara de Reisz capta com igual exaltação. O cineasta
faz da bailarina um exemplo, um símbolo. E Vanessa Redgrave, num dos seus
muitos momentos de glória como actriz, consegue tornar credível esse símbolo e
transformá-lo em algo vivo, que transporta a vida para o palco e devolve a arte
e a beleza da dança à vida. É sobretudo Vanessa Redgrave que torna “Isadora”
uma obra irrepetível, muito bem secundada por James Fox (Gordon Craig), Jason
Robards (Singer), Zvonimir Crnko (Essenin) ou John Fraser (Roger). Mas a
direcção artística cuidada, a fotografia voluptuosa, o envolvimento musical, e
a complexa montagem são outros tantos aspectos a ter em conta.
ISADORA
Título
original: Isadora
Realização: Karel Reisz
(Inglaterra, França, 1968); Argumento: Melvyn Bragg, Clive Exton, Margaret
Drabble, segundo obras de Isadora Duncan ("My Life") e Sewell Stokes
("Isadora Duncan an Intimate Portrait"); Produção: Raymond Hakim,
Robert Hakim; Música: Maurice Jarre;
Fotografia (cor): Larry Pizer; Montagem: Tom Priestley; Casting: Miriam
Brickman; Design de produção: Jocelyn Herbert; Direcção artística: Zeljko
Senecic, Michael Seymour; Maquilhagem: Olga Angelinetta, Biddy Chrystal, Wally
Schneiderman; Direcção de Produção: Roy Parkinson, Eric Rattray; Assistentes de
realização: Adrian Hughes, Grania O'Shannon, Claude Watson; Departamento de
arte: Terry Apsey, Harry Cordwell, Bryan Graves; Som: Maurice Askew, Jim
Atkinson, Terry Rawlings, Ken Ritchie; Companhias de produção: Hakim, Paris
Film, Universal Pictures; Intérpretes:
Vanessa Redgrave (Isadora Duncan), John Fraser (Roger), James Fox (Gordon
Craig), Jason Robards (Singer), Zvonimir Crnko (Essenin), Vladimir Leskovar
(Bugatti), Cynthia Harris (Mary Desti), Bessie Love (Mrs. Duncan), Tony Vogel
(Raymond Duncan), Libby Glenn (Elizabeth Duncan), Ronnie Gilbert (Miss Chase),
Wallas Eaton (Archer), Nicholas Pennell (Bedford), John Quentin (Pim),
Christian Duvaleix (Armand), David Healy (Manager do Teatro de Chicago), Lucinda Chambers
(Deirdre), Simon Lutton Davies (Patrick), Noel Davis, Ina De La Haye,
Constantine Yranski, Stefan Gryff, John Brandon, Robert Ayres, Stephanie
Connell, Jan Conrad, Margaret Courtenay, Arnold Diamond, Mark Dignam, Hal
Galili, Anthony Gardner, Alan Gifford, Dolores Judson, Nigel Kingsley, Robin
Lloyd, Richard Marner, Cal McCord, Terence Mountain, Zuleika Robson, Lucy
Saroyan, Roy Stephens, Iza Teller, Sally Travers, John Warner, Arthur White,
etc. Duração: 138 minutos; 153 min
(director's cut) ou 168 min (na estreia); Distribuição em Portugal (DVD):
Macadih vídeo (Espanha); Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em
Portugal: 21 de Novembro de 1969.
VANESSA
REDGRAVE (1937 - )
Nasceu a 30 de Janeiro de 1937, em
Greenwich, Londres, Inglaterra. Filha dos actores Michael Redgrave e Rachel
Kempson. Irmã de Corin Redgrave e Lynn Redgrave. Na família ainda se encontram
outros membros dedicados às artes, como Jemma Redgrave (sobrinha) e Liam Neeson
(son-in-law). Casada com Tony Richardson (1962–1967) e Franco Nero (2006–até ao
presente). Entre 1971 e 1986 manteve uma relação com o actor Timothy Dalton.
Três filhos: Natasha Richardson (1963–2009), Joely Richardson (1965) e Carlo
Gabriel Nero (1969). Laurence Olivier anunciou o nascimento de Vnessa durante
uma representação de Hamlet, no Old Vic, informando o público que o seu colega
de palco, Sir Michael Redgrave acabara de ter uma filha. Foi educada na Alice
Ottley School e na Worcester & Queen's Gate School, de Londres, antes de se estrear no teatro. Entrou para a
Central School of Speech and Drama em 1954. Estreia-se no West End em 1958.
Foi, no entanto, em 1961, ao interpretar
Rosalind, na peça “As You Like”, na Royal Shakespeare Company, que ela começou
a chamar definitivamente a atenção para o seu talento, o que não mais deixaria
de brilhar, tanto dnoteatro, como no cinema e na televisão. Integrou o eenco de
mais de 35 espectaculos, tanto no West End de Londres, como na Broadway de Nova Iorque, ganhando tanto o
Tonys como Oliviers. No cinema surgiu em mais de 80 titulos, sempre com
indiscutível sucesso, sendo de referir “Blowup” (1966), “Isadora” (1968),
“Mary, Queen of Scots” (1971), “The Devils” (1971), “Julia” (1977), “The
Bostonians” (1984), “Howards End” (1992), “Mission: Impossible” (1996) ou
“Atonement” (2007). Tanto Arthur Miller como Tennessee Williams consideraram-na
“a maior actriz viva do nosso tempo”.
Até hoje é a única actriz inglesa a
ganhar os prémios mais importantes de cinema, teatro e televisão: Oscar, Emmy,
Tony, Olivier, Cannes, Veneza, Golden Globe e Screen Actors Guild. Conta com
mais de meia centena de nomeações e mais de quarenta prémios
interanacionais.
Vanessa Redgrave é ainda conhecida por
defender causas sociais e políticas, sendo muito conhecida a sua contribuição
para a defensa do estado palestiniano.
Cinco nomeações para Oscars nos filmes
“Howards End” (1992), “The Bostonians” (1984),
“Mary, Queen of Scots” (1971), “Isadora” (1968) e “Morgan: A Suitable
Case for Treatment” (1966)e um Oscar ganho com “Julia” (1977). treze nomeações
para os Globos de Ouro, de que triunfou duas vezes (“Julia”, 1977, e “If These
Walls Could Talk 2”, 2000, respectivamente em cinema e televisão). As restantes
nomeações foram para “The Gathering Storm” (2002), “Bella Mafia” (1997), “A
Month by the Lake” (1995), “A Man for All Seasons” (1988), “Prick Up Your Ears”
(1987), “Second Serve” (1986), “The Bostonians” (1984), “Mary, Queen of Scots”
(1971), “Isadora” (1968), “Camelot” (1967) e “Morgan: A Suitable Case for
Treatment” (1966). Ganhou dois Emmy, com “Playing for Time” (1980) e “If These
Walls Could Talk 2” (2000). Foi ainda nomeada pelo trabalho em “The Gathering
Storm” (2002), “Young Catherine” (1991), “Second Serve” (1986) e “Peter the
Great (1986). Várias nomeações para os BAFTAS e um honorário em 2010. Ganhou o Festival de Cannes por duas
vezes, com “Isadora” (1968) e “Morgan: A Suitable Case for Treatment” (1966).
Recebeu o David di Donatello com “Mary, Queen of Scots” (1971). Ganhou em
Veneza, com “Little Odessa” (1994). A esses devem juntar-se dezenas de outros
p+restigiados prémios e distinções.
Filmografia
Cinema: 1958: Behind the Mask (Por
Detrás da Máscara), de Brian Desmond Hurst; 1959: A Midsummer Night's Dream
(TV); 1960: BBC Sunday-Night Play (TV) -Twentieth Century Theatre: The Elder
Statesman; 1963: As You Like It (TV); 1964: Armchair Theatre (TV) ; First Night
(TV); 1965: Love Story (TV); 1966: A Farewell to Arms (TV); 1966: A Man for All
Seasons (Um Homem para a Eternidade), de Fred Zinnemann; The Sailor from
Gibraltar, de Tony Richardson; Blow-Up (Blow-Up, História de um Fotógrafo), de
Michelangelo Antonioni; Morgan: A Suitable Case for Treatment (Morgan - Um Caso
para Tratamento), de Karel Reisz; 1967: Camelot (Camelot), de Joshua Logan; Red
and Blue, de Tony Richardson (curta-metragem); 1968: The Charge of the Light
Brigade (A Carga da Brigada Ligeira), de Tony Richardson; Isadora (Isadora), de
Karel Reisz; Un Tranquillo Posto di Campagna (Um Tranquilo Lugar na Província),
de Elio Petri; The Seagull (A Gaivota), de Sidney Lumet; 1969: Oh What a Lovely
War! (Viva a Guerra!), de Richard Attenborough; 1970: Drop Out, de Giovanni
Brass; The Devils (Os Diabos), de Ken Russell; En mor med två barn väntandes
sitt tredje (curta-metragem); 1971: The Trojan Women (As Trioanas), de Michael Cacoyannis; Mary, Queen of Scots
(As Duas Rainhas), de Charles Jarrott; 1972: La Vacanza, de Giovanni Brass;
1973: A Picture of Katherine Mansfield (TV); 1974: Murder on the Orient Express
(Um Crime no Expresso do Oriente), de Sidney Lumet; 1975: Out of the Season
(Fora de Estação), de Alan Bridges; 1976: The seven per cent solution (O
Regresso de Sherlock Holmes), de Herbert Ross; 1977: Julia (Júlia), de Fred
Zinnemann: 1979: Agatha (O Mistério de Agatha), de Michael Apted; Bear Island
(A Ilha dos Ursos), de Don Sharp; 1980: Yanks (Yanks), de John Schlesinger;
Playing for Time (TV); 1982: My Body, My Child (Meu Corpo, meu Filho), de
Marvin J. Chomsky (TV): 1983: Sing Sing, de Sergio Corbucci; Wagner (TV); 1984:
The Bostonians (As Mulheres de Boston), de James Ivory; Steamin, de Joseph
Losey; Faerie Tale Theatre (TV) episódio
Snow White and the Seven Dwarfs, de Peter Medak; 1985: Whetherby, de David
Hare; 1985: American Playhouse (TV); 1986: Comrades, de Bill Douglas; Second Serve (TV); Peter the
Great (TV); 1987: Prick Up Your Ears (Vidas em Fúria), de Stephen Frears; 1988:
Consuming Passions (A Louca Doçura), de Giles Foster; A Man for All Seasons
(Conflito Mortal), de Charlton Heston (TV); 1989: Pokhorony Stalina, de Evgeniy
Evtushenko; 1990: Diceria dell'untore, de Beppe Cino; Romeo.Juliet, de Armondo
Linus Acosta; No Calor do Sul (TV);
1991: Ballad of the Sad Café (A Balada das Paixões), de Simon Callow;
What Ever Happened to Baby Jane? (TV); Young Catherine (TV); 1992: Howards End
(Regresso a Howards End), de James Ivory; 1992: Indiana Jones - Crónicas da
Juventude (TV); 1993: The House of the Spirits (A Casa dos Espíritos) de Bille
August; Un Muro de Silencio, de Lita Stantic; Great Moments in Aviation (TV);
1993 They Eles vêem), de John Korty
(TV); 1994: Storia di una Capinera, de Franco Zeffirelli; 1995 The Wind in the
Willows (TV); Down Came a Blackbird (TV); 1995: Little Odessa de James Gray
(Viver e Morrer em Little Odessa), de James Gray; Mother's Boy (Assédio Fatal),
de Yves Simoneau; A Month by the Lake (Amor à Beira do Lago) de John Irvin;
1996: Smilla's Sense of Snow (Smilla e o Mistério da Neve), de Bille August;
1996: Mission Impossible (Missão Impossível), de Brian De Palma; The Willows in
Winter (TV); 1996 Two Mothers for Zachary (TV);
1997: Wilde (Wilde), de Brian Gilbert; Déjà Vu, de Henry Jaglom; Mrs.
Dalloway, de Marleen Gorris; Bela Mafia (TV);
1998: Deep Impact (Impacto Profundo), de Mimi Leder; Lulu on the Bridge,
de Paul Auster; Cradle will Rock (América - Anos 30), de Tim Robbins; Le
Clandestin, de Carlos Gabriel Nero; 1999 Girl, Interrupted (Vida Interrompida),
de James Mangold; Uninvited, de Carlo
Gabriel Nero; Eleonora (TV); A Rumor of Angels, de Peter O'Fallon; Mirka, de
Rachid Benhadj; 2000: The 3 Kings, de Shaun Mosley; Escape to Life: The Erika
and Klaus Mann Story, de Wieland Speck,
Andrea Weiss; Children's Story, Chechnia (Curta-metragem) (voz); If These Walls
Could Talk 2 (Amor no Feminino) (TV); 2001: The Pledge (A Promessa), de Sean
Penn; 2002: Crime and Punishment, de Menahem Golan; Jack and the Beanstalk: The
Real Story (TV); The Locket (TV); The
Gathering Storm (O Homem Que Mudou o Mundo), de Richard Loncraine; 2003: Good
Boy! (Um Cão do Outro Mundo), de John Hoffman; Byron (TV); 2004: The Fever, de
Carlo Gabriel Nero; 2005: The Keeper: The Legend of Omar Khayyam, de Kayvan
Mashayekh; Short Order, de Anthony Byrne; The White Countess (A Condessa
Russa), de James Ivory; 2006: The Thief Lord, de Richard Claus; The Shell
Seekers (TV); 2007: How About You...,
de Anthony Byrne; The Riddle, de Brendan
Foley; Venus (Venus), de Roger Michell; Evening (Ao Anoitecer), de Lajos
Koltai; Atonement (Expiação), de Joe Wright; 2008: Restraint (Ravenwood - Jogo
de Sobrevivência), de David Denneen;Ein
Job (TV); Gud, lukt och henne; 2009: Identity of the Soul, de Thomas Høegh;
2004-2009: Nip/Tuck (TV); The Day of the
Triffids (TV); 2010: Lettres à Juliette (Cartas para Julieta), de Gary Winick;
Konferenz der Tiere (Animais Unidos Jamais Serão Vencidos), de Reinhard Klooss,
Holger Tappe; Miral, de Julian Schnabel; 2011: Anonymous (Anónimo), de Roland
Emmerich; Coriolanus (Coriolano), de Ralph Fiennes; Cars 2 (Carros 2), de John
Lasseter, Brad Lewis; The Whistleblower (Delatora), de Larysa Kondracki; Song
for Marion, de Paul Andrew Williams; The Last Will and Testament of Rosalind
Leigh, de Rodrigo Gudiño; Political Animals (TV); 2013: The Butler (O Mordomo)
de Lee Daniels; 2014: Black Box (TV); The Thirteenth Tale (TV); Playhouse
Presents (TV); 2012-2015: Old Roseanne McNulty (Chamem a Parteira) (TV); 2015:
The Secret Scripture (pre-produção).
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