O CRIADO (1963)
A
importância maior de “O Criado” reside na riqueza de implicações que encerra e
que vão de um nível declaradamente sociopolítico (relações de senhor e servo no
seio de uma sociedade de classes), até um outro, psicológico, psicanalítico,
onde o elemento sexual desempenha um papel importante (não só um clima de
homossexualidade latente entre Tony e Barrett, mas também entre homens e
mulheres, como veremos mais adiante). Losey supervaloriza sobretudo o lado
sociopolítico, afirmando ser o seu filme uma obra de raiz marxista, mas é
evidente que ela também pode, e deve, ser vista e analisada por um prisma
ético, como um estudo do servilismo e da sua consequente corrupção. Aliás, só
através de uma interpenetração dialéctica dos diversos níveis de uma realidade
é que se poderá compreender integralmente a qualidade e o rigor desta obra de
Joseph Losey, datada de 1963.
Convirá
resumir rapidamente o esquema da película para melhor sabermos do que falamos.
Tony, jovem burguês, relativamente bem instalado na vida e com uma certa
nostalgia aristocrática muito à século XIX (o seu projecto de fundar três
cidades em África e povoá-las com asiáticos esfomeados é um elemento bem
elucidativo), contrata um criado, Barrett. O primeiro encontro entre ambos
dá-se numa casa vazia e logo aí o ascendente de Barrett é notório, em relação a
um jovem adormecido pela cerveja e que se prevê presa fácil. É Tony, porém,
quem possui o dinheiro - isto é, o capital - será ele “o senhor”. Barrett
passará a ser o seu “criado”, eficiente, cumpridor, zeloso, servil. De um
servilismo insinuante que obriga Susan (a namorada de Tony) a intervir,
perguntando-lhe o que quer ele daquela casa.
O
criado vai, pois, assenhoreando-se lentamente da situação, mete ao serviço uma
criada que diz ser sua irmã e não passa da sua amante, e acaba por aliciar Tony
na conquista dessa jovem, facilitando-lhe a ocasião. Tony e Vera, Vera e
Barrett. Indistintamente. Nesta altura, Barrett é já “o senhor” porque passou a
possuir o segredo das relações que Tony desconhece e que ele guarda ciosamente,
de cumplicidade com Vera.
Um dia,
contudo, Tony surpreenderá Barrett e Vera fazendo amor no seu quarto. De
início, pensa na monstruosidade de um incesto, mas é logo tranquilizado pelo
“servant”: Vera é sua noiva e não vale a pena complicar as coisas, já que ambos
estão metidos no mesmo barco. Tony despede Barrett e Vera e afasta-se de Susan,
que presenciou igualmente o episódio.
Tempos
mais tarde, porém, Barrett regressa e Tony mostra-se incapaz de passar sem
Vera, que reaparece também. Invertidas definitivamente as situações, Barrett é
agora o homem forte e dominador e Tony o servo de uma outra moeda que se
transformou agora em capital, Vera. De degrau em degrau, a corrupção atinge o
paroxismo e o tempo imobiliza-se Por detrás de uma fachada muito britânica,
donde se afasta a câmara de Losey.
Como
facilmente se pode ver, “The Servant” repousa essencialmente sobre as relações
de força existentes entre “o senhor” e “o servo”. Numa sociedade viciada pela
injustiça social (e pela violência que a impõe e mantém) a corrupção é
inevitável. Tanto opressor como oprimido partilham dessa degradação lenta e
contínua: o oprimido porque consente o servilismo, o opressor porque o
estabelece. A ordem dos factores é, todavia, arbitrária e tanto faz ser Barrett
o servo ou o senhor, como tanto faz ser Tony o senhor ou o servo. Dir-se-á,
porém, que enquanto Tony é senhor tudo corre com certa normalidade e evidente
equilíbrio. Esta é a situação legalmente sancionada pelo bom senso de um
servilismo quotidianamente aceite e tolerado (Barrett indo às compras, Barrett
lavando os pés a Tony, Barrett cozinhando, Barrett servindo... ). O caos surge
quando Barrett se substitui a Tony na chefia da casa. E tudo se desenrola ainda
no plano do previsível: Barrett assume o comando, sem ter presentes os seus
direitos, sem consciência de classe.
Fá-lo
instintivamente, quase diríamos que por vingança (como a criada que veste os
fatos da senhora, quando esta está fora). Barrett irá ocupar um lugar e
subverter a ordem. Não irá criar justiça. Não elimina relações viciadas, nem o
pretende. Serve-se delas para se impor a si mesmo. Invertendo a ordem dos
factores, manterá a relação de força, desde que mais nada tenha sofrido uma
profunda transformação.
Se
insistimos particularmente neste aspecto social e ético da obra de Losey, é
porque nos parece óbvio ser esse o seu fulcro, de onde nascerão todos os outros
aspectos aliciantes da película, nomeadamente o das relações homossexuais
latentes entre Tony e Barrett (dizemos latente porque Losey não transige com o
possível voyeurismo do tema e mantém o mesmo a um nível de ambiguidade, só
sugerido por algumas passagens e uma ou outra conversa. nomeadamente nas
referências a um tipo de educação e de camaradagem que Barrett sublinha com
justeza). Mas, neste campo, Losey mostra-se de um grande pudor, criando um
clima emocional de forte e intensa simbologia que tem o seu ponto limite num
jogo de esconde-esconde.
Em “O
Criado”, Losey domina inteiramente (e com que mestria!) o traçado rigoroso e
cerebral de seu cinema, não totalmente isento de um barroquismo de cenários que
a fotografia de Douglas Scolombe sublinha. Nesta obra-prima de Losey deverá
ainda salientar-se o tratamento do romance de Robin Maugham, adaptado ao cinema
por Harold Pinter, cuja colaboração com Losey se mostra frutuosa e decisiva.
Restará assinalar os notáveis desempenhos de Dirk Bogard, James Fox e Sarah
Miles, anjos caído num inferno de corrupção, figuras que conseguem, mesmo
assim, manter um certo fundo de pureza e ingenuidade.
Esta é
unicamente uma hipótese de aproximação de “The Servant”. Outras haverá e talvez
mais ricas e mais sugestivas. O que quererá dizer que “O Criado” é,
seguramente, um filme de uma enorme riqueza de interpretações e de uma
impressionante variedade de leituras.
O CRIADO
Título original: The Servant
Realização: Joseph Losey (Inglaterra,
1963); Argumento: Harold Pinter, segundo romance de Robin Maugham ("The
Servant"); Produção: Joseph Losey, Norman Priggen; Música: John Dankworth;
Fotografia (p/b): Douglas Slocombe; Montagem: Reginald Mills; Design de
produção: Richard Macdonald; Decoração: Ted Clements; Guarda-roupa: Beatrice Dawson; Maquilhagem: Joyce James,
Bob Lawrance; Direcção de Produção: Teresa Bolland; Assistentes de realização:
Roy Stevens; Som: Buster Ambler, John Cox, Gerry Hambling; Companhias de
produção: Elstree Distributors, Springbok Productions; Intérpretes: Dirk Bogarde (Barrett), James Fox (Tony), Sarah Miles
(Vera), Wendy Craig (Susan), Catherine Lacey (Lady Mounset), Richard Vernon
(Lord Mounset), Ann Firbank, Doris Knox, Patrick Magee, Jill Melford, Alun
Owen, Harold Pinter, Derek Tansley, Brian Phelan, Hazel Terry, Philippa Hare,
Dorothy Bromiley, Alison Seebohm, Chris Williams, Gerry Duggan, John Dankworth,
Harriet Devine, Davy Graham, Colette Martin, Joanna Wake, Bruce Wells, etc. Duração: 116 minutos; Distribuição em
Portugal: inexistente; Cópia DVD: Studio Canal; Inglês sem legendas; Classificação
etária: M / 12 anos; Data de estreia em Portugal: 25 de Setembro de 1970.
JOSEPH LOSEY (1909 – 1984)
Joseph
Walton Losey nasceu a 14 de Janeiro de 1909, em La Crosse, Wisconsin, EUA, e
viria a falecer a 22 de Junho de 1984, com 75 anos, em Londres, Inglaterra.
Oriundo de uma família de extrema religiosidade e puritanismo, esteve longe da
realidade política e social, até se confrontar com a Grande Depressão dos anos
30. Estuda medicina e integra o grupo de teatro na Universidade, onde toma
contacto com as ideias de Marx, Trotski ou Estaline, efectuando em 1931 uma
viagem a Moscovo. Começa depois a encenar em palcos de Nova Iorque peças de
evidente comprometimento político. Inscreve-se no Partido Comunista Americano,
e a sua carreira de cineasta é igualmente marcada por posições sociais e
políticas muito definidas, o que o levará, em 1952, a ser intimado a depor
perante o Comité das Actividades Antiamericanas. A curta-metragem "A Gun
in his hand", em 1945, marca o início da sua filmografia, e, em 1948,
estreia-se na longa-metragem, com "O Rapaz dos Cabelos Verdes", com
implicações anti belicistas e anti raciais. Incluído na lista negra, anos
depois, deixou de poder trabalhar nos EUA, exilando-se em Inglaterra. Mesmo
aqui encontra alguns problemas. Quando começa a colaborar com a Hammer Films,
em 1956, preparando-se para iniciar a rodagem de “X the Unknown”, o actor Dean
Jagger recusa trabalhar com um “simpatizante comunista” e é afastado da
película. É obrigado por vezes a usar um pseudónimo nos filmes que dirige, ou a
vê-los assinados por um "testa de ferro". Mas, a partir de "O
Criado", em 1963, passa a ser conhecido internacionalmente e o seu
prestígio estabelece-se, inclusive nos EUA. "O Mensageiro", de 1970,
ganha a Palma de Ouro no Festival de Cannes e, em 1976, com "Monsier
Klein", conquistou os Césars para "Melhor Filme" e "Melhor
Realizador". Impõe-se como um dos melhores cineastas europeus entre as
décadas de 60 e 70. Casado com Elizabeth Hawes (1937 - 1944), Louisa Stuart
(1944 - 1953), Dorothy Bromiley (1956 - 1963) e Patricia Losey (1970 - 1984).
Filmografia:
Como realizador: 1939: Pete Roleum and His
Cousins (curta-metragem); 1941: Youth Gets a Break (curta-metragem); A Child
Went Forth (curta-metragem, documentário); 1945: A Gun in His Hand
(curta-metragem); 1947: Leben des Galilei (curta-metragem); 1948: The Boy with
Green Hair (O Rapaz dos Cabelos Verdes); 1950: The Lawless (Intolerância);
1951: The Prowler (O Cúmplice das Sombras); M (Matou); The Big Night; Imbarco a
Mezzanotte (O Homem Esquecido) (assinado Andrea Forzano); 1954: The Sleeping
Tiger (A Fera Adormecida) (assinado Victor Hanbury); 1955: A Man on the Beach
(curta-metragem); 1956: The Intimate Stranger (assinado Joseph Walton); X, o
Inimigo Desconhecido (assinado Joseph Walton); 1957: Time Without Pity (Tempo
Impiedoso); 1958: The Gypsy and the Gentleman (A Cigana Vermelha); 1959: First
on the Road (curta-metragem); Blind Date (Encontro Fatal); 1960: The Criminal
(Prisão Maior); 1962: Eva (Eva); 1963: Damned ou These are the Damned; 1963:
The Servant (O Criado); 1964: King & Country; 1966: Modesty Blaise (A
Mulher Detective); 1967: Accident (Acidente); 1968: Boom (Choque); Secret
Ceremony (Cerimónia Secreta); 1970: Figures in a Landscape (Dois Vultos na
Paisagem); The Go-Between (O Mensageiro); 1972: The Assassination of Trotsky (O
Assassinato de Trotsky); 1973: A Doll's House (A Casa da Boneca); 1975:
Galileo; The Romantic Englishwoman (A Inglesa Romântica); 1976: Mr. Klein (Um
Homem na Sombra); 1978: Les Routes du Sud (A Estrada do Sul); 1979: Don
Giovanni (Don Giovanni); 1980: Boris Godunov (TV); 1982: La Truite (Uma
Estranha Mulher); 1985: Steaming.
DIRK BOGARDE (1921 – 1999)
Derek
Jules Gaspard Ulric Niven van den Bogaerde nasceu a 28 de Março de 1921, em
Hampstead, Londres, Inglaterra, e viria
a falecer a 8 de Maio de 1999, em Chelsea, Londres, Inglaterra, vítima de
ataque cardíaco. Filho de Ulric van den Bogaerde, director de arte do "The
Times" de Londres, e da actriz Margaret Niven. Estudou na Allen Glen's
School de Glasgow, e depois na University College School de Londres. Terminou
os estudos de arte na Chelsea Polytechnic, onde foi aluno de Henry Moore.
Passou pelo departamento de arte do "The Times", tentou a crítica de
arte e depois estudou arte de representar, iniciando-se no teatro como
cenógrafo. Permanece uns tempos na Amersham Repertory Company e, em 1939,
estreia-se nos palcos londrinos num pequena companhia, e chega ao West End na
peça de J.B. Priestley "Cornelius," assinando como "Derek
Bogaerde". Durante a II Guerra Mundial serve no exército, no Queen's Royal
Regiment, e na Air Photographic Intelligence Unit. Em 1947 é contratado por J.
Arthur Rank e começa regularmente uma carreira de actor de cinema, dividindo-a
com o teatro. Os seus primeiros sucessos acontecem com a serie “Doctor…”, entre
1954 e 1963, sempre sob a direcção de Ralph Thomas.
O
triunfo surge com a sua criação da personagem de criado, em “The Servant”, de
Joseph Losey. Torna-se rapidamente um dos maiores actores internacionais,
reputação confirmada com obras de Visconti, Losey, Schlesinger, Clayton, Cukor,
etc.
Bogarde
manteve uma relação homossexual de mais de 50 anos com o seu agente Anthony
Forwood (que entretanto fora casado com a actriz Glynis Johns). Com a morte de
Forwood, em 1988, Dirk Bogarde retira-se, passa a escrever memórias e outros
textos, e morre em 1999, de ataque cardíaco. No "The Independent", de
9 de Maio desse ano, afirmava-se que ele tivera “duas vidas brilhantes, no
cinema e na literatura”.
Filmografia
Como actor
1939: Come on George!, de Anthony
Kimmins; 1947: Dancing with Crime, de John Paddy Carstairs; Power Without Glory
(TV); Rope (TV); 1948: Once a Jolly Swagman, de Jack Lee; Esther Waters, de Ian
Dabrymple e Peter Pround; 1949: Quartet (Arte de Viver), de Ken Annakin
(episódio “The Alien Corn”); Dear Mr. Prohack, de Thornton Freeland; Boys in
Brown, de Montgomery Tully; 1950: The Blue Lamp (A Lâmpada Azul), de Basil
Dearden; So Long at the Fair (Uma Atrevida Aventura), de Antony Darnborough e
Terence Fisher; The Woman in Question (A Mulher das Cinco Caras), de Anthony
Asquith; Blackmailed, de Marc Allégret; 1952: Hunted (A Alma de um Criminoso),
de Charles Crichton; Penny Princess, de Val Guest; The Gentle Gunman (O Melhor
é não Matar), de Basil Dearden; 1953: Desperate Moment (Momento de Desespero),
de Compton Bennett; Appointment in London, de Philip Leacock; 1954: They Who
Dare (Os Comandos Atacam), de Lewis Milestone; Doctor in the House (Diga 33!),
de Ralph Thomas; The Sleeping Tiger (A Fera Adormecida), de Joseph Losey (V.
Hanbury); The Sea Shall Not Have Them, de Lewis Gilbert; For Better, for Worse,
de Jack Lee Thompson; 1955: Simba (Simba), de Brian Desmond Hurst; 1955: Doctor
at Sea (Uma Garota a Bordo), de Ralph Thomas; 1956: The Spanish Gardener (O
Jardineiro Espanhol), de Philip Leacock; 1957: Cast a Dark Shadow (Crime por
Engano), de Lewis Gilbert; 1957: I’ll Met by Moonlight (O Perigo nas Sombras),
de Michel Powell; 1957: Doctor at Large (Não Diga, Doutor), de Ralph Thomas;
1957: Campbell’s Kingdom (Meu reino, minha vida), de Ralph Thomas; 1958: A Tale
of Two Cities (À Sombra da Guilhotina), de Ralph Thomas; 1958: The Wind Cannot
Read (O Vento não sabe Ler), de Ralph Thomas; 1958: The Doctor's Dilemma (O
Dilema do Médico), de Anthony Asquith; 1959: Libel (A Grande Difamação), de
Anthony Asquith; 1960: Song Without End (Sonho de Amor), de Charles Vidor;
1960: The Angel Wore Red (O Anjo Vermelho), de Nunnally Johnson; 1961: Victim,
de Basil Dearden; 1961: Le The Singer Not the Song (A Esperança nunca Morre),
de Roy Ward Baker; 1962: H.M.S. Defiant (Revolta no Defiant), de Lewis Gilbert;
1962: The Password Is Courage (Coragem é a Senha), de Andrew L. Stone; 1963:
The Mind Benders (Estranha Obsessão), de Basil Dearden; 1963: I Could Go On
Singing (Triunfo Amargo), de Ronald Neame; 1963: The Servant (O Criado), de
Joseph Losey; 1963:Doctor in Distress (Diga 33 … e Meio!), de Ralph Thomas;
1964: Hot Enough for June (Aventura em Junho), de Ralph Thomas; 1964: The High
Bright Sun (O Sol Queima em Chipre), de Ralph Thomas; 1964: King & Country,
de Joseph Losey; 1964: Hallmark Hall of Fame (episódio Little Moon of Alban)
(TV); 1965: Darling (Darling), de John Schlesinger; 1966: Modesty Blaise
(Modesty Blaise, a Mulher Detective), de Joseph Losey; 1966: Blithe Spirit, de
George Schaefer (TV); 1967: Accident (Acidente), de Joseph Losey; 1966:
Hallmark Hall of Fame (episódio Blithe Spirit) (TV); 1967: Our Mother's House
(Todas as Noites às Nove), de Jack Clayton; 1968: Sebastian (Sebastian) de
David Greene; 1968: The Fixer (O Homem de Kiev), de John Frankenheimer; 1969:
Oh! What a Lovely War (Viva a Guerra!), de Richard Attenborough; 1969: Justine
(Justine), de George Cukor; 1969: La Caduta degli Dei (Os Malditos), de Luchino
Visconti; 1970: Upon This Rock, de Harry Rasky; 1971: Morte a Venezia (Morte em
Veneza), de Luchino Visconti; 1973: Le Serpent (A Serpente de Ouro), de Henri
Verneuil; 1974: Il Portiere di Notte (O Porteiro da Noite), de Liliana Cavani;
1975: Permission to Kill (Um Agente na Sombra), de Cyril Frankel; 1977:
Providence (Providence), de Alain Resnais; 1977: A Bridge Too Far (Uma Ponte
Longe Demais), de Richard Attenborough; 1977: To See such Fun, de Jon Scoffield
(documentário); 1977: Rainer Werner Fassbinder, de Florian Hopf e Maximiliane
Mainka (documentário); 1978: Despair (A Segunda Dimensão), de Rainer Werner
Fassbinder; 1981: The Patricia Neal Story, de Anthony Harvey, Anthony Page
(TV); 1986: May We Borrow Your Husband?, de Bob Mahoney (TV); 1987: Screen Two
(The Vision), de Norman Stone (TV); 1990: Daddy Nostalgie, de Bertrand
Tavernier.
Dirk Bogarde – Bibliografia: A Postilion Struck by Lightning), autobiografia; A
Gentle Occupation; Chatto and Windus; An Orderly Man, autobiografia; Backcloth,
autobiografia; A Particular Friendship; Cleared for Take-off; Closing Ranks;
Jericho; For the Time Being: Collected Journalism; Voices in the Garden; A
Period of Adjustment; Great Meadow; West of Sunset; Coming of Age; Charlotte
Rampling with Compliments; A Short Walk From Harrods.
HAROLD PINTER (1930-2008)
Harold Pinter nasceu em
Londres, a 10 de Outubro de 1930 e viria a falecer em Londres, a 24 de Dezembro
de 2008. Dramaturgo, actor, encenador, argumentista de cinema, poeta, activista
politico, foi um dos mais destacados autores do século XX. Premio Nobel da
Literatura em 2005. Galardoado com o título de Companion of Honour da Rainha da
Inglaterra pelos serviços prestados à literatura. Harold Pinter começou a
carreira como actor, sob o pseudónimo de David Baron, e em 1957 escreveu a sua
primeira peça, “The Room”. Autor fundamental do teatro contemporâneo, encenou e
representou muitas das suas peças, que foram traduzidas e encenadas por todo o
mundo. Escreveu também para rádio, televisão e cinema, sendo de sublinhar a sua
colaboração com Joseph Losey (“O Criado”, “Acidente”, “O Mensageiro”).
Bibliografia - peças de teatro: The Room (1957), The Birthday Party
(Feliz Aniversário, 1957), The Dumb Waiter (O Monta Cargas, 1957), A Slight
Ache (1958), The Hothouse (Câmara Ardente, 1958), The Caretaker (O Porteiro,
1959), A Night Out (1959),Night School (1960), The Dwarfs (1960), The
Collection (A Colecção, 1961), The Lover (O Amante, 1962), Tea Party (1964),
The Homecoming (1964), The Basement (1966), Landscape (1967), Silence (1968),
Old Times (Há Tanto Tempo, 1970), Monologue (1972), No Man's Land (1974), Betrayal (Traições, 1978), Family Voices
(1980), Victoria Station (1982), A Kind
Of Alaska (1982), One For The Road (Um para o Caminho 1984), Mountain Language
(1988), The New World Order (1991), Party Time (1991), Moonlight (1993), Ashes
To Ashes (Cinza às Cinzas, 1996), Celebration (1999), Remembrance Of Things
Past (2000). Sketches: The Black and
White (1959), Trouble in the Works (1959), Last to Go (1959), Request Stop
(1959), Special Offer (1959), That's Your Trouble (1959), That's All
(1959), Interview (1959), Applicant
(1959), Dialogue Three (1959), Night (1969), Precisely (1983), Press Conference
(2002),
Filmografia: filmes retirados de obras de Harol Pinter: The
Caretaker (1962), de Clive Donner; The Birthday Party (1967), de William
Friedkin; The Homecoming (1969), de Peter Hall., Betrayal (1981) de David
Jones. Filmes por si escritos: The
Pumpkin Eater (1963) de Jack Clayton; The Servant (1963), de Joseph Losey; The
Quiller Memorandum (1965), de Michael Anderson; Accident, de Joseph Losey
(1966); The Go-Between, de Joseph Losey; A La Recherche du Temps Perdu (1972)
para Joseph Losey (não filmado, posteriormente adaptado a teatro em 2000); The
Last Tycoon (1974) de Elia Kazan; The French Lieutenant's Woman de Karel Reisz
(1980); The Comfort Of Strangers (1989) de Paul Schrader.
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