domingo, 6 de julho de 2014

SESSÃO 28: 15 DE JULHO DE 2014


O CRIADO (1963)

A importância maior de “O Criado” reside na riqueza de implicações que encerra e que vão de um nível declaradamente sociopolítico (relações de senhor e servo no seio de uma sociedade de classes), até um outro, psicológico, psicanalítico, onde o elemento sexual desempenha um papel importante (não só um clima de homossexualidade latente entre Tony e Barrett, mas também entre homens e mulheres, como veremos mais adiante). Losey supervaloriza sobretudo o lado sociopolítico, afirmando ser o seu filme uma obra de raiz marxista, mas é evidente que ela também pode, e deve, ser vista e analisada por um prisma ético, como um estudo do servilismo e da sua consequente corrupção. Aliás, só através de uma interpenetração dialéctica dos diversos níveis de uma realidade é que se poderá compreender integralmente a qualidade e o rigor desta obra de Joseph Losey, datada de 1963.
Convirá resumir rapidamente o esquema da película para melhor sabermos do que falamos. Tony, jovem burguês, relativamente bem instalado na vida e com uma certa nostalgia aristocrática muito à século XIX (o seu projecto de fundar três cidades em África e povoá-las com asiáticos esfomeados é um elemento bem elucidativo), contrata um criado, Barrett. O primeiro encontro entre ambos dá-se numa casa vazia e logo aí o ascendente de Barrett é notório, em relação a um jovem adormecido pela cerveja e que se prevê presa fácil. É Tony, porém, quem possui o dinheiro - isto é, o capital - será ele “o senhor”. Barrett passará a ser o seu “criado”, eficiente, cumpridor, zeloso, servil. De um servilismo insinuante que obriga Susan (a namorada de Tony) a intervir, perguntando-lhe o que quer ele daquela casa. 

O criado vai, pois, assenhoreando-se lentamente da situação, mete ao serviço uma criada que diz ser sua irmã e não passa da sua amante, e acaba por aliciar Tony na conquista dessa jovem, facilitando-lhe a ocasião. Tony e Vera, Vera e Barrett. Indistintamente. Nesta altura, Barrett é já “o senhor” porque passou a possuir o segredo das relações que Tony desconhece e que ele guarda ciosamente, de cumplicidade com Vera. 
Um dia, contudo, Tony surpreenderá Barrett e Vera fazendo amor no seu quarto. De início, pensa na monstruosidade de um incesto, mas é logo tranquilizado pelo “servant”: Vera é sua noiva e não vale a pena complicar as coisas, já que ambos estão metidos no mesmo barco. Tony despede Barrett e Vera e afasta-se de Susan, que presenciou igualmente o episódio.
Tempos mais tarde, porém, Barrett regressa e Tony mostra-se incapaz de passar sem Vera, que reaparece também. Invertidas definitivamente as situações, Barrett é agora o homem forte e dominador e Tony o servo de uma outra moeda que se transformou agora em capital, Vera. De degrau em degrau, a corrupção atinge o paroxismo e o tempo imobiliza-se Por detrás de uma fachada muito britânica, donde se afasta a câmara de Losey.

Como facilmente se pode ver, “The Servant” repousa essencialmente sobre as relações de força existentes entre “o senhor” e “o servo”. Numa sociedade viciada pela injustiça social (e pela violência que a impõe e mantém) a corrupção é inevitável. Tanto opressor como oprimido partilham dessa degradação lenta e contínua: o oprimido porque consente o servilismo, o opressor porque o estabelece. A ordem dos factores é, todavia, arbitrária e tanto faz ser Barrett o servo ou o senhor, como tanto faz ser Tony o senhor ou o servo. Dir-se-á, porém, que enquanto Tony é senhor tudo corre com certa normalidade e evidente equilíbrio. Esta é a situação legalmente sancionada pelo bom senso de um servilismo quotidianamente aceite e tolerado (Barrett indo às compras, Barrett lavando os pés a Tony, Barrett cozinhando, Barrett servindo... ). O caos surge quando Barrett se substitui a Tony na chefia da casa. E tudo se desenrola ainda no plano do previsível: Barrett assume o comando, sem ter presentes os seus direitos, sem consciência de classe.
Fá-lo instintivamente, quase diríamos que por vingança (como a criada que veste os fatos da senhora, quando esta está fora). Barrett irá ocupar um lugar e subverter a ordem. Não irá criar justiça. Não elimina relações viciadas, nem o pretende. Serve-se delas para se impor a si mesmo. Invertendo a ordem dos factores, manterá a relação de força, desde que mais nada tenha sofrido uma profunda transformação.
Se insistimos particularmente neste aspecto social e ético da obra de Losey, é porque nos parece óbvio ser esse o seu fulcro, de onde nascerão todos os outros aspectos aliciantes da película, nomeadamente o das relações homossexuais latentes entre Tony e Barrett (dizemos latente porque Losey não transige com o possível voyeurismo do tema e mantém o mesmo a um nível de ambiguidade, só sugerido por algumas passagens e uma ou outra conversa. nomeadamente nas referências a um tipo de educação e de camaradagem que Barrett sublinha com justeza). Mas, neste campo, Losey mostra-se de um grande pudor, criando um clima emocional de forte e intensa simbologia que tem o seu ponto limite num jogo de esconde-esconde.

Em “O Criado”, Losey domina inteiramente (e com que mestria!) o traçado rigoroso e cerebral de seu cinema, não totalmente isento de um barroquismo de cenários que a fotografia de Douglas Scolombe sublinha. Nesta obra-prima de Losey deverá ainda salientar-se o tratamento do romance de Robin Maugham, adaptado ao cinema por Harold Pinter, cuja colaboração com Losey se mostra frutuosa e decisiva. Restará assinalar os notáveis desempenhos de Dirk Bogard, James Fox e Sarah Miles, anjos caído num inferno de corrupção, figuras que conseguem, mesmo assim, manter um certo fundo de pureza e ingenuidade.
Esta é unicamente uma hipótese de aproximação de “The Servant”. Outras haverá e talvez mais ricas e mais sugestivas. O que quererá dizer que “O Criado” é, seguramente, um filme de uma enorme riqueza de interpretações e de uma impressionante variedade de leituras.

O CRIADO
Título original: The Servant
Realização: Joseph Losey (Inglaterra, 1963); Argumento: Harold Pinter, segundo romance de Robin Maugham ("The Servant"); Produção: Joseph Losey, Norman Priggen; Música: John Dankworth; Fotografia (p/b): Douglas Slocombe; Montagem: Reginald Mills; Design de produção: Richard Macdonald; Decoração: Ted Clements; Guarda-roupa:  Beatrice Dawson; Maquilhagem: Joyce James, Bob Lawrance; Direcção de Produção: Teresa Bolland; Assistentes de realização: Roy Stevens; Som: Buster Ambler, John Cox, Gerry Hambling; Companhias de produção: Elstree Distributors, Springbok Productions; Intérpretes: Dirk Bogarde (Barrett), James Fox (Tony), Sarah Miles (Vera), Wendy Craig (Susan), Catherine Lacey (Lady Mounset), Richard Vernon (Lord Mounset), Ann Firbank, Doris Knox, Patrick Magee, Jill Melford, Alun Owen, Harold Pinter, Derek Tansley, Brian Phelan, Hazel Terry, Philippa Hare, Dorothy Bromiley, Alison Seebohm, Chris Williams, Gerry Duggan, John Dankworth, Harriet Devine, Davy Graham, Colette Martin, Joanna Wake, Bruce Wells, etc. Duração: 116 minutos; Distribuição em Portugal: inexistente; Cópia DVD: Studio Canal; Inglês sem legendas; Classificação etária: M / 12 anos; Data de estreia em Portugal: 25 de Setembro de 1970.

JOSEPH LOSEY (1909 – 1984)
Joseph Walton Losey nasceu a 14 de Janeiro de 1909, em La Crosse, Wisconsin, EUA, e viria a falecer a 22 de Junho de 1984, com 75 anos, em Londres, Inglaterra. Oriundo de uma família de extrema religiosidade e puritanismo, esteve longe da realidade política e social, até se confrontar com a Grande Depressão dos anos 30. Estuda medicina e integra o grupo de teatro na Universidade, onde toma contacto com as ideias de Marx, Trotski ou Estaline, efectuando em 1931 uma viagem a Moscovo. Começa depois a encenar em palcos de Nova Iorque peças de evidente comprometimento político. Inscreve-se no Partido Comunista Americano, e a sua carreira de cineasta é igualmente marcada por posições sociais e políticas muito definidas, o que o levará, em 1952, a ser intimado a depor perante o Comité das Actividades Antiamericanas. A curta-metragem "A Gun in his hand", em 1945, marca o início da sua filmografia, e, em 1948, estreia-se na longa-metragem, com "O Rapaz dos Cabelos Verdes", com implicações anti belicistas e anti raciais. Incluído na lista negra, anos depois, deixou de poder trabalhar nos EUA, exilando-se em Inglaterra. Mesmo aqui encontra alguns problemas. Quando começa a colaborar com a Hammer Films, em 1956, preparando-se para iniciar a rodagem de “X the Unknown”, o actor Dean Jagger recusa trabalhar com um “simpatizante comunista” e é afastado da película. É obrigado por vezes a usar um pseudónimo nos filmes que dirige, ou a vê-los assinados por um "testa de ferro". Mas, a partir de "O Criado", em 1963, passa a ser conhecido internacionalmente e o seu prestígio estabelece-se, inclusive nos EUA. "O Mensageiro", de 1970, ganha a Palma de Ouro no Festival de Cannes e, em 1976, com "Monsier Klein", conquistou os Césars para "Melhor Filme" e "Melhor Realizador". Impõe-se como um dos melhores cineastas europeus entre as décadas de 60 e 70. Casado com Elizabeth Hawes (1937 - 1944), Louisa Stuart (1944 - 1953), Dorothy Bromiley (1956 - 1963) e Patricia Losey (1970 - 1984).

Filmografia:
Como realizador: 1939: Pete Roleum and His Cousins (curta-metragem); 1941: Youth Gets a Break (curta-metragem); A Child Went Forth (curta-metragem, documentário); 1945: A Gun in His Hand (curta-metragem); 1947: Leben des Galilei (curta-metragem); 1948: The Boy with Green Hair (O Rapaz dos Cabelos Verdes); 1950: The Lawless (Intolerância); 1951: The Prowler (O Cúmplice das Sombras); M (Matou); The Big Night; Imbarco a Mezzanotte (O Homem Esquecido) (assinado Andrea Forzano); 1954: The Sleeping Tiger (A Fera Adormecida) (assinado Victor Hanbury); 1955: A Man on the Beach (curta-metragem); 1956: The Intimate Stranger (assinado Joseph Walton); X, o Inimigo Desconhecido (assinado Joseph Walton); 1957: Time Without Pity (Tempo Impiedoso); 1958: The Gypsy and the Gentleman (A Cigana Vermelha); 1959: First on the Road (curta-metragem); Blind Date (Encontro Fatal); 1960: The Criminal (Prisão Maior); 1962: Eva (Eva); 1963: Damned ou These are the Damned; 1963: The Servant (O Criado); 1964: King & Country; 1966: Modesty Blaise (A Mulher Detective); 1967: Accident (Acidente); 1968: Boom (Choque); Secret Ceremony (Cerimónia Secreta); 1970: Figures in a Landscape (Dois Vultos na Paisagem); The Go-Between (O Mensageiro); 1972: The Assassination of Trotsky (O Assassinato de Trotsky); 1973: A Doll's House (A Casa da Boneca); 1975: Galileo; The Romantic Englishwoman (A Inglesa Romântica); 1976: Mr. Klein (Um Homem na Sombra); 1978: Les Routes du Sud (A Estrada do Sul); 1979: Don Giovanni (Don Giovanni); 1980: Boris Godunov (TV); 1982: La Truite (Uma Estranha Mulher); 1985: Steaming. 

DIRK BOGARDE (1921 – 1999)
Derek Jules Gaspard Ulric Niven van den Bogaerde nasceu a 28 de Março de 1921, em Hampstead,  Londres, Inglaterra, e viria a falecer a 8 de Maio de 1999, em Chelsea, Londres, Inglaterra, vítima de ataque cardíaco. Filho de Ulric van den Bogaerde, director de arte do "The Times" de Londres, e da actriz Margaret Niven. Estudou na Allen Glen's School de Glasgow, e depois na University College School de Londres. Terminou os estudos de arte na Chelsea Polytechnic, onde foi aluno de Henry Moore. Passou pelo departamento de arte do "The Times", tentou a crítica de arte e depois estudou arte de representar, iniciando-se no teatro como cenógrafo. Permanece uns tempos na Amersham Repertory Company e, em 1939, estreia-se nos palcos londrinos num pequena companhia, e chega ao West End na peça de J.B. Priestley "Cornelius," assinando como "Derek Bogaerde". Durante a II Guerra Mundial serve no exército, no Queen's Royal Regiment, e na Air Photographic Intelligence Unit. Em 1947 é contratado por J. Arthur Rank e começa regularmente uma carreira de actor de cinema, dividindo-a com o teatro. Os seus primeiros sucessos acontecem com a serie “Doctor…”, entre 1954 e 1963, sempre sob a direcção de Ralph Thomas.
O triunfo surge com a sua criação da personagem de criado, em “The Servant”, de Joseph Losey. Torna-se rapidamente um dos maiores actores internacionais, reputação confirmada com obras de Visconti, Losey, Schlesinger, Clayton, Cukor, etc.
Bogarde manteve uma relação homossexual de mais de 50 anos com o seu agente Anthony Forwood (que entretanto fora casado com a actriz Glynis Johns). Com a morte de Forwood, em 1988, Dirk Bogarde retira-se, passa a escrever memórias e outros textos, e morre em 1999, de ataque cardíaco. No "The Independent", de 9 de Maio desse ano, afirmava-se que ele tivera “duas vidas brilhantes, no cinema e na literatura”.

Filmografia
Como actor
1939: Come on George!, de Anthony Kimmins; 1947: Dancing with Crime, de John Paddy Carstairs; Power Without Glory (TV); Rope (TV); 1948: Once a Jolly Swagman, de Jack Lee; Esther Waters, de Ian Dabrymple e Peter Pround; 1949: Quartet (Arte de Viver), de Ken Annakin (episódio “The Alien Corn”); Dear Mr. Prohack, de Thornton Freeland; Boys in Brown, de Montgomery Tully; 1950: The Blue Lamp (A Lâmpada Azul), de Basil Dearden; So Long at the Fair (Uma Atrevida Aventura), de Antony Darnborough e Terence Fisher; The Woman in Question (A Mulher das Cinco Caras), de Anthony Asquith; Blackmailed, de Marc Allégret; 1952: Hunted (A Alma de um Criminoso), de Charles Crichton; Penny Princess, de Val Guest; The Gentle Gunman (O Melhor é não Matar), de Basil Dearden; 1953: Desperate Moment (Momento de Desespero), de Compton Bennett; Appointment in London, de Philip Leacock; 1954: They Who Dare (Os Comandos Atacam), de Lewis Milestone; Doctor in the House (Diga 33!), de Ralph Thomas; The Sleeping Tiger (A Fera Adormecida), de Joseph Losey (V. Hanbury); The Sea Shall Not Have Them, de Lewis Gilbert; For Better, for Worse, de Jack Lee Thompson; 1955: Simba (Simba), de Brian Desmond Hurst; 1955: Doctor at Sea (Uma Garota a Bordo), de Ralph Thomas; 1956: The Spanish Gardener (O Jardineiro Espanhol), de Philip Leacock; 1957: Cast a Dark Shadow (Crime por Engano), de Lewis Gilbert; 1957: I’ll Met by Moonlight (O Perigo nas Sombras), de Michel Powell; 1957: Doctor at Large (Não Diga, Doutor), de Ralph Thomas; 1957: Campbell’s Kingdom (Meu reino, minha vida), de Ralph Thomas; 1958: A Tale of Two Cities (À Sombra da Guilhotina), de Ralph Thomas; 1958: The Wind Cannot Read (O Vento não sabe Ler), de Ralph Thomas; 1958: The Doctor's Dilemma (O Dilema do Médico), de Anthony Asquith; 1959: Libel (A Grande Difamação), de Anthony Asquith; 1960: Song Without End (Sonho de Amor), de Charles Vidor; 1960: The Angel Wore Red (O Anjo Vermelho), de Nunnally Johnson; 1961: Victim, de Basil Dearden; 1961: Le The Singer Not the Song (A Esperança nunca Morre), de Roy Ward Baker; 1962: H.M.S. Defiant (Revolta no Defiant), de Lewis Gilbert; 1962: The Password Is Courage (Coragem é a Senha), de Andrew L. Stone; 1963: The Mind Benders (Estranha Obsessão), de Basil Dearden; 1963: I Could Go On Singing (Triunfo Amargo), de Ronald Neame; 1963: The Servant (O Criado), de Joseph Losey; 1963:Doctor in Distress (Diga 33 … e Meio!), de Ralph Thomas; 1964: Hot Enough for June (Aventura em Junho), de Ralph Thomas; 1964: The High Bright Sun (O Sol Queima em Chipre), de Ralph Thomas; 1964: King & Country, de Joseph Losey; 1964: Hallmark Hall of Fame (episódio Little Moon of Alban) (TV); 1965: Darling (Darling), de John Schlesinger; 1966: Modesty Blaise (Modesty Blaise, a Mulher Detective), de Joseph Losey; 1966: Blithe Spirit, de George Schaefer (TV); 1967: Accident (Acidente), de Joseph Losey; 1966: Hallmark Hall of Fame (episódio Blithe Spirit) (TV); 1967: Our Mother's House (Todas as Noites às Nove), de Jack Clayton; 1968: Sebastian (Sebastian) de David Greene; 1968: The Fixer (O Homem de Kiev), de John Frankenheimer; 1969: Oh! What a Lovely War (Viva a Guerra!), de Richard Attenborough; 1969: Justine (Justine), de George Cukor; 1969: La Caduta degli Dei (Os Malditos), de Luchino Visconti; 1970: Upon This Rock, de Harry Rasky; 1971: Morte a Venezia (Morte em Veneza), de Luchino Visconti; 1973: Le Serpent (A Serpente de Ouro), de Henri Verneuil; 1974: Il Portiere di Notte (O Porteiro da Noite), de Liliana Cavani; 1975: Permission to Kill (Um Agente na Sombra), de Cyril Frankel; 1977: Providence (Providence), de Alain Resnais; 1977: A Bridge Too Far (Uma Ponte Longe Demais), de Richard Attenborough; 1977: To See such Fun, de Jon Scoffield (documentário); 1977: Rainer Werner Fassbinder, de Florian Hopf e Maximiliane Mainka (documentário); 1978: Despair (A Segunda Dimensão), de Rainer Werner Fassbinder; 1981: The Patricia Neal Story, de Anthony Harvey, Anthony Page (TV); 1986: May We Borrow Your Husband?, de Bob Mahoney (TV); 1987: Screen Two (The Vision), de Norman Stone (TV); 1990: Daddy Nostalgie, de Bertrand Tavernier.

Dirk Bogarde – Bibliografia: A Postilion Struck by Lightning), autobiografia; A Gentle Occupation; Chatto and Windus; An Orderly Man, autobiografia; Backcloth, autobiografia; A Particular Friendship; Cleared for Take-off; Closing Ranks; Jericho; For the Time Being: Collected Journalism; Voices in the Garden; A Period of Adjustment; Great Meadow; West of Sunset; Coming of Age; Charlotte Rampling with Compliments; A Short Walk From Harrods.

HAROLD PINTER (1930-2008)
Harold Pinter nasceu em Londres, a 10 de Outubro de 1930 e viria a falecer em Londres, a 24 de Dezembro de 2008. Dramaturgo, actor, encenador, argumentista de cinema, poeta, activista politico, foi um dos mais destacados autores do século XX. Premio Nobel da Literatura em 2005. Galardoado com o título de Companion of Honour da Rainha da Inglaterra pelos serviços prestados à literatura. Harold Pinter começou a carreira como actor, sob o pseudónimo de David Baron, e em 1957 escreveu a sua primeira peça, “The Room”. Autor fundamental do teatro contemporâneo, encenou e representou muitas das suas peças, que foram traduzidas e encenadas por todo o mundo. Escreveu também para rádio, televisão e cinema, sendo de sublinhar a sua colaboração com Joseph Losey (“O Criado”, “Acidente”, “O Mensageiro”).
Bibliografia - peças de teatro: The Room (1957), The Birthday Party (Feliz Aniversário, 1957), The Dumb Waiter (O Monta Cargas, 1957), A Slight Ache (1958), The Hothouse (Câmara Ardente, 1958), The Caretaker (O Porteiro, 1959), A Night Out (1959),Night School (1960), The Dwarfs (1960), The Collection (A Colecção, 1961), The Lover (O Amante, 1962), Tea Party (1964), The Homecoming (1964), The Basement (1966), Landscape (1967), Silence (1968), Old Times (Há Tanto Tempo, 1970), Monologue (1972), No Man's Land (1974),  Betrayal (Traições, 1978), Family Voices (1980), Victoria Station (1982),  A Kind Of Alaska (1982), One For The Road (Um para o Caminho 1984), Mountain Language (1988), The New World Order (1991), Party Time (1991), Moonlight (1993), Ashes To Ashes (Cinza às Cinzas, 1996), Celebration (1999), Remembrance Of Things Past (2000).  Sketches: The Black and White (1959), Trouble in the Works (1959), Last to Go (1959), Request Stop (1959), Special Offer (1959), That's Your Trouble (1959), That's All (1959),  Interview (1959), Applicant (1959), Dialogue Three (1959), Night (1969), Precisely (1983), Press Conference (2002),

Filmografia: filmes retirados de obras de Harol Pinter: The Caretaker (1962), de Clive Donner; The Birthday Party (1967), de William Friedkin; The Homecoming (1969), de Peter Hall., Betrayal (1981) de David Jones. Filmes por si escritos: The Pumpkin Eater (1963) de Jack Clayton; The Servant (1963), de Joseph Losey; The Quiller Memorandum (1965), de Michael Anderson; Accident, de Joseph Losey (1966); The Go-Between, de Joseph Losey; A La Recherche du Temps Perdu (1972) para Joseph Losey (não filmado, posteriormente adaptado a teatro em 2000); The Last Tycoon (1974) de Elia Kazan; The French Lieutenant's Woman de Karel Reisz (1980); The Comfort Of Strangers (1989) de Paul Schrader.

Sem comentários:

Enviar um comentário