VIDA
ÍNTIMA DE SHERLOCK HOLMES (1970)
São às centenas as adaptações
cinematográficas e televisivas das obras de Arthur Conan Doyle que têm Sherlock
Holmes como protagonista. Diz quem as contou, ou pelo menos quem o afirma, que
esta é a personagem literária mais adaptada ao audiovisual. Eu contei cerca de
300 obras que têm como referência a figura, o que não deixa de ser
impressionante, sendo que há versões para todos os gostos (e desgostos), com as
proveniências mais diversas. Ingleses e americanos estão na crista da onda,
obviamente. Esta versão que nos ocupa agora reúne americanos e britânicos numa
obra que se afigura uma das mais curiosas entre as que não adaptam directamente
os escritos de Conan Doyle, mas deles partem para novas aproximações e derivações.
“The Private Life of Sherlock
Holmes”, produção inglesa de 1970, com realização de mestre Billy Wilder, tem
como argumento base um original do próprio Billy Wilder, com a colaboração do
seu inseparável amigo de longa data I.A.L. Diamond, dupla que nos deu
obras-primas indiscutíveis da comédia norte-americana. “A Vida Íntima de
Sherlock Holmes” não será uma comédia, mas não anda isenta de humor, passa por
ser um policial, desenvolvendo mais uma hipotética aventura de Sherlock Holmes
e do seu parceiro Dr. Watson, mas afirma-se plenamente como uma interpretação
biográfica do grande detective da dedução, que tinha uma relação ambígua com as
mulheres, uma certa dependência das drogas pesadas, em momentos de desanimo ou
inactividade, e muitas outras zonas de penumbra que Billy Wilder achou por bem
não desvendar por completo, o que seria impossível, mas abordar de forma a
tornar ainda mais misteriosa e sugestiva esta personagem.
O filme principia por desvendar
o interior de um velho baú onde se encontram reunidos objectos carismáticos de
há 50 anos atrás, ali conservados com a recomendação de só serem tornados
públicos nesta altura por aflorarem assuntos de certo melindre. Ou seja, o
biógrafo oficial do detective conta factos que não seria de bom-tom abordar em
vida dos protagonistas. Para lá dos objectos tradicionais, há manuscritos.
Aventuras nunca conhecidas. Uma delas…
Estamos no ano de 1887, em
plena época vitoriana, numa Londres embrumada, como convém, e Sherlock Holmes
atravessa um período de ociosidade, sem qualquer caso escaldante para resolver.
Watson vê-o sucumbir à cocaína e ao violino, mas um convite para assistir à
representação de um ballet russo vai desencadear um conjunto de situações
interessantes. Convidado a ser recebido pela célebre Petrova, uma bailarina das
mais prestigiadas de momento, esta anuncia-lhe que quer ter um filho seu. Ela
acha que a criança a nascer tem de ter a sua beleza e a inteligência de um
génio. Já tentara Tolstoi e Nietzsche, que declinaram o convite e também Tchaikovsky,
que lhe revelara não se sentir muito atraído por mulheres. Sherlock Holmes vai
confidenciar a Petrova que Tchaikovsky não era o único, o que vai redundar num
dos momentos mais divertidos do filme: Watson que era seduzido por um grupo de
bailarinas com quem dançava febrilmente, vai vendo lentamente as bailarinas
serem substituídas por bailarinos, perante a cumplicidade do director da
companhia que afirma que as gentes do bailado são muito abertas e
compreensivas.
Watson fica furioso quando
percebe o que está por detrás desta troca de partenaires, mas Sherlock Holmes
explica-lhe que foi a forma encontrada para diplomaticamente se ver livre de
Petrova. Fica todavia a pairar no ar a dúvida e sabe-se que, no passado, Holmes
teve traumáticos desgostos de amor, o que o leva a afastar-se das mulheres. E
os traumas vão continuar quando surge no 221b Baker Street, uma mulher
misteriosa que sofre de amnésia. O cocheiro que a traz afirma que a salvou de
morrer afogada e que achou o endereço num papel que a vítima trazia agarrado na
mão. E pronto, está criado o mistério, a investigação inicia-se, com uma viagem
até às paisagens da Escócia, ao Lago Ness, a experiências secretas da Coroa
Britânica, a espionagem alemã, ao não muito conhecido irmão de Sherlock Holmes
e ao monstro que, dizem, vagueia por aquelas águas. Mais não dizemos para não
retirar interesse ao mistério.
O filme conjuga a graça irónica
de Billy Wilder, que era europeu de nascença, vienense por formação e
norte-americano por adopção, e os enigmas nebulosos das ilhas britânicas,
criando uma mescla extremamente saborosa, servida por uma realização escorreita
e pejada de divertidas anotações, onde sobressai a cuidada direcção artística,
na recriação da época, e o muito bom desempenho de um belíssimo grupo de
actores ingleses, entre os quais Robert Stephens (1931–1995), um discreto mas
muito plausível Sherlock Holmes, Colin Blakely (1930–1987), um brilhante Dr.
Watson, e Christopher Lee numa notável composição de Mycroft Holmes.
VIDA ÍNTIMA DE
SHERLOCK HOLMES
Título
original: The Private Life of Sherlock Holmes
Realização: Billy Wilder (Inglaterra, 1970); Argumento: Billy
Wilder, I.A.L. Diamond, segundo Arthur Conan Doyle; Produção: I.A.L. Diamond,
Billy Wilder; Música: Miklós Rózsa; Fotografia (cor): Christopher Challis;
Montagem: Ernest Walter; Casting: Lesley De Pettit; Design de produção:
Alexandre Trauner; Direcção artística: Tony Inglis; Decoração: Harry Cordwell;
Guarda-roupa: Julie Harris; Maquilhagem: Biddy Chrystal, Ernest Gasser, Roy
Ashton; Direcção de produção: Larry DeWaay, Eric Rattray; Assistentes de
realização: Tom Pevsner; Departamento de arte: Vernon Dixon, Terry Parr; Som:
Roy Baker, J.W.N. Daniel, Gordon K. McCallum, Dudley Messenger; Efeitos
especiais: Cliff Richardson, Wally Veevers; Companhias de produção: Compton
Films, The Mirisch Corporation, Phalanx Productions, Sir Nigel Films; Intérpretes: Robert Stephens (S H),
Colin Blakely (Dr. Watson), Geneviève Page (Gabrielle Valladon), Christopher
Lee (Mycroft Holmes), Tamara Toumanova (Madame Petrova), Clive Revill
(Rogozhin), Irene Handl (Mrs. Hudson), Mollie Maureen (Rainha Victoria),
Stanley Holloway, Catherine Lacey, Peter Madden, Michael Balfour, James
Copeland, John Garrie, Godfrey James, Robert Cawdron, Alex McCrindle, Frank Thornton,
Paul Hansard, Philip Anthony, Graham Armitage, Charlie Young Atom, Kenneth
Benda, Penny Brahms, Martin Carroll, Ina De La Haye, Eric Francis, John
Gatrell, Ismed Hassan, Marilyn Head, Sheena Hunter, Annette Kerr, Teddy Kiss
Atom, Wendy Lingham, Anna Matisse, Kynaston Reeves, Daphne Riggs, Philip Ross,
Miklós Rózsa, John Scott, Willie Shearer, Judy Spooner, Tina Spooner, etc. Duração: 125 minutos; Distribuição: MGM (DVD); Classificação etária:
M / 12 anos.
ARTHUR CONAN DOYLE
(1859-1930)
Quem é
o pai de quem? Conan Doyle criou Sherlock Holmes ou este inventou o médico e
escritor? Como já se calcula, esta é uma questão que só as datas podem
resolver. Sherlock Holmes aparece pela primeira vez em “A Study in Scarlet” (Um
Estudo em Vermelho), publicado em Novembro de 1887. Arthur Ignatius Conan Doyle
nasceu a 22 de Maio de 1859, em Edimburgo. É, portanto, anterior à criação de
Sherlock Holmes, o que não deixa dúvidas quanto à paternidade. Acontece que os
dois nomes andam de tal forma indissociáveis que é fácil não se saber quem é
que gerou quem. Sherlock Holmes parece ter criado uma vida própria, numa nova
dimensão, em que a presença física não é relevante como prova de existência. O
fenómeno atingiu um tal relevo na época em que ambos coexistiram, que Arthur
Conan Doyle chegou a matar a personagem, para se livrar dela e poder criar
outras, e ela regressou desse limbo literário por imposição dos leitores (e dos
dólares, acrescente-se). Ambos permanecem vivos na memória de milhões de
leitores e espectadores de todo o mundo por força de Sherlock Holmes, não
tenhamos dúvidas. Quase toda a gente conhece Sherlock Holmes, nem todos saberão
quem foi Conan Doyle.
Toda a
outra produção literária de Sir Arthur Conan Doyle é interessante e ter-lhe-ia
assegurado um lugar, mais ou menos obscuro, na História de Literatura Inglesa.
O que poderia até ser uma injustiça. Mas foi Sherlock Holmes que lhe criou a
imortalidade. Fisicamente, Conan Doyle morreu aos 71 anos, a 7 de Julho de
1930, em Crowborough, no Sussex, mas a sua popularidade mantém-se inalterável.
As edições das suas 60 obras que têm Sherlock Holmes como protagonista
multiplicam-se, bem como a regular adaptação das mesmas ao cinema e a
televisão. Em todo o mundo. Atrás destas, outras são recuperadas, no campo da
ficção científica, do romance histórico, do teatro, da poesia, e da não-ficção.
Conan Doyle escreveu muito. Quase sempre bem, por vezes muito bem. Merece ser
recordado. Britânico por cidadania, mas escocês por naturalidade, com formação
de médico, mas com uma carreira quase integralmente dedicada à escrita, recebeu
o título de Cavaleiro (Sir), em 1902, em homenagem à sua actividade de
escritor. Filho de Charles Altamont Doyle, inglês, de descendência irlandesa, e
de Mary Foley Doyle, irlandesa (casados em 1855), Conan Doyle teve uma educação
tradicional, católica, rigorosa, voltada para as letras e os valores
cavalheirescos. Foi baptizado na Catedral de Santa Maria, em Edimburgo, como
nome de Arthur Ignatius Conan, sendo Doyle o apelido. Foi seu padrinho Michael
Conan.
Aos
nove anos, matriculou-se num colégio jesuíta, na vila de Hodder Place,
Stonyhurst (no Lancashire), onde fez o curso preparatório. Encontramo-lo depois
no Colégio Stonyhurst mas, em 1875, quando concluiu estes estudos, entrou numa
fase de crise religiosa, rejeitou o cristianismo, diz-se agnóstico, depois de
assistir a uma prédica de um sacerdote que condenava todos os não católicos ao
inferno. A sua admiração pelo escritor Thomas Babington Macauley, que era
agnóstico, terá igualmente contribuído para o facto. Alguns anos depois, o
convívio com o Dr. Bryan Charles Waller, igualmente agnóstico, viria novamente
a marcá-lo. Assim como literariamente Thomas Macauley, Walter Scott e Edgar
Allan Poe o iluminaram definitivamente. Passou algum tempo num colégio jesuíta,
na Áustria, em Feldkirch, que lhe abriu os horizontes, o adestrou nos desportos
de Inverno, e lhe permitiu aprender algum alemão. No regresso, parou em Paris,
onde visitou o tio-avô e padrinho Michael Conan, outra fonte de inspiração:
“Pareço-me mais com ele, física e intelectualmente, do que com qualquer outro
Doyle”, escreve. Estudou medicina, entre 1876 e 1881, na Universidade de
Edimburgo, passando também algum tempo na cidade de Aston (no distrito de
Birmingham) e em Sheffield. Em 1878 permaneceu por três semanas, em troca de
casa e comida, como médico aprendiz do Dr. Richardson, nos subúrbios de
Sheffield. Dessa experiência deixou escrito em carta: "Esta gente de
Sheffield preferiria ser envenenada por um homem com barba do que ser salva por
um homem imberbe". Em 1879, encontramo-lo em Shropshire, no consultório do
Dr. Elliot, e depois com o Dr. Hoan, em Birmingham, que lhe pagava
relativamente melhor e cuja clientela, popular, pobre e marginal, lhe deu forte
impulso no desenho de futuras personagens. Falando de personagens: na
universidade de Edimburgo conheceu dois professores que o marcariam para
sempre. Um deles, o robusto e barbudo John Rutherford, que serviria futuramente
a Doyle para erguer a personagem do professor Challenger, e, sobretudo, o
lendário professor Joseph Bell, catedrático, que toma Conan Doyle como
assistente, e possui uma personalidade invulgar. Dele se diz ser uma
inteligência hábil e dedutiva, perspicaz nos diagnósticos, um ser quase
adivinho quanto a circunstâncias pessoais dos seus pacientes. Fisicamente era
“atraente, alto, magro, fibroso, de braços e pernas compridos, inquisidores
olhos cinzentos e uma estranha forma de caminhar aos pulos, brilhante em tudo
quanto fazia, além de ser um excelente médico, apaixonado pela poesia e a
ornitologia. Era um especialista em estratégia militar e as histórias policiais
fascinavam-no. Desportista notável, destacava-se no críquete, no boxe e no
ténis. Não é de admirar que uma personagem tão fascinante e carismática mudasse
a vida de Conan Doyle e, através dos seus relatos, a vida de muitos dos seus
leitores, que viveriam nas brilhantes deduções de Sherlock Holmes, o fascínio
que o autor sentia pelo seu professor Joseph Bell. “ (in “Sherlock Holmes”,
pag. 14, Ed. Planeta de Agostini).Em início de 1880, ainda estudante, teve sua
primeira experiência naval, como médico numa baleeira, a “Hope”, onde viajou
durante sete meses pelo Oceano Árctico. Procurou assim arranjar dinheiro para
ajudar a família e fugir a uma vida atormentada, com o pai, alcoólico e
epiléptico, internado numa instituição psiquiátrica, com violentos ataques
depressivos de mau humor, e a mãe a viver em Masongill Cottage, em Yorkshire.
Enquanto estudava, começou a escrever pequenas histórias: a sua primeira obra,
“The Mystery of Sarassa Valey”, foi publicada antes de completar os 20 anos,
aparecendo no Chambers’s Edinburgh Journal, em Outubro de 1879. Pouco depois, a
revista “London Society” pagou-lhe e publicou “The American’s Tale”. A sua tese
de doutoramento em medicina versou sobre “Tabes Dorsalis”, uma degeneração de
neurónios que carregam informação sensorial para o cérebro, normalmente
resultante de uma infecção por sífilis não tratada. Já formado, em 1881, serviu
como médico de bordo no cargueiro "SS Mayumba", em viagem à costa
Oeste da África, com um ordenado de doze libras mensais. A experiência africana
foi fecunda para o escritor, mas debilitaria muito o homem, que sofreu várias
doenças, entre elas a malária. Em Outubro desse ano, a embarcação passou por
sérias dificuldades no mar e, quando retornou a Liverpool no ano seguinte,
Doyle escreve à mãe, que tanto o incentivara nesta aventura, garantindo que não
mais embarcaria pois "o que ganho é menos do que poderia ganhar com a
minha pena no mesmo tempo, e o clima é atroz." Assim foi: em 1882, forma
equipa com um antigo colega de universidade, George Budd, e ambos exercem
medicina em Plymouth, mas a parceria durou pouco tempo e rapidamente Conan
Doyle passa a exercer clínica sozinho, em Portsmouth, a partir de Junho desse
ano. Consta que tinha dez libras no bolso e que começou a exercer no nº 1 de
Bush Villas, em Elm Grove, Southsea. Não havia muitos doentes, o que lhe deu
tempo para se aventurar definitivamente na escrita. Aí escreve “Um Estudo em
Vermelho”, primeira obra de fôlego, primeira aventura de Sherlock Holmes, que
seria publicada no “Beeton’s Christmas Annual” de 1887. Escreve ao seu velho
professor Joseph Bell: "É quase certo que é a si que devo Sherlock Holmes…
Com base no centro de dedução, na interferência e na observação que o ouvi
inculcar, tentei construir um homem.". Parece que Joe Bell não terá achado
muita graça. As semelhanças deveriam ser de monta, já que até Robert Louis
Stevenson, ao ler a obra em Samoa, onde se encontrava, terá respondido a Connan
Doyle: "Os meus parabéns às geniais e interessantes aventuras de Sherlock
Holmes… Seria este o meu velho amigo Joe Bell?". Mas se Joe Bell terá
ajudado na definição da personagem, um lugar parece também reservado a Edgar
Allan Poe, e à sua criação Auguste Dupin. Durante a estadia em Southsea, Connan
Doyle jogou futebol amador no “Portsmouth Association Club”, como guarda-redes,
utilizando um pseudónimo, A. C. Smith. Jogava críquete. Praticava ainda golfe, bowling,
e adorava boxe. As histórias seguintes de Sherlock Holmes surgiram na
revista inglesa “Strand Magazine”.
Entretanto, em 1885, casara com Louisa (ou Louise) Hawkins, conhecida
como "Touie", mulher frágil, que padecia de tuberculose. O casamento
não durou mais do que uns escassos nove anos, pois ela viria a falecer a 4 de
Julho de 1906. Em 1907, volta a casar, desta feita com Jean Elizabeth Leckie,
por quem já nutria uma paixoneta desde 1897, mas que, segundo rezam as
crónicas, foi platónica. Este segundo casamento durou até 1930, ano em que
morre Conan Doyle, com 71 anos. Jean morrerá dez anos depois, no dia 27 de
Junho de 1940, em Londres. Dos dois casamentos, Doyle teve cinco filhos, dois
de Louise, Mary Louise (28 de Janeiro de 1889 – 12 de Junho de 1976) e Arthur
Alleyne Kingsley, conhecido como "Kingsley" (15 de Novembro de 1892 –
28 de Outubro de 1918), e três de Jean,
Denis Percy Stewart (17 de Março de 1909 – 9 de Março de 1955), Adrian
Malcolm (1910 – 1970) e Jean Lena
Annette (1912 – 1997). Profissionalmente começara a interessar-se por
oftalmologia, cujos estudos iniciara ainda em Viena. Em 1891, em Londres, dava
consultas nesta área. Na sua autobiografia revela que “nenhum paciente sequer
entrou pela porta do meu consultório”, o que lhe
dava todo o tempo para escrever. Escreveu, escreveu… romances e novelas, que
primeiro apareciam em revistas, depois eram agrupadas em livro. Sempre com
Serlock Holmes e o seu inseparável Dr. Watson. Mas, em Novembro de 1891, escreveu
à mãe a prescrever a morte do seu herói: "Acho que vou assassinar Holmes…
e dar-lhe um fim de uma vez por todas. Ele priva a minha mente de coisas
melhores.". A mãe terá respondido: "Faz o que achares melhor, mas o
público não aceitará essa resolução em silêncio.". Em Dezembro de 1893,
Conan Doyle confirmou a profecia, matou Sherlock Holmes, ao lado de Moriarty,
precipitando-os nas cataratas de Reichenbach, na que devia ser a história “The
Final Problem”. Mas se ele cumpriu com o que tinha dito, a mãe viu igualmente
concretizada a sua teoria. Anos depois, Sherlock ressuscitava. O escritor, que
pretendia dar mais tempo às suas obras “mais sérias”, sobretudo os seus
romances históricos, enganara-se aí. Quem lhe trouxe a imortalidade foi
Sherlock Holmes. A reacção do público foi de tal forma violenta, a dependência
do popular detective era tão grande, que Conan Doyle volta a pegar na
personagem, na novela “A Casa Vazia”, arranjando uma explicação plausível para
o facto: afinal só Moriarty caíra às águas da catarata, e Holmes havia
aproveitado a situação para se afastar da ribalta, por causa dos muitos
inimigos que o perseguiam, em especial o perigoso Coronel Sebastian Moran. A
saga de Holmes prosseguiu até chegar à bonita soma de 60 obras, quatro romances
e 56 novelas. Depois da morte de Holmes, muitos escritores tentaram pegar na
personagem e mantê-la viva, mas sem grandes resultados. Presentemente, uma onde
revivalista faz renascer Conan Doyle e Sherlock Homes em diversos romances.
Arthur Conan Doyle teve uma empenhada actividade política. Quando a Guerra dos
Boers começou na África do Sul, então uma colónia britânica, Conan Doyle
ofereceu-se como voluntário, para ser médico de campanha. Partiu em Fevereiro
de 1900, perante a estupefacção da família. Já descrevera várias batalhas e
nunca tinha presenciado nenhuma, e não podia perder esta oportunidade. Tratou
centenas de soldados feridos e lutou contra as doenças próprias dos climas
tropicais. “The Great Boer War”, uma longa crónica por si enviada para a imprensa
londrina, e publicada em Outubro de 1900, é tida como um exemplo de jornalismo
de guerra. De regresso a Inglaterra, a 9 de Agosto de 1902, Arthur Conan Doyle
é agraciado com o grau de cavaleiro pela sua
importante participação na guerra. Inicia aqui a sua actividade política como
“deputado-tenente” do Surrey. Depois tentou entrar para o Parlamento, por duas
vezes, como membro da “União Liberal”, candidatando-se uma por Edimburgo e
outra por Hawick Burghs. Perdeu ambas as eleições, mas teve uma votação significativa.
Envolveu-se então na campanha pela reforma do Estado Livre do Congo, liderada
pelo jornalista E. D. Morel e pelo diplomata Roger Casement. Em 1909, escreve
“The Crime of the Congo”, um grande panfleto no qual denunciava os horrores
ocorridos naquele país. Criou amizade tanto com Morel como com Casement, e
estes foram, juntamente com Bertram Fletcher Robinson, fontes de inspiração
para algumas personagens do seu célebre “O Mundo Perdido” (1912). Mas
rapidamente também cortou relações tanto com Morel como com Casement, quando o
primeiro se tornou um dos líderes do movimento pacifista durante a Primeira
Guerra Mundial, e o segundo foi acusado de traição contra o Reino Unido,
durante a chamada Revolta da Páscoa. Durante o julgamento de Casement, Conan
Doyle tentou, sem resultado, salvar Casement da pena de morte, alegando estado
de insanidade e irresponsabilidade. Debalde. A vida familiar e afectiva de
Conan Doyle foi muito atribulada. Várias mortes traumáticas marcaram a sua
existência. A morte da mulher Louisa (1906), a do seu filho Kingsley, vítima de
pneumonia (1918), a do irmão, general brigadeiro Innes Doyle, também de
pneumonia (1919), de dois cunhados (um, E. W. Hornung, criador do personagem
literário Raffles), e de dois netos, durante a Primeira Guerra Mundial, levam
Conan Doyle a um estado de profunda depressão. Vira-se então para o
espiritismo, procurando demonstrar por todos os meios a existência de vida após
a morte. Escreve vários textos sobre o tema, entre eles “Life After Death”
(1918), “The Land of Mist”, “The Wanderings of a Spiritualist” (1919), “The
Case of Spirit Photography” e “The Coming of the Faries” (1922), onde procura
demonstrar a veracidade das fotografias das fadas de Cottingley (mais tarde
desmentidas cientificamente), e ” The Early Christian Church and Modern
Spiritualism” (1926). Curiosamente, pouco depois (1929), “As Aventuras de
Sherlock Holmes” eram proibidas na URSS, acusado o seu autor de
“espiritualista”. Mas, por outro lado, o actor russo Vasily Livanov recebia a Ordem
do Império Britânico pela sua interpretação de Sherlock Holmes em vários filmes
produzidos na URSS. Esta experiência espírita leva-o a outros campos. Durante
anos, foi amigo do mágico Harry Houdini, que se havia tornado um forte opositor
da teoria espírita, insistindo que os médiuns espiritistas utilizavam truques
de ilusionismo, que ele próprio tentava desmascarar. Mas Conan Doyle estava
convencido de que o próprio Houdini possuía poderes sobrenaturais, o que
procurou demonstrar em “O Limite do Desconhecido”. Houdini quis convencer Conan
Doyle de que as suas proezas eram simples ilusões, mas a obstinação do escritor
levou ao corte de relações. Há mesmo um historiador norte-americano, Richard
Milner, homem dedicado ao estudo das ciências, que acusa Conan Doyle de ser
responsável pelo rumor da existência do “Homem de Piltdown”, em 1912,
falsificando um fóssil hominídeo, que enganou o mundo científico durante 40
anos. Milner acrescentou ainda que o romance “O Mundo Perdido” continha pistas
criptográficas relacionadas com este facto. Outro autor, Samuel Rosenberg, em
1974, com “Naked is the Best Disguise”, demonstra como Conan Doyle dispersou
pelos seus romances e novelas várias pistas que conduziam às suas preocupações
ocultistas e espíritas. Foi Presidente Honorário da International Spiritualist
Federation (1925-1930), Presidente da Aliança Espírita de Londres e Presidente
do Colégio Britânico de Ciência Espírita.
De
entre as suas obras destacam-se os dois volumes de A História do Espiritismo,
pormenorizado estudo sobre a história dos movimentos espiritualista
anglo-saxónico, francês, alemão e italiano. Em 7 de Julho de 1930, Sir Arthur
Conan Doyle foi encontrado a apertar o peito, nos corredores da sua casa
Windlesham, em Crowborough, East Suss, aparentemente vítima de um ataque
cardíaco. Morreu aos 71 anos de idade, nos braços da mulher, a quem consta
dirigiu as últimas palavras “és uma mulher maravilhosa!” Foi enterrado em
Minstead, Inglaterra, onde ainda hoje pode ser visitado o seu discreto túmulo.
São múltiplas as referências a Conan Doyle em Inglaterra, e na Escócia. Aqui,
há uma estátua, em Picardy Place, Edimburgo, muito próximo da casa onde Conan
Doyle nasceu. Em Hindhead, ao sul de Londres, existe Undershaw, a casa que
Conan Doyle ali construiu, e onde viveu cerca de uma década. Durante anos foi
hotel e restaurante (1924-2004). Foi depois adquirida por um particular,
mantida vazia, e desencadeou uma polémica acesa para ser preservada e
transformada em museu. A casa onde Conan Doyle viveu 23 anos, em Crowborough
Cross, Crowborough, tem igualmente muito perto uma estátua em honra de tão
ilustre cidadão.
Principais obras: (sobre os romances com Sherlock Holmes ver a entrada
“Serlock Holmes”): Narrativas com o Professor Challenger: 1912: The Lost World (O Mundo
Perdido); 1913: The Poison Belt (O Cinto Venenoso); 1926: The Land of Mist (A
Terra da Neblina); 1927: The Disintegration Machine (A Máquina de
Desintegração); 1928: When the World Screamed (Quando o Mundo Gritou); 1952:
The Professor Challenger Stories (As Histórias do Professor Challenger); Romances históricos: 1888: Micah
Clarke; 1891: The White Company; 1892: The Great Shadow; 1992/3: The Refugees;
1896: Rodney Stone; 1897: Uncle Bernac; 1906: Sir Nigel; Outras obras, ensaios sobre a Guerra, Espiritismo, etc.: 1884: J.
Habakuk Jephson's Statement; 1889: The Mystery of Cloomber; 1890: The Firm of
Girdlestone; 1890: The Captain of the Polestar, and other tales; 1890: The
Great Keinplatz Experiment; 1891: The Doings of Raffles Haw; 1892: Beyond the City;
1892: Lot No. 249; 1893: Jane Annie, or the Good Conduct Prize; 1893: My Friend
the Murderer and Other Mysteries and Adventures; 1894: Round The Red Lamp;
1894: The Parasite; 1895: The Stark Munro Letters; 1898: Songs of Action; 1898:
The Tragedy of The Korosko; 1899: A Duet; 1900: The Great Boer War; 1900: The
Green Flag and Other Stories of War and Sport; 1902: The War in South Africa:
Its Causes and Conduct; 1903: The Exploits of Brigadier Gerard; 1907: The Case
of Mr. George Edalji; 1907: Through the Magic Door; 1908: Round the Fire
Stories; 1909: The Crime of the Congo; 1909: Divorce Law Reform: An Esaay;
1911: The Lost Gallery; 1911: Why He is Now in Favor of Home Rule; 1912: The
Case of Oscar Slater; 1912: The Terror of Blue John Gap; 1913: The Horror of
the Heights; 1914: The German War; 1914: Civilian National Reserve; 1914: The
World War Conspiracy; 1914: The British Campaign in France and Flanders: 1914;
1915: Western Wanderings; 1915: The Look on the War; 1916: An Appreciation of
Sir John French; 1916: A Visit to Three Fronts; 1916: The Bristish Campaign in
France and Flanders; 1917: Supremacy of the British Soldier; 1918: Life After
Death; 1918: The New Revelation: or, What is Spiritualism?; 1918: Danger! and
Other Stories; 1918: The New Revelation; 1919: The Vital Message; 1919: The
Great Keinplatz Experiment and Other Tales of Twilight and the Unseen; 1920:
Spiritualism and Rationalism; 1921: The Wanderings of a Spiritualist; 1921: The
Coming of the Fairies; 1922: The Case of Spirit Photography; 1922: The Coming
of the Faries; 1922: Spiritualism: Some Straight Questions and Direct Answers;
1923: Tales of Terror & Mystery; 1924: Memories and Adventures; 1925: The
Early Christian Church and Modern Spiritualism; 1925: Psychic Experiences;
1925: The Black Doctor and Other Tales of Terror and Mystery; 1925: The
Dealings of Captain Sharkey; 1925: The Man from Archangel and Other Tales of
Adventure; 1926: The History of Spiritualism; 1928: A World of Warning; 1928:
What does Spiritualism actually Teach and Stand for?; 1929: An Open Letter to
those of my Generation; 1929: Our African Winter; 1929: The Maracot Deep; 1930:
The Edge of the Unknown.
SHERLOCK HOLMES
Diz a
lenda (e as histórias literárias) que Sherlock Holmes é uma criação de Sir Arthur Conan Doyle, portanto
alguém que nunca teve uma existência física palpável. Engano. “Eu” estive na
casa de Sherlock Holmes, subi as escadas íngremes do número 221B, de Baker
Street, em Londres, atravessei a sala onde Holmes permaneceu dias e noites
embrenhado nos seus casos, dialogando com o amigo Watson. Fui conduzido pela
voz mecânica e automatizada de uma guia que nos ia indicando cada um dos
objectos de culto, criteriosamente dispersos pela divisão. O jornal que
diariamente lia, a bengala, o cachimbo, o tabaco, o chapéu, o improvisado
laboratório, o violino das horas mortas, o cadeirão onde se sentava, a “chaise
longue” onde adormecia. Diversos disfarces. Espreitei a rua da janela do
primeiro andar. Senti o arrepio de pressentir a chegada de um novo cliente, de
uma tímida jovem que atravessava a rua, tocava sofregamente à porta, era
atendida pela governanta e convidada a subir por Holmes que, depois de um
rápido olhar, enunciava desde logo ao que vinha, donde vinha, e como tinha sido
a jornada. A casa estava agora desabitada, é certo, sentia-se o vazio, eu que
gosto de visitar casas museus, conheço este incómodo decorrente de invadir uma
privacidade, de espiolhar uma vida e tentar descobri-la pelos despojos onde se
procura um pouco da alma de quem por lá passou. Mas também sei que os móveis
não são os originais, que o que vemos não tem correspondência com o que foi,
mas sim com o que pensamos que foi, com o que nos dizem que foi. O que vemos é
mais o que a lenda impõe, do que a realidade do que realmente existiu. Por
exemplo, onde está a cocaína que Holmes consumia regularmente? Todos sabem que
por essa altura não era crime, era mesmo prática corrente e remédio aconselhado
por médicos e psicanalistas (veja-se o caso de Freud). Mas sabemos também que
familiares do defunto e curadores dos museus fazem por esquecer ou encobrir
certas práticas menos consentâneas com a faixa etária que frequenta estas
visitas guiadas a casas ilustres. Fica, portanto, um vazio indizível, que
anuncia apenas uma presença que todos querem sentir. A esta casa já fui pelo
menos duas vezes, uma quando era ainda solteiro, outra com um filho que se
interessa igualmente por estas curiosidades (sim, também visitámos a “Old
Curiosity Shop”). Há obsessões que passam de geração em geração. Baker Street é
lugar de peregrinação inadiável para qualquer admirador de Sherlock Holmes de
passagem por Londres. Ou mesmo para os muitos londrinos que não esquecem um dos
seus símbolos maiores. É impossível que esta casa, com um ar tão desabitado, não
tenha já sido habitada. Desabitada quer dizer que se sente a falta de quem a
habitou anteriormente. O vazio é o vazio de uma ausência. Esta invasão de
privacidade só o é porque houve anteriormente uma privacidade. Sherlock Holmes
esteve aqui, seguramente, a falar com John Watson. Até retenho alguns traços
fisionómicos, com um pouco de Basil Rathbone, algo de Peter Cushing, muito de
Jeremy Brent, também de Robert Stephens ou Nicol Williamson, agora até de
Robert Downey Jr. É, pois, um retrato estranho, uma espécie de puzzle que
combina na memória rostos e silhuetas diferentes, mas que todas elas asseguram
a individualidade de um ser. Sherlock Holmes existiu mesmo.
Dizem
os factos, para lá da lenda, que Sherlock Holmes é uma criação de Sir Arthur
Conan Doyle, médico e escritor, que apareceu pela primeira vez no romance “A
Study in Scarlet” (Um Estudo em Vermelho), publicado originalmente na revista
“Beeton's Christmas Annual”, em Novembro de 1887. Holmes não teve biografia
traçada desde início, mas foi amealhando currículo ao longo da série de
novelas, contos e romances que se lhe seguiram. Curiosamente sabe-se que não
era para ser assim chamado, pois existem rascunhos de um outro nome para a
personagem: Sherringford Holmes.
O que
se sabe, desde logo, é que Sherlock Holmes viveu em Londres, entre os anos 1881
e 1903, portanto nos derradeiros anos do período vitoriano, num apartamento no
nº 221B, de Baker Street (onde, presentemente, se encontra instalado um museu
dedicado a Sherlock Holmes). Dividiu, durante largo tempo, esse apartamento com
um amigo e colega médico, o Dr. John H. Watson, recém-chegado do Afeganistão.
Essa amizade de convívio diário transforma Watson num companheiro de aventuras
e no biógrafo encartado de Holmes.
Conan
Doyle admitiu que a inspiração para a criação desta figura que rapidamente se
tornaria lendária, a foi buscar a um seu professor de medicina, o Dr. Joseph
Bell (1837-1911), um cirurgião de Edimburgo, que tinha excelentes capacidades
dedutivas e era capaz de descobrir imensos aspectos da vida e dos hábitos dos
seus pacientes. O Dr. Joseph Bell terá inspirado não só a criação da
personalidade, mas até alguns aspectos físicos da figura do detective. Num
texto publicado no periódico “The National Weekly”, em 1923, Doyle recorda os
tempos passados na faculdade de medicina, e como iniciou então o processo de
criação da sua célebre personagem. Ao descrever o seu professor Bell, afirma:
“Era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos
penetrantes, ombros reptos e um jeito sacudido de andar. A voz era esganiçada.
Era um cirurgião muito capaz, mas o seu ponto forte era o diagnóstico, não só
das doenças, mas das ocupações e da personalidade dos doentes." Dr. Joseph
Bell parece ter negado ser a fonte inspirativa e tomou mesmo a comparação como
pejorativa – não se considerava arrogante.
Sherlock
Holmes descreve-se a si mesmo como um "detective consultor". Diz:
“Tenho um ofício próprio. Suponho que sou o único no mundo. Sou um detective
consultor”. Não tinha realmente muita simpatia pelos detectives particulares
que iam à procura de casos e clientes. Pode considerar-se um certo
pretensiosismo da sua parte, uma jactância social. Não fazia parte da sua
índole descer tão baixo. Não precisava. Não ia à procura de casos, esperava que
eles viessem ter a si. Esperava-os no seu salão de Baker Street, folheando
jornais, fumando tabaco em cachimbo ou drogando-se com cocaína (esta só seria
proibida em 1930). Tocava violino ou aborrecia-se de morte em tempos de
ociosidade. Era capaz de trabalhar dias e noites, sem comer nem dormir, quando
se encontrava envolvido nalgum caso mais melindroso. Bastava, como nos conta
Conan Doyle, recuperando os cadernos de apontamentos de Watson, ver entrar pela
porta dentro uma mulher em desespero ou um homem em perigo de morte e olhar-lhe
para os sapatos, a cor dos olhos, as manchas do casaco, o vestido amarrotado,
para desatar a enumerar um infindável número de “evidências” que deixavam
atónitos todos os circundantes. Doyle assegura que Holmes é capaz de resolver
os mais complexos problemas sem sair do seu apartamento. Mas muitas vezes
desloca-se ao local do crime, e não poucas vezes vê-se envolvido em episódios
violentos.
Em
todos os casos, a dedução é a base da sua estratégia alicerçada numa forte
faculdade de observação dos mais pequenos sintomas ou pormenores. Senhor de uma
vastíssima cultura geral, sobretudo científica, que é conveniente não indagar
de onde lhe vem (certamente de dezenas de anos de estudo), Holmes identifica um
aroma, um perfume, um cheiro, a marca de um tabaco, os vestígios de umas
cinzas, a origem de um pedaço de terra, a textura de um pó. Estudou química e
física, além de medicina, e não raro faz experiências, nem todas bem-sucedidas.
Mas, no final, acabarão por se tornar especialmente úteis. De vez em quando
desaparece no nevoeiro londrino para reaparecer não se sabe como, disfarçado
das mais diversas formas, para levar a bom porto as suas investigações, que,
não raro, exigem dele o manejo da espada, ou mesmo umas boas cenas de pugilismo
(Watson assevera mesmo que teria dado um bom pugilista profissional). Essa sua
faceta de actor que lhe permitia o disfarce exemplar colheu-a certamente
durante alguns meses como intérprete, na sua juventude, chegando a integrar o
elenco de peças como “Hamlet”. Entre os disfarces mais conhecidos e relatados
por Watson, contam-se alguns vagabundos, um velho bibliógrafo, um venerável
padre italiano, uma velha senhora, um marinheiro, o capitão Basil, muito
conhecido no East End, um fumador de ópio, um canalizador libertino de nome
Escott, um operário francês mal barbeado, um espião irlando-americano, um
oficial de marinha asmático, um clérigo não conformista, simplório e amável, um
criado de quarto, dado à bebida, etc.
Sherlock
Holmes não teve existência física, nasceu da pena de um inspirado escritor, mas
ao longo das suas aventuras pode inventariar-se uma história passada: terá
nascido a 6 de Janeiro de 1854, ao norte de Yorshire, filho de um agricultor e
de uma mãe de origem francesa, dado que a avó era filha do pintor Horace
Vernet. É o próprio detective quem confidencia a Watson: “Os meus antepassados
eram fidalgos de província que parecem ter levado o tipo de vida próprio de
pessoas da sua classe social.”
6 de
Janeiro de 1854? Obviamente que esta data de nascimento é calculada, com base
em referências surgidas em obras que relatam as suas aventuras, pois não há
nenhuma menção precisa. Entre 1852 e 1867 várias foram as hipóteses aventadas,
mas a que reúne maior consenso é a de 1854. No conto “O Mistério do Vale
Boscombe”, que se desenrola em Junho de 1889, Holmes descreve-se como um homem
de "meia-idade”, o que na altura quereria dizer de cerca de 35 anos. Em
“His Last Bow“, de 1914, Watson descreve Holmes como alguém de sessenta anos.
Ambas as referências apontam para 1854.
Quanto
ao dia e ao mês, as divagações não são menores. Em “O Vale do Terror”, há uma
referência a um dia 7 de Janeiro, e Watson pergunta-se se o amigo terá
festejado o seu aniversário na véspera. Logo, “elementar, meu caro Watson”...
(frase que Conan Doyle nunca terá escrito!). Elementar? Nada disso. Nick
Rennison, na sua recente “biografia não autorizada”, “Sherlock Holmes”, opta
por uma outra data, 27 de Junho de 1854, para o nascimento de William Sherlock
Holmes (1).
Tinha
um irmão mais velho, Mycroft, que trabalhava para o serviço secreto inglês. É
Holmes quem afirma que o irmão é muito superior a si em observação e dedução.
Numa das suas aventuras, Holmes encontra-se com Mycroft, em frente do Diogenes
Club, o clube onde o irmão passava os tempos livres, e os dois mantêm um
diálogo repleto de deduções, cada uma mais bizarra que a outra, sobre um
transeunte que se atravessa no seu caminho, conjecturas que deixam Watson
profundamente intrigado e estupefacto.
Segundo
o “Canon” de Sherlock Holmes (isto é, a globalidade das obras escritas
realmente por Conan Doyle, excluindo todas as sequelas e derivações
posteriores, assinadas por outros autores, que se inspiraram nas personagens e
lhe deram continuação, e foram algumas), é possível estabelecer alguma
cronologia para a vida do popular detective. Assim, por exemplo, dando crédito
a uma cronologia estabelecida por Thierry Saint-Joanis (2), em 1877, Holmes
instala-se como detective privado; em 1878, Watson obtém o seu diploma de
médico na universidade de Londres, torna-se cirurgião e é incorporado no 5º
Regimento de Fuzileiros de Northumberland; em 27 de Julho de 1880, inicia-se a
segunda guerra do Afeganistão, Watson participa na batalha de Maïwand onde é
ferido. Convalescença e regresso a Inglaterra com uma curta pensão.
Em
1881, um amigo comum apresenta Holmes a Watson e os dois decidem partilhar o
aluguer de um apartamento em Baker Street, em Londres. “Um Estudo em Vermelho”
é o primeiro caso que ambos resolvem. Seis anos mais tarde, em 1887, Watson vem
em socorro do seu amigo, gravemente doente, em Lyon, durante o caso dos
proprietários de Reigate. Voltam para Londres, onde os espera o caso do “Signo
dos Quatro”, durante o qual Watson encontra Mary Morstan, com quem irá
casar.
Em
1889, Holmes afirma ter completado mais de quinhentos inquéritos importantes
desde o início da sua carreira. Em 1891, duplica. No dia 4 de Maio desse mesmo
ano, Sherlock Holmes desaparece nas cataratas de Reichenbach, perto de
Meiringen, na Suíça (episódio relatado em “The Adventure of the Final
Problem”), quando lutava corpo a corpo com o professor James Moriarty,
arqui-rival e génio do crime. Para os leitores é dado como morto.
Este
período, entre 1891 a 1893, compreendido entre a "morte" e a
"ressurreição" do detective, é conhecido pelos sherlockianos como o
grande hiato (The Great Hiatus). Curiosamente, "O caso da Vila
Glicínia" (The Adventure of Wisteria Lodge) é datado pelo Dr. Watson como
ocorrido no ano de 1892. Sabe-se depois que, nesse grande hiato, o detective
viaja incógnito pelo Tibete e a Pérsia, visita a Meca, espia em Cartum para o
Foreign Office, depois regressa por Montpellier, onde faz pesquisas. Durante este
período, em Londres, Watson, que acredita que o amigo morreu na Suíça, perde
também a sua jovem e muito amada mulher.
Interessante
aprofundar as razões do desaparecimento do detective. Arthur Conan Doyle quis
realmente fazer desaparecer a sua personagem, interessado em explorar outros
temas, aspirando a mudanças na sua obra literária. Julgava “The Adventure of
the Final Problem” um final apropriado para o seu famoso detective que,
finalmente, encontrava e vencia, ainda que à custa da própria vida, um adversário
à altura, Moriarty.
Durante
dez anos, Doyle volta-se para outras paisagens e outros personagens, e não se
entrega a Sherlock Holmes a não ser em 1902, quando redige “O Cão dos
Baskerville”, para satisfazer as imperiosas necessidades do seu público. Mas
este não se sacia e quer mais. Os editores também querem e, em 1903, perante
uma oferta irrecusável de direitos autorais, retorna com “O Regresso de
Sherlock Holmes”. Holmes retoma oficialmente o seu trabalho com o “Caso da Casa
Vazia”, onde captura o coronel Moran, último membro da organização de Moriarty.
A República Francesa agracia-o com a Legião de Honra por ter prendido Huret, o
“assassino do boulevard”. Em 1895, será a Rainha Vitória a recompensá-lo com
uma esmerada incrustada num alfinete de gravata pelo seu triunfo em “Os Planos
do Submarino Bruce-Partington”.
Em
1897, para evitar a depressão, repousa. Confia a Watson que nunca amou, o que
arruma assim sumariamente a sua questão com as mulheres (a única por quem terá
sentido alguma atracção terá sido Irene Adler). Em Junho de 1902, recusa o
título de Cavaleiro que o Rei lhe procura atribuir. No ano seguinte, Watson
casa pela segunda vez e retoma a sua actividade de médico. A 6 de Janeiro de
1904, Holmes reforma-se e retira-se para uma herdade em Sussex, onde passa a
dedicar-se à apicultura. Escreve mesmo um ensaio sobre o tema.
A 2 de
Agosto de 1914, depois de dois anos de espionagem nos EUA, na Irlanda e em
Inglaterra, Holmes reencontra Watson para prenderem um agente alemão, no início
da Primeira Guerra Mundial. A seguir o mundo não voltará a ouvir falar de
Sherlock Holmes e de John Watson. Esta foi a sua derradeira aventura.
Sherlock
Holmes é portador de uma personalidade singular e perturbante, que faz dele
certamente um ícone. Aparentemente sem defeitos e com enormes virtudes, culto e
sabedor, mesmo erudito, é todavia arrogante, convencido e pretensioso, não raro
de uma inteligência fria, optando quase sempre por ser racional em lugar de
emocional. Faz justiça pelas próprias mãos, no que se julga deus, deixa em
liberdade alguns criminosos, executa outros, ironiza com as poucas faculdades
do inspector Lestrade, da Scotland Yard, que deixa sempre para trás e em
dificuldades de raciocínio. Não é muito dado a práticas violentas, mas foi sensação
no boxe, e alguns asseguravam-lhe um bom futuro na profissão, assim como,
paradoxalmente, poderia ter sido um exímio executante musical, o que recorda
amiúde com o seu violino.
As
obras de Sir Arthur Conan Doyle, dedicadas a Sherlock Holmes são: Um Estudo em
Vermelho (A Study in Scarlet), romance (1887), O Signo dos Quatro (The Sign of
the Four), romance (1890), O Cão dos Baskervilles (The Hound of the
Baskervilles), romance (1902), O Vale do Terror (The Valley of Fear), romance
(1915), E ainda: As Aventuras de Sherlock Holmes (The Adventures of Sherlock
Holmes), série de 12 contos (1892), Memórias de Sherlock Holmes (The Memoirs of
Sherlock Holmes), série de 11 contos (1894), O Regresso de Sherlock Holmes (The
Return of Sherlock Holmes), série de 13 contos (1905), O Último Adeus de
Sherlock Holmes (His Last Bow), série de 8 contos (1917), Os Casos de Sherlock
Holmes (The Case-Book of Sherlock Holmes), série de 12 contos (1927).
(1)
Nick Rennison, “Sherlock Holmes”, “biografia não autorizada”, Edição esfera do
Livro, Lisboa, 2008.
(2) Thierry Saint-Joanis,
“Chronologie canonique de Sherlock Holmes”, in “Sherlock Holmes Encyclopedia”. (http://www.sshf.com/wiki/index.php/Chronologie_canonique_de_Sherlock_Holmes).
SHERLOCK HOLMES NO CINEMA
Filmografia
(listagem de filmes, séries de TV e telefilmes adaptados de obras de Arthur
Conan Doyle, ou nelas inspirados, tendo como base a personagem de Sherlock
Holmes): 1903: Sherlock Holmes Baffled (EUA); 1906: The
Adventures of Sherlock Holmes ou Held for a Ransom, de J. Stuart Blackton
(EUA); Maurice Costello (S H); 1908: Un Rivale di Sherlok Holmes ou Rival
Sherlock Holmes (Itália); Sherlock Holmes and (ou in) the Great Murder Mystery
(EUA); Sherlock Holmes ou Sherlock Holmes i livsfare, de Viggo Larsen
(Dinamarca); Viggo Larsen (S H); 1909: Den Graa Dame ou The Grey Dame ou The
Grey Lady, de Viggo Larsen (Dinamarca); Viggo Larsen (S H); 1911. Den Stjaalne
Millionobligation ou Millionobligationen ou Milliontestamentet ou Sherlock
Holmes ou The Stolen Legacy (Dinamarca); Alwin Neuß (S H); Hotelmysterierne ou
Hotel Thieves ou Hotelrotterne (Dinamarca); Einar Zangenberg (S H); The $500
Reward, de Mack Sennett (EUA); Mack Sennett (S H); 1912: Flamme d'Argent, de
Adrien Caillard (França, Inglaterra); Georges Tréville (S H); Le Ruban
Moucheté, de Adrien Caillard (França, Inglaterra); Georges Tréville (S H); Le
Mystère de Val Boscombe, de Georges Tréville (França, Inglaterra); Georges
Tréville (S H); (desta série interpretada por Georges Tréville, produzida pela
Eclair Anglo-French, com a colaboração directa de Arthur Conan Doyle, constam
os seguintes títulos na sua versão inglesa: “The Speckles Band”, “The Beryl
Coronet”, “Silver Blaze” (1912), “The Reigate Squires”, “The Adventures of the
Copper Beeches”, “The Mystery of Boscobe Vale”, “The Stiolen Papers” e “The
Murgave Ritual”. Esta relação, não confirmada, é referida no livro “Holmes of
the Movies”, de David Stuart Davies.); 1913: The Stolen Purse, de Mack Sennett
(EUA, 1913); Mack Sennett (S H); Sherlock Holmes Solves the Sign of the Four ou
Sherlock Holmes and 'The Sign of the Four' ou The Sign of Four, de Lloyd
Lonergan (EUA); Harry Benham (S H); The Sleuth's Last Stand, de Mack Sennett
(EUA); Mack Sennett (S H); The Sleuths at the Floral Parade, de Mack Sennett
(EUA); Mack Sennett (S H); 1914: A Study in Scarlet, de George Pearson
(Inglaterra, 1914); James Bragington (S H); Detektiv Braun, de Rudolf Meinert
(Alemanha); Alwin Neuß (S H); A Study in Scarlet de Francis Ford (EUA); Francis
Ford (S H); Der Hund von Baskerville ou Der Hund von Baskerville, 1. Teil ou
The Hound of the Baskervilles, de Rudolf Meinert (Alemanha); Alwin Neuß (S
H); Der Hund von Baskerville, 2. Teil -
Das einsame Haus, de Rudolf Meinert (Alemanha); Alwin Neuß (S H); 1915: Das
dunkle Schloß ou The Hound of the Baskervilles: The Dark Castle ou Der Hund von
Baskerville, 3. Teil - Das unheimliche Zimmer, de Willy Zeyn (Alemanha);
Argumento: segundo Arthur Conan Doyle; Companhia de produção: Projektions-AG
Union (PAGU); Intérpretes: Eugen Burg (S H); Der Hund von Baskerville, 3. Teil
- Das unheimliche Zimmer ou The Hound of the Baskervilles, de Richard Oswald
(Alemanha); Alwin Neuß (S H); The Crogmere Ruby, de Ernest C. Warde (EUA);
Hector Dion (S H); The Crimson Sabre, de Ernest C. Warde (EUA);: Hector Dion (S
H);1916: The Valley of Fear, de Alexander Butler (Inglaterra); H.A. Saintsbury
(S H); Sherlock Holmes, de Arthur Berthelet (EUA); William Gillette (S H);
1917: Die Kassette, de Carl Heinz Wolff (Alemanha); Hugo Flink (S H);Der
Erdstrommotor ou The Earthquake Motor, de Carl Heinz Wolff (Alemanha); Hugo
Flink (S H); Der Schlangenring, de Carl Heinz Wolff (Alemanha); Hugo Flink (S
H); Was er im Spiegel sah, de Carl Heinz Wolff (Alemanha); Ferdinand Bonn (S
H); 1920: Der Hund von Baskerville - 6. Teil: Das Haus ohne Fenster, de Willy
Zeyn (Alemanha); Willy Kaiser-Heyl (S H); 1921: The Hound of the Baskervilles
ou The Adventures of Sherlock Holmes #1: The Hound of the Baskervilles, The
Devil's Foot ou The Adventures of Sherlock Holmes #2: The Devil's Foot, A Case
of Identity ou The Adventures of Sherlock Holmes #3: A Case of Identity, The
Yellow Face ou The Adventures of Sherlock Holmes #4: The Yellow Face, The
Red-Haired League ou The Adventures of Sherlock Holmes #5: The Red-Headed
League, The Resident Patient ou The Adventures of Sherlock Holmes #6: The
Resident Patient, A Scandal in Bohemia ou The Adventures of Sherlock Holmes #7:
A Scandal in Bohemia, The Man with the Twisted Lip ou The Adventures of
Sherlock Holmes #8: The Man with the Twisted Lip, The Beryl Coronet ou The
Adventures of Sherlock Holmes #9: The Beryl Coronet, The Noble Bachelor ou The
Adventures of Sherlock Holmes #10: The Noble Bachelor, The Copper Beeches ou
The Adventures of Sherlock Holmes #11: The Copper Beeches, The Empty House ou
The Adventures of Sherlock Holmes #12: The Empty House, The Tiger of San Pedro
ou The Adventures of Sherlock Holmes #13: The Tiger of San Pedro, The Priory
School ou The Adventures of Sherlock Holmes #14: The Priory School, The
Solitary Cyclist ou The Adventures of Sherlock Holmes #15: The Solitary Cyclist
e The Dying Detective ou The Adventures of Sherlock Holmes: The Dying
Detective, todos de Maurice Elvey (Inglaterra); Eille Norwood (S H); 1922:
Sherlock Holmes ou Moriarty, de Albert Parker (EUA); John Barrymore (S H);
1922-1923: The Six Napoleons, The Musgrave Ritual, The Greek Interpreter, The
Second Stain, The Naval Treaty, The Boscombe Valley Mystery, The Abbey Grange,
Charles Augustus Milverton, The Norwood Builder, Black Peter, The Reigate
Squires, The Stockbroker's Clerk, The Golden Pince-Nez, The Bruce Partington
Plans e The Red Circle, todos de George Ridgwell (Inglaterra); Eille Norwood (S
H); The Mystery of the Dancing Men, The Missing Three Quarter, The Three
Students, Silver Blaze, The Mystery of Thor Bridge, The Sign of Four, The Blue
Carbuncle, The Gloria Scott, The Stone of Mazarin, The Disappearance of Lady
Frances Carfax, The Final Problem, The Speckled Band, The Cardboard Box, The
Crooked Man, His Last Bow, The Engineer's Thumb, e The Sign of Four, todos de
George Ridgwell (Inglaterra: Eille Norwood (S H); 1924: Sherlock Jr. (Sherlock
Jr.), de Buster Keaton (EUA); Buster Keaton (Sherlock, Jr. / Projecionista);
1912: One Hysterical Night, de William James Craft (EUA);(um baile de máscaras
onde aparecem várias personagens históricas e literárias, entre elas Sherlock
Holmes); Der Hund von Baskerville ou The Hound of the Baskervilles, de Richard
Oswald (Alemanha); Carlyle Blackwell (S H);
(Até 1929 e até este título todos os filmes referenciados são mudos. A
partir daqui passam a ser sonoros, com as ressalvas assinaladas) 1929: The
Return of Sherlock Holmes, de Basil Dean (EUA); Clive Brook (S H); 1930:
Paramount on Parade, de Dorothy Arzner, Otto Brower (EUA); Clive Brook
(Sherlock Holmes (“Murder Will Out”); 1931: The Sleeping Cardinal ou Sherlock
Holmes' Fatal Hour, de Leslie S. Hiscott (Inglaterra); Arthur Wontner (S H);
The Speckled Band, de Jack Raymond (EUA); Raymond Massey (S H); Le Roi Bis ou
Lelícek ve Sluzbach Sherlocka Holmese, de Robert Beaudoin (Checoslováquia,
França); Martin Fric (S H); 1932: The Missing Rembrandt ou Sherlock Holmes and
the Missing Rembrandt, de Leslie S. Hiscott (Inglaterra); Arthur Wontner (S H);
Lelícek ve sluzbách Sherlocka Holmese ou Lelicek in the Services of Sherlock
Holmes, de Carl Lamac (Checoslováquia); Martin Fric (S H); The Hound of the
Baskervilles, de Gareth Gundrey (Inglaterra); Robert Rendel (S H); The Sign of
Four: Sherlock Holmes' Greatest Case ou The Sign of Four, de Graham Cutts
(Inglaterra); Arthur Wontner (S H); Sherlock Holmes, de William K. Howard
(EUA); Clive Brook (S H);1933: A Study in Scarlet, de Edwin L. Marin (EUA,
1933); Reginald Owen (S H); 1935: The Triumph of Sherlock Holmes, de Leslie S.
Hiscott (Inglaterra); Arthur Wontner (S H); The Three Garridebs (1937) (TV);
Louis Hector (S H); Der Hund von Baskerville ou The Hound of the Baskervilles,
de Carl Lamac (Alemanha); Bruno Güttner (S H); Der Mann, der Sherlock Holmes
War ou The Man Who Was Sherlock Holmes ou Two Merry Adventurers ou Zwei lustige
Abenteurer, de Karl Hartl (Alemanha); Hans Albers (Morris Flint / SH); O CASO
“SILVER BLAZE” (/Silver Blaze ou Murder at the Baskervilles), de Thomas Bentley
(Inglaterra); Arthur Wontner (S H); O CÃO DOS BASKERVILLES (The Hound of the
Baskervilles), de Sidney Lanfield (EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr.
Watson); SHERLOCK HOLMES CONTRA MORIARTY (
The Adventures of Sherlock Holmes ou Sherlock Holmes), de Alfred L.
Werker (EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); 1942: SHERLOCK
HOLMES E A VOZ DO TERROR (Sherlock Holmes and the Voice of Terror ou Sherlock
Holmes Saves London ou Voice of Terror), de John Rawlins (EUA); Basil Rathbone
(S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); 1943: SHERLOCK HOLMES E A ARMA SECRETA
(Sherlock Holmes and the Secret Weapon ou Secret Weapon ou Sherlock Holmes
Fights Back), de Roy William Neill (EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce
(Dr. Watson); SHERLOCK HOLMES EM WASHINGTON (Sherlock Holmes in Washington), de
Roy William Neill (EUABasil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); SHERLOCK
HOLMES SESAFIA A MORTE (Sherlock Holmes Faces Death), de Roy William Neill
(EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); 1944: A GARRA VERMELHA
(The Scarlet Claw ou Sherlock Holmes and the Scarlet Claw), de Roy William
Neill (EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); A TEIA DE ARANHA
(The Spider Woman ou Sherlock Holmes and the Spider Woman ou Sherlock Holmes in
the Spider Woman), de Roy William Neill (EUA: Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce
(Dr. Watson); A PÉROLA DA MORTE (The Pearl of Death ou Sherlock Holmes in Pearl
of Death), de Roy William Neill (EUA); B. Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce
(Dr. Watson); 1945: A CASA DO MEDO (The House of Fear ou Sherlock Holmes and
the House of Fear ou Sherlock Holmes: The House of Fear), de Roy William Neill
(EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); LÁBIOS QUE MATAM (The
Woman in Green ou Invitation to Murder or Sherlock Holmes and the Woman in
Green ou Sherlock Holmes: The Woman in Green), de Roy William Neill (EUA);
Basil Rathbone (Holmes), Nigel Bruce (Dr. Watson); DESFORRA EM ARGEL (Pursuit
to Algiers ou Sherlock Holmes in Pursuit to Algiers), de Roy William Neill
(EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); 1946: NOITE TENEBROSA
(Terror by Night ou Sherlock Holmes: Terror by Night), de Roy William Neill
(EUA); Basil Rathbone (S H); Nigel Bruce
(Dr. Watson); A MENSAGEIRA DA MORTE (Dressed to Kill ou Prelude to Murder ou
Sherlock Holmes and the Secret Code ou Sherlock Holmes in Dressed to Kill ou
Sherlock Holmes: Dressed to Kill), de Roy William Neill (EUA);: Basil Rathbone
(S H); Nigel Bruce (Dr. Watson); 1947: Arsenio Lupin, de Ramón Peón (México);
José Baviera (S H); 1949: The Adventure of the Speckled Band, na série de TV
"Your Show Time", de Sobey Martin (EUAAlan Napier (S H); The Case of
Lady Sannox, na série de TV "Suspense", de Robert Stevens (EUA); The Contest, na série de TV "NBC
Presents"; The Adventure of the Speckled Band, de Sobey Martin (EUA); Alan
Napier (S H); Sherlock Holmes: The Man Who Disappeared ou Sherlock Holmes: The
Man with the Twisted Lip (TV), de : Richard M. Grey (Inglaterra); Longden (S
H); 1951: Sherlock Holmes, série de televisão com seis episódios (Inglaterra,
1951): 1: The Empty House; 2: A Scandal in Bohemia; 3: The Dying Detective; 4:
The Reigate Squires; 5: The Red Headed League e 6: The Second Stain; Alan
Wheatley (S H); 1953: The Adventure of the Black Baronet, na série de TV
"Suspense", de Robert Mulligan (EUA); Basil Rathbone (S H); 1954:
Sherlock Holmes liegt im Sterben da série televisiva "Die Galerie der
großen Detektive", de Peter A. Horn (RFA); Ernst Fritz Fürbringer (S H);
Der Hund von Baskerville ou The Hound of the Baskervilles, de Fritz Umgelter
(RFA); Wolf Ackva (S H); 1954-55: "Sherlock Holmes" ou The Adventures
of Sherlock Holmes - Os 39 episódios desta série (EUA): “The Case of the
Cunningham Heritage”, “The Case of Lady Beryl”, “The Case of the Pennsylvania
Gun”, “The Case of the Texas Cowgirl”, “The Case of the Belligerent Ghost”,
“The Case of the Shy Ballerina”, “The Case of the Winthrop Legend”, “The Case
of the Blind Man's Bluff”, “The Case of Harry Crocker”, “The Mother Hubbard
Case”, “The Case of the Red Headed League”, “The Case of the Shoeless
Engineer”, “The Case of the Split Ticket”, “The Case of the French Interpreter”,
“The Case of the Singing Violin”, “The Case of the Greystone Inscription”, “The
Case of the Laughing Mummy”, “The Case of the Thistle Killer”, “The Case of the
Vanished Detective”, “The Case of the Careless Suffragette”, “The Case of the
Reluctant Carpenter”, “The Case of the Deadly Prophecy”, “The Case of the
Christmas Pudding”, “The Night Train Riddle”, “The Case of the Violent Suitor”,
“The Case of the Baker Street Nursemaids”, “The Case of the Perfect Husband”,
“The Case of the Jolly Hangman”, “The Case of the Imposter Mystery“, “The Case
of the Eiffel Tower”, “The Case of the Exhumed Client”, “The Case of the
Impromptu Performance”, “The Case of the Baker Street Bachelors”, “The Case of
the Royal Murder”, “The Case of the Haunted Gainsborough”, “The Case of the
Neurotic Detective”, “The Case of the Unlucky Gambler”, “The Case of the
Diamond Tooth”, “The Case of the Tyrant's Daughter”, de Steve Previn (25
episódios, 1954-1955), Jack Gage (4 episódios, 1954), Sheldon Reynolds (9
episódios, 1954-1955); Ronald Howard (S H); 1957: Sherlock Holmes ja
kaljupäisten kerho (Finlândia); Intérpretes: Jalmari Rinne (S H); O CÃO DOS
BASKERVILLES (The Hound of the Baskervilles), de Terence Fisher (Inglaterra);
Peter Cushing (S H); 1962: Sherlock Holmes und das Halsband des Todes ou La
valle del terrore ou Sherlock Holmes and the Deadly Necklace ou Sherlock Holmes
et le collier de la mort ou Sherlock Holmes la valle del terrore ou Valley of
Fear, de Terence Fisher, Frank Winterstein (Alemanha, Inglaterra, Itália, França);
Christopher Lee (S H); 1963-1973: Holmes
Sweet Holmes, episódio da série de TV "Telescope" (Canadá,);
Entrevista com Adrian Conan Doyle, filho de Sir Arthur Conan Doyle; 1964: The
Speckled Band, episódio da série "Detective", de Robin Midgley (Inglaterra);
Douglas Wilmer (S H); 1965: Mr. Magoo's Sherlock Holmes, episódio da série de
TV "The Famous Adventures of Mr. Magoo" (EUA); A Study in Terror, de
James Hill (Inglaterra); John Neville (S H); The Double-Barrelled Detective
Story, de Adolfas Mekas (EUA); Jerome Raphael (S H); Sherlock Holmes in the
Singular Case of the Plural Green Mustache ou Sherlock Holmes in the Singular
Case of the Plural Green Mustache: Based on the Characters by Sir Arthur Conan
Doyle in Which Sherlock Holmes Uses His Mastery of 2-Valued Logic to Solve a
Baffling Problem, de Charles Eames, Ray Eames (EUA); 1968: L'ultimo dei
Baskerville ou The Hound of the Baskervilles (TV), de Guglielmo Morandi
(Itália); Nando Gazzolo (S H); La valle della paura ou The Valley of Fear (TV),
de Guglielmo Morandi (Itália); Nando Gazzolo (S H); Sir Arthur Conan Doyle,
série de TV de 13 episódios: “Lot 249”, “The Croxley Master”, “The Chemistry of
Love”, “The Lift”, “Crabbe's Practice”, “The Willow House School”, “The Brown
Hand”, “The Mystery of Cader Ifan”, “The New Catacomb”, “Redhanded”, “The Black
Doctor”, “The Beetle Hunter” e “Playing with Fire”, de Peter Sasdy
(Inglaterra); Sherlock Holmes, série de TV (RFA) 6 episódios: “Das gefleckte
Band”, “Sechsmal Napoleon”, “Die Liga der Rothaarigen”, “Die
Bruce-Partington-Pläne”, “Das Beryll-Diadem” e “Das Haus bei den Blutbuchen”;
Erich Schellow (S H) (6 episódios, 1967-1968), Paul Edwin Roth (Dr. Watson) (6
episódios, 1967-1968), Manja Kafka (Mrs. Hudson) (6 episódios, 1967-1968);
Sherlock Holmes, de Guglielmo Morandi (Itália); Série de TV; Nando Gazzolo (S
H); "The Morecambe & Wise Show", de Ed Stuart (Inglaterra,
1968-1977); Série de TV (1968-1977); COLECÇÃO SHERLOCK HOLMES (Sherlock
Holmes), série de TV de 29 episódios (1965-1968): “The Speckled Band”, “The
Illustrious Client”, “The Devil's Foot”, “The Copper Beeches”, “The Red-Headed
League”, “The Abbey Grange”, “The Six Napoleons”, “The Man with the Twisted
Lip”, “The Beryl Coronet”, “The Bruce-Partington Plans”, “Charles Augustus
Milverton”, “The Retired Colourman”, “The Disappearance of Lady Frances
Carfax”, “The Second Stain”, “The Dancing Men”, “Um Estudo em Vermelho” (“A
Study in Scarlet”), “O Cão dos Baskervilles” (“The Hound of the Baskervilles:
Part 1”), “O Cão dos Baskervilles” (“The Hound of the Baskervilles”: Part 2”),
“O Mistério do Vale Boscombe” (The Boscombe Valley Mystery”), “The Greek
Interpreter”, “The Naval Treaty”, “Thor Bridge”, “The Musgrave Ritual”, “Black
Peter”, “Wisteria Lodge”, “Shoscombe Old Place”, “The Solitary Cyclist”, “O
Sinal dos Quatro” (“The Sign of Four”) e “O Carbunculo Azul” (“The Blue
Carbuncle”); de Antony Kearey (3 episódios, 1968), Viktors Ritelis (3
episódios, 1968), Bill Bain (2 episódios, 1968), Henri Safran (2 episódios,
1968), William Sterling (2 episódios, 1968) (Inglaterra, 1965); Douglas Wilmer
(S H) (13 episódios, 1964-1965), Peter Cushing (S H) (16 episódios, 1968),
Nigel Stock (Dr. Watson) (29 episódios, 1964-1968); 1969: The Best House in
London, de Philip Saville (Inglaterra); Peter Jeffrey (S H); 1970: A VIDA
ÍNTIMA DE SHERLOCK HOLMES (The Private Life of Sherlock Holmes), de Billy
Wilder (Inglaterra); Robert Stephens (S H); Colin Blakely (Dr. Watson); 1971:
Touha Sherlocka Holmese, de Stepán Skalský (Checoslováquia); Radovan Lukavský
(S H); ENCONTRO MARCADO (They Might Be Giants), de Anthony Harvey (EUA); George
C. Scott (Justin Playfair); 1972: The Hound of the Baskervilles ou Sherlock
Holmes: The Hound of the Baskervilles (TV), de Barry Crane (EUA); Stewart
Granger (S H); 1973: Elementary My Dear Watson, episódio de "Comedy
Playhouse", de Harold Snoad (Inglaterra); John Cleese (S H); 1973-74: The
Leather Funnel, na série de TV "Great Mysteries", de Alan Gibson (7
episódios), Peter Sasdy (7 episódios), Peter Sykes (5 episódios), Mark
Cullingham (2 episódios) (Inglaterra); 1971-1974: Arsène Lupin, os quarto
episódios em que surge Herlock Sholmes, nesta série de TV (França, Canadá,
Suíça, Itália, Holanda, Áustria, Bélgica, RFA, 1971-1974): “L'homme au chapeau
noir” (1973), “Le secret de l'aiguille” (1973), “Herlock Sholmes lance un défi”
(1973) e “Arsène Lupin contre Herlock Sholmes” (1971), de Jean-Pierre Desagnat
(8 episódios, 1973-1974), Jean-Pierre Decourt (6 episódios, 1971-1973), Dieter
Lemmel (3 episódios, 1971), Fritz Umgelter (3 episódios, 1974), Wolf Dietrich
(2 episódios, 1971-1974); Henri Virlojeux (Herlock Sholmes); 1974: Das Zeichen
der Vier ou The Sign of Four (TV), de Jean-Pierre Decourt (França, RFA); Rolf
Becker (S H); Le Chien des Baskerville, na série de TV "Au Théâtre ce Soir",
de Georges Folgoas (França); Raymond Gérôme (S H); 1975: Le Signe des Quatre,
na série de TV "Les Grands Détectives", de Jean-Pierre Decourt
(França); Rolf Becker (S H); AS AVENTURAS DO IRMÃO MAIS ESPERTO DE SHERLOCK
HOLMES (The Adventure of Sherlock Holmes' Smarter Brother ou Sherlock Holmes'
Smarter Brother ou The Adventures of Sherlock Holmes' Smarter Brother), de Gene
Wilder (EUA, Inglaterra); Gene Wilder (Sigerson Holmes);1976: Sherlock Holmes
in New York (TV), de Boris Sagal (EUA); Roger Moore (S H); O REGRESSO DE
SHERLOCK HOLMES (The Seven-Per-Cent Solution), de Herbert Ross (EUA,
Inglaterra); Nicol Williamson (S H); 1977: Silver Blaze (TV); Christopher
Plummer (S H); The Strange Case of the End of Civilization as We Know It, de
Joseph McGrath (Inglaterra); John Cleese (Arthur Sherlock Holmes); 1978: The
Hound of the Baskervilles, de Paul Morrissey (EUA78); Peter Cook (S H);
Nightmare in Blood, de John Stanley (EUA); The Maltese Unicorn,de Nick De Noia
(EUA); Bill Drew (Holmes McGuffin); 1979: Sherlok Kholms i doktor Vatson:
Krovavaya nadpis ou The Adventures of Sherlock Holmes and Dr. Watson: Bloody
Signature (TV), de Igor Maslennikov (URSS); Vasili Livanov (S H); Goluboy
karbunkul ou Голубой карбункул ou The Blue Carbuncle (TV), de Nikolai Lukyanov (URSS);
Algimantas Masiulis (S H); Sherlok Kholms i doktor Vatson: Znakomstvo ou Шерлок
Холмс и доктор Ватсон: Знакомство ou Sherlock Holmes and Dr. Watson ou The
Adventures of Sherlock Holmes and Doctor Watson (TV), de Igor Maslennikov
(URSS); Vasili Livanov (S H); PROCESSO ARQUIVADO POR ORDEM REAL (Murder by
Decree ou Sherlock Holmes and Saucy Jack ou Sherlock Holmes: Murder by Decree),
de Bob Clark (Inglaterra, Canadá); Christopher Plummer (S H); Priklyucheniya
Sherloka Kholmsa i doktora Vatsona: Okhota na tigra (TV), de Igor Maslennikov
(URSS); Vasili Livanov (S H); Priklyucheniya Sherloka Kholmsa i doktora
Vatsona: Korol shantazha ou The Adventures of Sherlock Holmes and Doctor
Watson: King of Blackmailers (TV), de Igor Maslennikov (URSS); Vasili Livanov (S
H); Priklyucheniya Sherloka Kholmsa i
doktora Vatsona: Smertelnaya skhvatka ou Mortal Fight ou The Adventures of
Sherlock Holmes and Doctor Watson: Mortal Fight (TV), de Igor Maslennikov
(URSS); Vasili Livanov (S H); The Treasure of Alpheus T. Winterborn, na série
de TV "CBS Children's Mystery Theatre", de Murray Golden (EUA,);
Keith McConnell (S H); 1981: Priklyucheniya Sherloka Kholmsa i doktora Vatsona
(TV), de Igor Maslennikov (URSS); Vasili Livanov (S H); Sherlock Holmes and
Doctor Watson, série de 23 episódios: “The Case of Magruder's Murder”, “The
Case of the Purloined Letter”, “The Case of the Baker Street Nursemaids”, “The
Case of the Other Ghost”, “The Case of Harry Crocker”, “The Case of the Body in
the Case”, “The Case of the Deadly Prophecy”, “The Case of Harry Rigby”, “Four
Minus Four Is One”, “The Case of the Close-Knit Family”, “The Case of the Three
Brothers”, “The Case of the Blind Man's Bluff”, “The Case of the Speckled
Band”, “The Case of the Final Curtain”, “The Case of the Shrunken Heads”, “The
Case of the Perfect Crime”, “A Motive for Murder”, “A Case of High Security”,
“The Case of the Luckless Gambler”, “The Case of the Travelling Killer”, “The
Case of the Deadly Tower”, “The Case of Smith & Smythe”, “The Case of the
Sitting Target”; de Roy Ward Baker, Freddie Francis, Aurelio Crugnola, Val
Guest, Sheldon Reynolds (EUA, Polónia); Geoffrey Whitehead (Sherlock Holmes, 23
episódios), Donald Pickering (Dr. Watson, 23 episódios); Priklyucheniya
Sherloka Kholmsa i doktora Vatsona: Sobaka Baskerviley ou Собака Баскервилей ou
Sobaka Baskerviley ou The Adventures of Sherlock Holmes and Dr. Watson: The
Hound of the Baskervilles ou The Hound of the Baskervilles (TV), de Igor
Maslennikov (URSS); Vasili Livanov (S H); Sherlock Holmes ou Sherlock Holmes:
The Strange Case of Alice Faulkner (TV), de Peter H. Hunt (EUA); Frank Langella
(S H); 1982: The Case Against Mr. Roarke/Save Sherlock Holmes, na série de TV,
"Fantasy Island" (EUA); Peter Lawford (S H); Falcon's Gold (TV), de
Bob Schulz (Canadá); FAME (Fame),série de TV (122 episódios, 1982-1987); de
Christopher Gore (EUA); Num dos episódios ensaiam “Sherlock Holmes”; Sherlock
Holmes (TV), de Jean Hennin (França); Paul Guers (S H); The Hound of the
Baskervilles (TV), série de 4 episódios; Tom Baker (S H); Young Sherlock: The
Mystery of the Manor House (Inglaterra), série de 5 episódios: The Young
Master, The Gypsy Calls Again, The Riddle of the Dummies, The Glasscutter's
Hand e The Eye of the Peacock; Guy Henry (S H); 1983: Priklyucheniya Sherloka Kholmsa
i doktora Vatsona: Sokrovishcha Agry ou Сокровища Агры ou Sokrovishcha Agry ou
The Adventures of Sherlock Holmes and Dr. Watson: The Treasures of Agra ou The
Treasures of Agra (TV), de Igor Maslennikov (URSS); Vasili Livanov (S H);
Sherlock Holmes and the Valley of Fear, Animação (Inglaterra); Peter O'Toole
(voz S H); Sherlock Holmes and a Study in Scarlet, Animação (Inglaterra); Peter
O'Toole (voz S H); The Baker Street Boys, de Marilyn Fox, Michael Kerrigan
(Inglaterra); Roger Ostime (S H); Sherlock Holmes and the Sign of Four,
Animação (Inglaterra); Peter O'Toole (voz S H);Sherlock Holmes and the
Baskerville Curse. Animação (Inglaterra); Peter O'Toole (voz S H); The Sign of
Four ou Sir Arthur Conan Doyle's The Sign of Four (TV), de Desmond Davis (Inglaterra);
Ian Richardson (S H); The Hound of the Baskervilles ou Sir Arthur Conan Doyle's
The Hound of the Baskervilles (TV), de Douglas Hickox (Inglaterra); Ian Richardson (S H); 1984: The
Case of Marcel Duchamp, de David Rowan (Inglaterra); Guy Rolfe (S H);
Elementary Steele na série "Remington Steele", de Seymour Robbie
(EUA); Peter Evans (S H); Seung lung chut hoi ou Shuang long chu hai ou The
Return of Pom Pom, de Philip Chan (Hong Kong); Fat Chung (S H); Meitantei
Holmes ou Sherlock Hound, the Detective (TV), série de 26 episódios de TV:
Temporada 1, Episódio 1: He's the Famous Detective; Episódio 2: The Evil
Genius, Professor Moriarty; Episódio 3: Little Martha's Big Mystery!?; Episódio
4: The Kidnapping Case of Mrs. Hudson; Episódio 5: Blue Ruby; Episódio 6: Solve
the Mystery of the Green Balloon!; Episódio 7: The Great Chase of the Little
Detectives; Episódio 8: The Speckled Band; Episódio 9: Treasure Under the Sea;
Episódio 10: The Air Battle Over Dover!; Episódio 11: The Targeted Giant Coin
Bank; Episódio 12: The Professor's Big Failure in the Storm!!; Episódio 13:
Missing Freight Car!? The Professor's Big Magic Trick; Episódio 14: Gourmet!
The Coral Lobsters; Episódio 15: Look! The Shining Thief; Episódio 16: The
Magic Castle! Holmes, Dead or Alive?; Episódio 17: The Monster of the Thames
River; Episódio 18: Blundered Operation at Loch Ness!; Episódio 19: The Soseki
Kite Battle Over London!; Episódio 20: Chase the Airship White Silver!;
Episódio 21: Buzz Buzz! The Fly Fly Mecha Operation; Episódio 22: Grand Flight
Championship of Chaos!?; Episódio 23: Game of Wits! Parrot vs Professor;
Episódio 24: Listen! The Tribute to Moriarty; Episódio 25: Chaos! The Doll Swap
Case; Episódio 26: Good-bye Holmes! The Last Case; de Hayao Miyazaki (6
episódios, Japão) Tatsuo Hayakawa, Kyosuke Mikuriya, Takaya Mizutani, Seiji
Okuda, Heipachio Tanaka; Taichirô Hirokawa (S H); The Masks of Death ou
Sherlock Holmes and the Masks of Death (TV), de Roy Ward Baker (Inglaterra);
Peter Cushing (S H); AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMES (The Adventures of
Sherlock Holmes), Os treze episóios desta serie de TV (Inglaterra, 1984-1985):
“Um Escândalo na Boémia” (A Scandal in Bohemia) (24 Abril 1984), “Os
Dançarinos” (The Dancing Men) (1 Maio 1984), “O Tratado Naval” (The Naval Treaty)
(8 Maio 1984), “O Ciclista Solitário” (The Solitary Cyclist) (15 Maio 1984),
“Um Vigarista” (The Crooked Man) (22 Maio 1984), “A Cobra Mortífera” (The
Speckled Band) (29 Maio 1984), “A Jóia Sinistra” (The Blue Carbuncle) (5 Junho
1984), “O Dilema da Perceptora” (The Copper Beeches) (25 Agosto 1985), “O
Intérprete Grego” (The Greek Interpreter) (1 Setembro 1985), “Herança
Amaldiçoada” (The Norwood Builder) (8 Setembro 1985), “O Paciente Residente”
(The Resident Patient) (15 Setembro 1985), “Uma Estranha Liga” (The Red Headed
League) (22 Setembro 1985) e “O Problema Final” (The Final Problem) (29
Setembro 1985), de Alan Grint (4 episódios, 1984-1985), Paul Annett (3
episódios, 1984-1985), John Bruce (3 episódios, 1984-1985), David Carson (2
episódios, 1984-1985); Jeremy Brett (S H), David Burke (Dr Watson); 1985: O
ENIGMA DA PIRÂMIDE (Young Sherlock Holmes ou Young Sherlock Holmes and the
Pyramid of Fear), de Barry Levinson (EUA); Nicholas Rowe (S H); 1986:
Priklyucheniya Sherloka Kholmsa i doktora Vatsona: Dvadtsatyy vek nachinaetsya
ou Приключения Шерлока Холмса и доктора Ватсона: Двадцатый век начинается ou
Adventures of Sherlock Holmes and Dr. Watson: The Twentieth Century Approaches
ou Sherlock Holmes in the 20th Century (TV), de Igor Maslennikov (URSS); Vasili
Livanov (S H); Harry Dean Stanton/The Replacements, na série "Saturday
Night Live", de Dave Wilson (EUA); James Downey (S H); RATO BASÍLIO - O
GRANDE MESTRE DOS DETECTIVES (The Great Mouse Detective), de Ron Clements,
Burny Mattinson, David Michener, John Musker (EUA); Ingham (voz de Basil of
Baker Street / Bartholomew); 1987: The Return of Sherlock Holmes (TV), de Kevin
Connor (EUA); Michael Pennington (S H); O SINAL DS QUATRO (The Sign of Four)
(TV), de Peter Hammond (Inglaterra); Jeremy Brett (S H); 1986-1988: O REGRESSO
DE SHERLOCK HOLMES (The Return of Sherlock Holmes), Os onze episóios desta
serie de TV (Inglaterra, 1986-1988): “A Mansão Vazia” (The Empty House) (9
Julho 1986), “O Mistério de Abbey Grange” (The Abbey Grange) (16 Julho 1986), “O
Ritual dos Musgrave” (The Musgrave Ritual) (23 Julho 1986), “A Carta Fatral”
(The Second Stain) (30 Julho 1986), “O Homem da Cara à Banda” (The Man with the
Twisted Lip) (6 Agosto 1986), “Rapto na Escola Primária” (The Priory School)
(13 Agosto 1986), “Os Seis Napoleões” (The Six Napoleons) (20 Agosto 1986),
“Assassínio da Cornualha” (The Devil's Foot) (6 Abril 1988), “O Cavalo
Desaparecido” (Silver Blaze) (13 Abril 1988), “A Estalagem de Wisteria”
(Wisteria Lodge) (20 Abril 1988) e “O Plano de Bruce-Partington” (The
Bruce-Partington Plans) (27 Abril 1988), de Peter Hammond (2 episódios,
1986-1988), David Carson (2 episódios, 1986) (Inglaterra); Jeremy Brett (S H);
1988: Elementary, Dear Data, na sérier de TV "Star Trek: The Next
Generation", de Rob Bowman (EUA); com personagens inspiradas em Arthur
Conan Doyle; O CÃO DOS BASKERVILLES (The Hound of the Baskervilles) (TV), de
Brian Mills (Inglaterra, 1988); Jeremy Brett (S H); AS DESVENTURAS DE SHERLOCK
HOLMES (Without a Clue ou Sherlock and Me ou The Imposter of Baker Street), de
Thom Eberhardt (Inglaterra); Michael Caine (S H); Ben Kingsley (Dr. John
Watson); Testimony ou Die Zeugenaussage, de Tony Palmer (Dinamarca, Holanda,
Suécia, RFA, Inglaterra); Rodney Litchfield (S H); 1989: My Dear Watson, na
série de TV "Alfred Hitchcock
Presents", de Jorge Montesi (EUA); Brian Bedford (S H); 1990. Science
Fiction, de Catherine Morshead (Inglaterra); Reece Dinsdale (S H); Hands of a
Murderer ou Sherlock Holmes and the Prince of Crime (TV), de Stuart Orme (EUA); Edward Woodward
(S H); 1991: Sherlock Holmes en Caracas ou Sherlock Holmes in Caracas, de Juan
Fresan (Venezuela); Manuel Montesinos (S H); The Consulting Detective Mystery,
na série de TV "Father Dowling Mysteries", de Sharron Miller
(Inglaterra); Rupert Frazier (S H); The Crucifer of Blood (TV), de Fraser
Clarke Heston (Inglaterra, EUA); Charlton Heston (S H); Sherlock Holmes and the
Leading Lady (TV), de Peter Sasdy
(Inglaterra, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo); Christopher Lee (S H); 1992:
Incident at Victoria Falls ou Sherlock Holmes and the Incident at Victoria
Falls ou Sherlock Holmes: Incident at Victoria Falls ou Sherlock Holmes: The
Star of Africa ou The Star of Africa (TV), de Bill Corcoran (Inglaterra,
França, Itália, Bélgica, Luxemburgo); Christopher Lee (S H); Telethon '92, na
série de TV "ITV Telethon";
Jeremy Brett (S H); 1993: Ship in a Bottle, na sérier de TV “Star Trek: The
Next Generation", de Alexander Singer (EUA); com personagens inspiradas em
Arthur Conan Doyle; The Hound of London ou Sherlock Holmes in The Hound of
London (TV), de Peter Reynolds-Long (Luxemburgo); Patrick Macnee (S H); Pomoc,
za kopcem je obr, na série de TV "Arabela se vrací", de Václav
Vorlícek (Checoslováquia); Radoslav Brzobohatý (S H); O DIÁRIO DE SHERLOCK HOLMES
(The Case-Book of Sherlock Holmes, os nove episóios desta serie de TV
(Inglaterra, 1991-1992): “O Desaparecimento de Lady Carfax” (The Disappearance
of Lady Frances Carfax) (21 Fevereiro 1991), “O Enigma da Ponte” (The Problem
of Thor Bridge) (28 Fevereiro 1991), “A Corrida ameaçada” (Shoscombe Old Place)
(7 Março 1991), “Assassínio do Milionário Australiano” (The Boscombe Valley
Mystery) (14 Março 1991), “O Mestre dos Chantagistas” (The Illustrious Client)
(21 Março 1991), “O Mistério de Antrópoide” (The Creeping Man) (28 Março 1991),
“O Mestre dos Chantagistas” (The Master Blackmailer) (2 Janeiro 1992), “O
Último dos Vampiros” (The Last Vampyre) (27 Janeiro 1993), “O Bom Partido” (The
Eligible Bachelor) (3 Fevereiro 1993), de Tim Sullivan (3 episódios, 1991-1993),
Peter Hammond (2 episódios, 1992-1993)( Inglaterra, EUA; Jeremy Brett (S H),
Edward Hardwicke (Dr. Watson);Tales from the Darkside: The Movie, de John
Harrison (EUA); Sherlock Holmes Returns ou 1994 Baker Street: Sherlock Holmes
Returns (TV), de Kenneth Johnson (EUA); Anthony Higgins (S H); 1994: Fu er mo
si yu zhong guo nu xia ou Sherlock Holmes and the Chinese Heroine ou Sherlock
Holmes in China, de Wang Chi, Yunzhou Liu (China); Fan Ai Li(Alex Vanderpor) (S
H); AS MEMÓRIAS DE SHERLOCK HOLMES (The Memoirs of Sherlock Holmes), os seis
episóios desta serie de TV (Inglaterra): “A Insólita Venda de uma Mansão” (The
Three Gables) (7 Março 1994), “O Detective Moribundo” (The Dying Detective) (14
Março 1994), “As Lunetas Misteriosas” (The Golden Pince-Nez) (21 Março 1994),
“O Circulo Vermelho” (The Red Circle) (28 Março 1994), “O Diamante Mazarin”
(The Mazarin Stone) (4 Abril 1994), “A Caixa de Cartão” (The Cardboard Box) (11
Abril 1994), de Peter Hammond (3 episódios, 1994), Sarah Hellings (3 episódios,
1994) (Inglaterra, 1994); Jeremy Brett (S H), Edward Hardwicke (Doctor Watson);
1995: Deduces Wild/Rest in Piece/U.N. Me "Animaniacs", de Liz Holzman
("Deduces Wild" e "Previously on Animaniacs"), Audu Paden
("Rest in Pieces" e "U.N. Me") (Japão, EUA); animação; Jeff
Bennett ( voz de Sherlock Holmes / Dr. Watson); Herlock Sholmes s'en mêle, na
série de TV "Le Retour d'Arsène Lupin", de Alain Nahum (França,
Itália, Suiça, Polónia, Canadá, Cuba, Bulgária); Iossif Surchadzhiev (Herlock
Sholmes); 1996-2000: "The Adventures of Shirley Holmes", série de TV,
em 54 episódios; Criadores: Ellis Iddon, Phil Meagher; Episódios: Temporada 1:
Episódios: The Case of the Burning Building, The Case of the Ruby Ring, The
Case of the Liberated Beasts, The Case of the Precious Cargo, The Case of the
Alien Abductions, The Case of the Blazing Star, The Case of the Maestro's
Ghost, The Case of the Mystery Child, The Case of King of Hearts, The Case of
the Exact Change, The Case of the Cunning Coyote, The Case of the Singers Secret
e The Case of the Second Sight; Temporada 2: The Case of the Wannabe Witch, The
Case of the Doggone Cats, The Case of Babyfingers, The Case of the Bouncing
Baby, The Case of the Rising Moon, The Case of the Exploding Puppet, The Case
of the Cryptic Creature, The Case of the Missing Marbles, The Case of the
Mischievous Poltergeist, The Case of the Left Thumb Print, The Case of the
Golden Cave, The Case of the Broken Oath; Temporada 3: The Case of the
Celestial Signal, The Case of the Galloping Ghost, The Case of the Crooked
Comic, The Case of the Flim Flam Farm, The Case of the Mysterious Message, The
Case of Second Take, The Case of the Code of Silence, The Case of Bamboozling
Blonde, The Case of the Real Fake, The Case of the Open Hand, The Case of the Ten
Dollar Thief, The Case of the Miracle Mine, The Case of the Forbidden Mountain;
Temporada 4: The Case of the Calculated Crime, The Case of Dead Debutante, The
Case of the Vanishing Virus, The Case of the Virtual Zeus, The Basket Case, The
Case of Skeleton in the Closet, The Case of the Perfect Boyfriend, The Case of
the Falling Star, The Case of Puzzle from the Past, The Case of the Desperate
Dancer, The Case of the Hidden Heart, The Case of King Arthur's Alibi, The Case
of the Dragon's Breath, de Gary Harvey (9 episódios, 1996-1998), John L'Ecuyer
(2 episódios, 1998), Rick Stevenson (1 episódio, 1997-1998), Richard
O'Brien-Moran, John Paizs, Scott Smith, Kim Todd (Canadá, 1996); Meredith
Henderson (Shirley Holmes); 1996: Sherlock Holmes: The Case of the Temporal
Nexus (TV), de David L. Stanton (EUA); Patrick Macnee (S H); Oscar y Sherlock,
na série de TV "Función de noche" (Espanha); Francisco J. Basilio (S
H); Episódio 2.6, da série de TV “Muppets Tonight", de Gary Halvorson
(EUA); Bill Barretta (voz de Sherlock Holmes); 1997: J'en suis! ou Heads or
Tails,de Claude Fournier (Canadá); Rhéal Guévremont (S H); 1999-2001: Sherlock
Holmes in the 22nd Century - Série de TV, de Robert Brousseau (26 episódios);
Animação; Paul Quinn, Scott Heming (EUA); Michael Dobson (voz); 2000 : The Dark
Beginnings of Sherlock Holmes, na série de TV "Murder Rooms: Mysteries of
the Real Sherlock Holmes", de Paul Seed (Inglaterra); Robin Laing (Arthur
Conan Doyle); The Hound of the Baskervilles ou Le Chien des Baskerville (TV),
de Rodney Gibbons (Canadá); Matt Frewer (S H); The Dark Beginnings of Sherlock
Holmes, episódio da série de TV "Murder Rooms: Mysteries of the Real
Sherlock Holmes", de Paul Seed (Inglaterra, EUA); Robin Laing (Arthur
Conan Doyle), 2001: The Royal Scandal ou Le chant des sirens ou Scandal in
Bohemia (TV), de Rodney Gibbons (Canadá, EUA,); Matt Frewer (S H); O SINAL DOS
QUATRO ( The Sign of Four ou Le Signe
des Quatre (TV), de Rodney Gibbons (Canadá); Matt Frewer (S H); Sherlock Holmes
à Trouville, de Hervé Ganem (França); Hervé Ganem (S H); O XANGÔ DE BAKER
STREET (O Xangô de Baker Street), de Miguel Faria Jr. (Brasil, Portugal, 1999);
Joaquim de Almeida (S H); The Fear, de Blake Bedford, Konika Shankar, Luke
Watson (Inglaterra); 2002: Written in Blood, de John Terlesky (EUA); The Case
of the Whitechapel Vampire (TV), de Rodney Gibbons (Canadá); Matt Frewer (S H);
SHERLOCK (Sherlock ou A Case of Evil ou Sherlock ou Sherlock: Case of Evil
(TV), de Graham Theakston (EUA, Roménia);
James D'Arcy (S H); O CÃO DOS BASKERVILLES (The Hound of the Baskervilles (TV),
de David Attwood (Inglaterra); Richard Roxburgh (S H); 2004: Sherlock Holmes
and the Case of the Silk Stocking ou The Return of Sherlock Holmes (TV), de
Simon Cellan Jones (Inglaterra, EUA); 2005: Rupert Everett (S H); Who Shot Sherlock, na série de TV "CSI:
Crime Scene Investigation", de Kenneth Fink (EUA); Ted Rooney (Denny
Kingsley / Sherlock Holmes); El ultimo caso del detective Prado (TV), de José
Artemio Torres (Puerto Rico); Eugenio Monclova (S H); The Strange Case of
Sherlock Holmes & Arthur Conan Doyle (TV), de Cilla Ware (Inglaterra);
Douglas Henshall (Sir Arthur Conan Doyle); 2007: Baker Street Irregulars ou
Sherlock Holmes and the Baker Street Irregulars (TV), de Julian Kemp
(Inglaterra, Irlanda); Jonathan Pryce (S H); I Am Bob, de Donald Rice
(Inglaterra); Humphrey Ker (S H); 2008: Troubled Times: Part 2 - Murder &
Deception, na série de TV "Derek and Simon: The Show", de Bob
Odenkirk (Canadá, Inglaterra); Perry Caravello (Sherlock Helms); Murdoch
Mysteries, série de TV de 26 episódios (Canadá, Inglaterra): Sherlock Holmes e
Arthur Conan Doyle surgem nos seguintes episódios: Temporada 1, Episódio 4:
Elementary, My Dear Murdoch e Temporada 1, Episódio 9: Belly Speaker; Trials of
the Demon!, na série de TV "Batman: The Brave and the Bold", de
Michael Chang; Ian Buchanan (voz de S H); SHERLOCK HOLMES (Sherlock Holmes), de
Guy Ritchie (Inglaterra, EUA, Austrália); Robert Downey Jr. (S H), Jude Law
(Dr. John Watson); 2010: SHERLOCK (Sherlock), série de TV, de Coky Giedroyc;
Benedict Cumberbatch (S H); Tom and Jerry meet Sherlock Holmes; Animação;
Michael York (voz S H); Martin Freeman (Dr John Watson); Sherlock Holmes, de
Rachel Goldenberg (EUA); Ben Syder (S H); Sherlock Holmes Baffled; Anonymous (S
H); "The Late Late Show with Craig Ferguson" (TV); Alfred Molina (S
H); La dernière enquête de Sherlock Holmes; Vincent Aubert (S H); Sherlock
Holmes; Ben Syder (S H); 2011: SHERLOCK HOLMES: JOGO DE SOMBRAS (Sherlock
Holmes: A Game of Shadows), de Guy Ritchie (EUA); Robert Downey Jr. (S H), Jude
Law (Dr. John Watson); Sherlock Holmes; Kevin Glaser (S H); Sherlock Holmes and
the Shadow Watchers; Anthony D.P. Mann (S H); "The Cape", Scales
(TV); Robert Tarpinian (S H); Holmesian Guide to the Internet; Stanislaus
Moskal (S H); 2012: "Epic Rap Battles of History", Batman vs.
Sherlock Holmes (TV) Zach Sherwin (S H); Sherlock Holmes vs Frankenstein; Dario
Riccardo Costa (S H);The Sherlapoolza Sketch; Ross K. Foad (S H); Holmes &
Watson. Madrid Days; Gary Piquer (S H); The Great Sherlock Holmes Debate-3;
Ross K. Foad (S H); Gravity Falls", Headhunters (TV); John Oliver (Wax
Sherlock Holmes); Sherlock Holmes and the Adventure of the Five Acts; Thomas
Lynskey (S H); Sherlock Uncovered (TV) Benedict Cumberbatch (S H); "Level
Up", You Don't Know Jack (TV) Tariq Leslie (S H); Holy Musical B@man!;
Nico Ager (S H); No Place Like Holmes: Storm in a Tea Cup, Ross K. Foad (S H);
The Great Sherlock Holmes Debate-2; Ross K. Foad (S H); Sherlock Holmes and the
Case of the Mysterious Vampire; Andy Due (S H); John Derek: Film Genius; Dan
DeLuca (S H); 2012-2014: "Elementar" série 48 episódios de TV (EUA);
Jonny Lee Miller (S H), Lucy Liu (Dr. Joan Watson); 2013: Sherlock Holmes and
the Case of his Missing Girlfriend, de Sofia Papitto (EUA); Nick Cloud (S H);
Sherry Holmes, de Katherine Hengqing Pan (China) Katherine Hengqing Pan (Sherry
Holmes); Sherlok Kholms, de Ruben Dishdishyan; série de TV, 8 episódios;
(Russia); Igor Petrenko (Sherlok Kholms); Sherlock - The Scarlet Rose, de Jordan
Paley (EUA); Michael T. Coleman (S H); 2013-2014: No Place Like Holmes, de Ross
K. Foad; série deTV; Ross K. Foad (S H); How Sherlock Changed the World; (TV)
Edward Cartwright (S H); The Doctor's Case; Kristopher Bowman (S H);
"221B" (TV); Jasper Mitchell (S H); Sherlock Holmes and the Stolen
Emerald; Edward Daw (S H); The Great Sherlock Holmes Debate- 4; Ross K. Foad (S
H); "Showreel", Steve (TV) Amanda Bacchi (Sherly Holmes);
"Murdoch Mysteries", A Study in Sherlock (TV); Andrew Gower (S H);
The Adventures of Shakespeare and Watson: Detectives of Mystery; Nick Abadzis
(S H); 2014: "Family Guy" (TV); Seth MacFarlane (S H); The Mary
Morstan Mysteries, série de TV, SH aparece nos episódios The Day the Milk Ran
Dry, Rings of Change, Morstan vs. Milverton, Hell Hath No Fury e Where's
Where's Watson; Ross K. Foad (S H); A Slight Trick of the Mind, de Bill Condon
(Inglaterra); Ian McKellen (S H); Sherlock Holmes 3, de Guy Ritchie (EUA);
Robert Downey Jr. (S H), Jude Law (Dr. John Watson) (em rodagem);