segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SESSÃO 39: 20 DE AGOSTO DE 2014


MORTE NO NILO (1978)

Agatha Christie conheceu até agora dois bons períodos no cinema britânico. No início dos anos 60, com as adaptações de vários romances seus protagonizados por Miss Marple (Margareth Rutherford), em realizações de George Pollock (filmes que valem mais pela interpretação, que pela banal realização) e, a partir de finais da década de 70, com a EMI a colocar em imagens alguns dos títulos mais célebres da reputada escritora: “Um Crime no Expresso do Oriente”, de Sidney Lumet (1975), “Morte no Nilo”, de John Guillermin (1978), “O Espelho Quebrado”, de Guy Hamilton (1980) e, finalmente, “Morte ao Sol”, de novo sob direcção de Guy Hamilton. “Death on the Nile” foi a operação prestígio da EMI no ano de 1978. Rodado em exteriores naturais no Egipto, ao longo do Nilo, e em interiores em Inglaterra, nos estúdios da Pinewood, esta obra reuniu algumas condições para se afirmar como um grande êxito de público e um razoável, honesto e saudável entretenimento. John Guillermin não é um autor particularmente interessante, mas as suas obras afirmam-se por um cuidado e sóbrio métier, quer se trate de “A Torre do Inferno” ou da remake de “King Kong”. Serve com dignidade o espectáculo na melhor tradição dos técnicos americanos, e isso mesmo se pode sentir ao longo desta sofisticada investigação de Hércules Poirot, numa paisagem de sereno exotismo. Mas o encanto maior desta obra, para lá do intrincado da investigação policial, é o seu naipe de actores, invulgarmente bem escolhidos para os papéis que representam e onde se salientam nomes que percorrem quase toda a história do cinema. Poirot é aqui encarnado por Peter Ustinov em plena forma, conjugando com talento um certo ar arrogante e distante com um humor que faltava por completo a Albert Finney, no anterior “Crime no Expresso do Oriente”. Enquanto na obra de Sidney Lumet o detective belga aparecia com a gravidade de raciocínio e a antipatia que o caracteriza em muitas das aventuras imaginadas por Agatha Christie, em “Morte no Nilo” Poirot diverte-se, e diverte-nos, com o humor discreto que ressalta de uma investigação que nunca é tomada muito a sério. Ou seja: onde Lumet aceitava por completo a lógica algo excessiva da dedução pura do detective, Guillermin (e o seu argumentista Anthony Shaffer, um dramaturgo inglês de renome, autor da prestigiada peça de teatro “Sleuth”, e irmão de Peter Shaffer) opta por um sorriso irónico, distanciando do espectador figuras e situações. Nesse aspecto, o concurso de Peter Ustinov é determinante, sendo ele, em grande parte, quem define o tom da representação.


Mas outros grandes nomes se lhe associam: Bette Davis, uma velha americana que não resiste ao brilho das jóias; Jane Birkin, a criada francesa de uma arrogante milionária, Lois Chiles; Mia Farrow, obsessivamente apaixonada por um ex-noivo, Simon Mac Corkindale, que acaba por casar com a sua melhor amiga; John Finch, um estudante comunista que se deixa enamorar por Olivia Hussey, filha de Angela Lansbury, uma melosa escritora de dramas passionais; George Kennedy, o astuto advogado que procura manter interesses diversos; David Niven, como sempre um coronel inglês, investigador por conta própria, amigo, administrador e colaborador de Poirot; Jack Warden, um médico com algo a ocultar no seu passado; Maggie Smith, dama de companhia de Bette Davis até ao momento em que não se contém mais.
Como em quase todas as obras de Agatha Christie, o destino reúne um grupo de personagens num determinado espaço fechado, aqui a bordo do Karnac, um luxuoso navio de carreira, ao longo do Nilo. O crime aparece. Poirot, envolvido na teia, é chamado a investigar. De dedução em dedução, explorando alibis e investigando interesses, chega à conclusão de que todos são suspeitos e poderiam ter assassinado a vítima. Resta isolar o verdadeiro culpado, o que se consegue, como quase sempre, na última bobina do filme. Não sem que outras cabeças rolem. O filme vive, ainda, do trabalho esmerado de alguns técnicos, entre os quais cumprirá destacar o director de fotografia, Jack Cardif, e o autor da banda sonora, Nino Rota.


MORTE NO NILO
Título original: Death on the Nile
Realização: John Guillermin (Inglaterra, 1978); Argumento: Anthony Shaffer, segundo romance de Agatha Christie; Produção: John Brabourn, Richard B. Goodwin, Norton Knatchbull; Música: Nino Rota; Fotografia (cor):  Jack Cardiff; Montagem: Malcolm Cooke, Casting: Dyson Lovell; Design de produção: Peter Murton; Direcção artística: Brian Ackland-Snow, Terry Ackland-Snow; Guarda-roupa:  Anthony Powell; Maquilhagem: Betty Glasow, Ramon Gow, Freddie Williamson; Direcção de Produção:  Barrie Melrose, Ron Purdie, Ahmed Sami; Assistentes de realização: Chris Carreras, Steve Lanning, Ted Sturgis, Peter Waller; Departamento de arte: John Paterson; Som: John W. Mitchell, John Richards, Bill Rowe, Nicholas Stevenson; Companhias de produção:EMI Films, Mersham Productions Ltd.; Intérpretes: Peter Ustinov (Hercule Poirot),Jane Birkin (Louise Bourget), Lois Chiles (Linnet Ridgeway), Bette Davis (Mrs. Van Schuyler), Mia Farrow (Jacqueline De Bellefort), Jon Finch (Mr. Ferguson), Olivia Hussey (Rosalie Otterbourne), I.S. Johar (Comandante do Karnak), George Kennedy (Andrew Pennington), Angela Lansbury (Mrs. Salome Otterbourne), Simon MacCorkindale (Simon Doyle), David Niven (Coronel Race), Maggie Smith (Miss Bowers), Jack Warden (Dr. Bessner), Harry Andrews (Barnstaple), Sam Wanamaker  (Rockford), François Guillaume, Barbara Hicks, Celia Imrie, Andrew Manson, etc. Duração: 140 minutos; Distribuição em Portugal (DVD): Universal Pictures; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 15 de Dezembro de 1978.

AGATHA CHRISTIE (1891-1976)
Nascida em 1891, em Ashfield, Inglaterra, com o nome de Agatha Mary Clarissa Miller, Agatha Christie é conhecida como a “Rainha do Crime”. Os seus livros venderam mais de um bilião de cópias em inglês, e outro bilião em línguas estrangeiras. É a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. Escreveu oitenta romances de crime e colecções de pequenas histórias, dezanove peças e seis romances apresentados sob o pseudónimo de Mary Westmacott.
O pai morreu era ela muito pequena. Embora tendo uma infância feliz o seu temperamento era o de uma criança tímida e muito unida à família. A sua irmã Magda lia-lhe muitas histórias de Conan Doyle, Edgar Allan Poe e Leroux, os grandes génios da intriga e, um dia, incita-a a escrever uma história onde, apenas no final, se descubra o nome do assassino.
Outra versão do mesmo episódio indica que Agatha começou a escrever sob a influência da mãe, que a incentivou a criar um conto, enquanto Agatha estava com um forte resfriado e de cama. Ela chegou a duvidar de sua capacidade, mas conseguiu. Continuou escrevendo encorajada também por Eden Phillpotts, um teatrólogo amigo da família. Quando já era famosa, disse que durante muitos anos se divertiu escrevendo histórias melancólicas em que a maioria dos personagens morria.
Estudou em casa e recebeu uma educação conservadora e tradicional. O perigo e os desportos agradavam-lhe imenso e esta combinação marcar-lhe-á o carácter. Devido ao facto de não ter uma escolaridade oficial, não pode frequentar a universidade. Por isso, considerando-se uma pessoa inculta, lutou por encontrar uma profissão, para se impor na sociedade. Escolhe a música e decide estudar piano em Paris, para onde vai viver. Torna-se numa extraordinária aluna e profissional do piano.
Era uma rapariga bonita, alta, magra e ruiva. Tinha inúmeros pretendentes. De entre todos elegeu aquele por quem nutria uma grande paixão: Archie Christie, com quem casou quase no início da I Guerra Mundial. Começa, então, a trabalhar como enfermeira e em farmácia, aprendendo o manejo de drogas e venenos, que se tornaram de enorme utilidade como escritora. Fica separada do marido durante o conflito e sente uma profunda tristeza. Precisa de relaxar e resolve escrever uma novela de mistério.
O primeiro romance de Agatha Christie, “O Misterioso Caso de Styles”, foi escrito no final da Primeira Guerra Mundial. Nele criou Hercule Poirot, o pequeno detective belga que mais tarde se tornaria a personagem de crimes de ficção mais popular desde Sherlock Holmes. Foi publicado em 1920.
Ao regressar da guerra, o marido não lhe dedica a atenção de que ela tanto carece, asseguram uns. Outros afirmam que Agatha Christie terá sofrido bastante com vários factos que ocorreram durante a sua vida, incluindo a separação do seu primeiro marido. Têm, entretanto, uma filha. Archibald Christie, porém, irritado por voltar para casa e encontrar sempre a mulher a dactilografar, resolveu arejar e conheceu Tessa Neele, uma mulher mais jovem que Agatha, e acabaram por se tornar amante. Em 1926, Agatha já tinha publicado seis romances, mas o marido estava cada vez mais enamorado dessa amiga do casal. Archibald Christie resolve então revelar tudo à mulher e pedir o divórcio. Que não lho concede. Este procedimento chocou a escritora, que sofreu ainda mais ao ter conhecimento que a mãe falecera, caindo em depressão e desespero. Foi então que Agatha Christie desapareceu, juntando um mistério pessoal e verídico à lista de mistérios ficcionados que envolvem a sua existência.
Em 1926, após uma média de um livro por ano, Agatha Christie escreveu a sua obra-prima. “O Assassinato de Roger Ackroyd” foi o primeiro dos seus livros a ser publicado pela editora Collins e marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou 50 anos e 70 livros. “O Assassinato de Roger Ackroyd” também foi o primeiro dos livros de Agatha Christie a ser teatralizado – sob o nome de “Álibi” – e a fazer sucesso na West End de Londres. “A Ratoeira”, sua mais famosa peça, estreou em 1952 e é a obra teatral de maior duração em cartaz da história do teatro mundial. O mistério da longevidade de “The Mousetrap” ainda está por desvendar. Com mais de 50 anos em cartaz, um recorde absoluto de permanência em cena, comemorou um dos últimos aniversários com a presença, entre a assistência, de 332 actores que já tinham integrado o elenco, assim como a Rainha Isabel II, que também comemorou nesse dia o Jubileu de Ouro do seu reinado. Como é habitual, Lorde Richard Attemborough, de 78 anos (que na estreia assumiu o papel do sargento Trotte), subiu ao palco no final para pedir à assistência para não revelar aos seus amigos quem é o assassino.
Agatha Christie tornou-se “Dama na Ordem do Império Britânico” em 1971. Morreu em 1976 e desde então vários livros seus foram publicados postumamente. O romance “Um Crime Adormecido” apareceu mais tarde nesse mesmo ano, alcançando grande sucesso, seguido por sua auto-biografia e da colecção de pequenas histórias “Os Casos Finais de Miss Marple”, “Problem at Pollensa Bay” e “Enquanto Houver Luz”. Em 1998, “Café Preto” foi a primeira de suas peças a ser adaptada para o teatro por outro autor, Charles Osborne.
Voltemos a 1926 e a um dos grandes mistérios que envolve a escritora. Depois de abandonada por Archie, Agatha Christie parece enlouquecer, deixando a sua roupa interior e o carro pessoal junto de uma estrada e desaparece durante onze dias. Um médico certifica que sofreu de amnésia. Depois de muitas amarguras recupera o equilíbrio, sobretudo graças ao apoio dos seus amigos e a um tratamento psiquiátrico.
O desaparecimento da autora foi noticiado na época nos jornais e a tensão aumentou ao encontrarem seu carro com uma porta aberta à beira de um lago, sem nenhum bilhete ou qualquer indício que poderia indicar o paradeiro de Agatha. Chegou-se a pensar em rapto, assassinato e suicídio. A polícia tomou conta da ocorrência, realizou uma vasta busca para encontrá-la. Um maestro identificou uma foto com a autora num jornal e disse que a havia visto num hotel e que tinha mesmo cantado e dançado com sua orquestra. No hotel, estava registrada com o nome de Tessa Neele, a amante de seu ex-marido. Disseram que Agatha estava sofrendo de amnésia por esgotamento nervoso. Intensamente cercada pela imprensa, desenvolveu uma grande aversão aos jornalistas. Até hoje não se sabe ao certo por que ela fez aquilo, se foi uma atitude de desespero ou um simples golpe publicitário.
Numa digressão pelo Oriente, em Bagdad, conhece o arqueólogo Max Mallowan, mais novo que ela catorze anos, apaixonando-se mutuamente e acabam por casar.
Um de seus livros, intitulado "O Caso dos Dez Negrinhos" é um dos preferidos pelos leitores e causou muita polémica na época em que foi escrito devido ao título. Mesmo assim, é muito aclamado pela crítica e pelos leitores.

PRINCIPAIS OBRAS DE AGATHA CHRISTIE:
The Mysterious Affair at Styles (A Primeira Investigação de Poirot)1920; The Secret Adversary (O Adversário Secreto) 1922; Murder on the Links (Poirot, o Golfe e o Crime) 1923; The Man in the Brown Suit (O Homem do Fato Castanho) 1924; The Secret of Chimneys (O Segredo de Chimneys) 1925; The Murder of Roger Ackroyd (O Assassinato de Roger Ackroyd) 1926; The Big Four (As Quatro Potências do Mal) 1927; The Mystery of the Blue Train (O Mistério do Comboio Azul) 1928; Partners in Crime (colecção de 15 histórias) (O Homem que era o nº 16) 1929; The Seven Dials Mystery (O Mistério dos Sete Relógios) 1929; The Murder at the Vicarage (Encontro com um Assassino) 1930; The Mysterious Mr. Quin O Misterioso Sr. Quin O Misterioso Mr. Quin 1930; The Sittaford Mystery (O Mistério de Sittaford) 1931; Peril at End House (A Diabólica Casa Isolada) 1932; The Hound of Death (11 mistérios curtos) 1933; Lord Edgware Dies (A Morte de Lorde Edgware) 1933; The Thirteen Problems (13 mistérios curtos) (Os Treze Enigmas) 1933; Murder on the Orient Express (Um Crime no Expresso do Oriente) 1934; Parker Pyne investigates (doze mistérios curtos) (Parker Pyne Investiga) 1934; The Listerdale Mystery (doze mistérios curtos) (O Mistério de Listerdale) 1934; Three Act Tragedy (Tragédia em Três Actos) 1935; Why Didn't They Ask Evans? (Perguntem a Evans) 1935; Death in the Clouds (Morte nas Nuvens) 1935; The A.B.C. Murders (Crimes do ABC) 1936; Murder in Mesopotamia (Assassínio na Mesopotâmia) 1936; Cards on the Table (Cartas na Mesa) 1936; Death on the Nile (Morte no Nilo) 1937; Dumb Witness Poirot (Poirot Perde uma Cliente) 1937; Appointment with Death (Morte entre as Ruínas) 1938; And Then There Were None (publicado originalmente em inglês como Ten Little Niggers) (Convite para a Morte) 1939; Murder is Easy (Matar é Fácil) 1939; The Regatta Mystery and Other Stories (Um acidente e outras histórias) 1939; Hercule Poirot's Christmas (O Natal de Poirot) 1939; Evil Under the Sun (As Férias de Poirot) 1941; N or M? (Tempo de Espionagem) 1941; One, Two, Buckle My Shoe (Os Crimes Patrióticos) 1941; The Body in the Library (Um Cadáver na Biblioteca) 1942; Five Little Pigs Poirot (Desvenda o Passado) 1942; The Moving Finger (O Enigma das Cartas Anónimas) 1942; Towards Zero (Contagem até Zero) 1944; Sparkling Cyanide (À Saúde da... Morte) 1944; Death Comes as the End (Morrer não é o Fim) 1945; The Hollow (Poirot, o Teatro e a Morte) 1946; The Labours of Hercules (doze pequenas histórias) (Os Trabalhos de Hércules) 1947; Taken at the Flood (Arrastado na Torrente 1948; Witness For The Prosecution and Other Stories (Testemunha da Acusação) 1948; Crooked House (A Última Razão do Crime) 1949; Three Blind Mice and Other Stories (Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias) 1950; A Murder is Announced (Participa-se um Crim) 1950; They Came to Baghdad (Encontro em Bagdade) 1951; Mrs McGinty's Dead (Poirot contra a Evidência) 1952; A Pocket Full of Rye (Centeio que Mata) 1953; After the Funeral (Os Abutres) 1953; Hickory Dickory Dock (Poirot e os Erros da Dactilógrafa) 1955; Destination Unknown (Destino Desconhecido) 1955; Dead Man's Folly (Poirot e o Jogo Macabro) 1956; 4.50 from Paddington (O Estranho Caso da Velha Curiosa) 1957; Ordeal by Innocence Cabo da Víbora) 1957; Cat Among the Pigeons (Poirot e as Jóias do Príncipe) 1959; The Adventure of the Christmas Pudding (A Aventura do Pudim de Natal) 1960;The Pale Horse (O Cavalo Pálido) 1961; The Mirror Crack'd from Side to Side (O Espelho Quebrado) 1962; The Clocks (Poirot e os 4 Relógios) 1963; A Caribbean Mystery (Mistério nas Caraíbas) 1964; At Bertram's Hotel (Mistério em Hotel de Luxo) 1965; Third Girl (Poirot e a Terceira Inquilina) 1966; Endless Night (Noite Sem Fim) 1967; By the Pricking of My Thumbs (Caminho para a Morte) 1968; Hallowe'en Party (Poirot e o Encontro Juvenil) 1969; Passenger to Frankfurt (Passageiro para Francoforte) 1970; Nemesis (Nemesis) 1971; Elephants Can Remember (Os Elefantes Não Esquecem) 1972; Postern of Fate (Morte pela Porta das Traseiras) 1973; Poirot's Early Cases (18 mistérios curtos) (Ninho de Vespas) 1974; Curtain Cai o Pano (O Último Caso de Poirot) 1975; Sleeping Murder (Crime Adormecido) 1976 (As datas referem o ano do lançamento editorial da versão original.) Site oficial: http://uk.agathachristie.com/site/home/

AGATHA CHRISTlE NO CINEMA
Muitas têm sido as versões cinematográficas de obras de Agatha Christie, uma das grandes escritoras do romance policial contemporâneo. Muitas mais as adaptações a televisão, com muitas e variadas séries. Aqui se dá nota de algumas das versões cinematográficas. 
Filmografia: 1931: Alibi (do romance “O Assassino de Roger Ackroyd”), de Leslie Hiscott (EUA), com Austin Trevor (Hercules Poirot); 1934: Lord Edgware Dies, de Henry Edward  (EUA), com Austin Trevor (Hercules Poirot); 1936: Lave irom a Stranger (do conto “Philomel Cottage”), de Rowland V. Lee  (EUA). com Basil Rathbone e Ann Harding; 1945: And Then There Were None, do romance “Then Little Indians”, de René Claire (EUA), com Walter Huston, Barry Fitzgerald, Louis- Hayward, Roland Young; 1947: Love from a Stranger, de Richard Whorf (GB), com John Hodiak e Sylvia Sidney; 1957: Witness For the Prosecution (Testemunha de Acusação), segundo romance com título original “The Hound of Dead”, de Billy Wilder (EUA), com Charles Laughton, Marlene Dietrich, Tyrone Power, Eisa Lanchaster; 1960: Spkier's We, de Godfrey Grayson (EUA), com Glynis Johns e John Justin; 1962: Murder She Said (O Estranho Caso da Velha Curiosa), de George Pollock, segundo novela “4.50 from Paddington” (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1963: Murder at the Gallop (A Velha Descobre o Crime), de George Pollock, segundo a novela “After the Funeral” (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1964: Murder Must Foul (A Velha Investiga), de George Pollock, (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1964: Murder Ahoy (O Regresso da Velha Curiosa), de George Pollock, (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1965: Ten Little Indians, de George Pollock, (GB), com Stanley Holloway, Wilfrid  Hyde White, Dennis Price, Leo Genn, Shirley Eaton, Hugh O'Brien, Daliahavi, Fabian, Mario Adolf; 1966: The ABC Murder (O Alfabeto do  Crime), de Frank Tashlin (GB), com  Tony Randall  (Hercules Poirot); 1971: Endless Night, de Sidney Gilliat (GB), com Hayley Mills, Hywell Bennett e Britt Ekland; 1975: And Then There Were None, segundo “Ten Little Indians”, de Petter Collinson (GB), com Oliver Reed, Richard Attenborough, Elke Sommer, Herbert Lom, Gert Froebe, Stephane Audran, Charles Aznavour, Adolfo Celi, Alberto de Mendonza e Maria Rohm; 1975: Murder on the Orient Express (Um Crime no Expresso do Oriente) de Sidney Lumet (GB), com Albert Finney (Hercules Poirot). Ingrid Bergman, Lauren Bacall, Wendy Hiller, Sean Connery, Vanessa Redgrave, Michael York, Martin Balsam, Richard Windmark, Jacqueline Bisset, Jean-Pierre Cassei, Rachel Roberts, John Gielgud, Anthony Perkins, Colin Blakely; 1978: Death on the Nilo (Morte no Nilo) de John Guillermin (GB). com Peter Ustinov (Hercules Poirot), Bette Davis, Jane Birkin, Lois Chiles, Mia Farrow, John Finch, Olivia Hussey, I. S. Johar, George Kennedy, Angela Lansbury, Simon Mac Corkindale, David Niven, Maggie Smith, Jack Warden; 1978: Agatha (O Mistério de Agatha), de Michael Apted, com Vanessa Redgrave (no papel de Agatha Christie), Austin Hoffman; 1980: The Mirror Crack (O Espelho Quebrado) de Guy Hamilton (GB). com  Angela Lansbury (Miss Marple), Geraldine Chaplin, Tony Curtis, Edward Fox, Rock Hudson, Kim Novak, Elisabeth Taylor; 1982: Evil Under the Sun (Morte ao Sol), de Jolin Brabourne (GB), com Peter Ustinov, Jane Birkin, James Mason, Roddy McDowall, Diana Rigg; 1984: Ordeal by Innocence (A Forca para Um Inocente) de Desmond Davis (GB), com Donald Sutherland, Sarah Miles, Christopher Plummer, Faye Dunaway, lan McShane; 1988: Appointment with Death (Morte Entre as Ruínas), de Michael Winner (GB), com Peter Ustinov, Lauren Bacall, Carrie Fisher; 2008: Le Crime est Notre Affaire (O Crime é a Nossa Profissão), de Pascal Thomas (Fr.), com Catherine Frot, André Dussollier, Claude Rich.

JOHN GUILLERMIN (1925 - )
Nasceu em Londres, Inglaterra, a 11 de Novembro de 1925, contando agora 88 anos. Estudou na universidade de Cambridge. Depois de ter passado pela Royal Air Force com 22 anos, inicia a sua carreira no cinema, em França, mas rapidamente passa a Hollywood, em 1950, onde aprende os métodos da grande produção. Torna-se um realizador de grande eficácia, muito procurado para filmes de orçamentos avultados, registando vários sucessos de bilheteira. Os seus filmes mais célebres são Tarzan's Greatest Adventure (1959), Tarzan Goes to India (1962), Waltz of the Toreadors (1962), The Blue Max (1966), The Bridge at Remagen (1969), The Towering Inferno (1974), King Kong (1976), Death on the Nile (1978), Sheena (1984) and King Kong Lives (1986). Casado com Maureen Connell (1956–?)

Filmografia
Como realizador: 1949: High Jinks in Society; 1950: Torment; 1951: The Smart Aleck; Two on the Tiles; Four Days; 1952: Miss Robin Hood; Song of Paris; 1953: Operation Diplomat; Strange Stories (episódio: The Strange Mr. Bartleby); Your Favourite Story (TV) (4 episódios: Strange Journey, Work of Art, The Strange Mr. Bartleby, An Eye for na Eye); 1954: The Crowded Day; Adventure in the Hopfields; 1955: Tormenta; 1956: Thunderstorm; 1956-1957: The Adventures of Aggie (TV) (15 episódios); 1957: Town on Trial (O Caso das Meias Assassinas); 1957-1958: Sailor of Fortune (TV) (13 episódios); 1958: Adventure in the Hopfields; The Whole Truth (Um Crime na Riviera); I Was Monty's Double; 1959: Tarzan's Greatest Adventure (A Maior Aventura de Tarzan); 1960: The Day They Robbed the Bank of England; Never Let Go (Sem Olhar para Trás); 1962: Waltz of the Toreadors (A Valsa do Galanteador); Tarzan Goes to India (Tarzan e os Elefantes); 1964: Guns at Batasi (Revolta em Batasi); 1965: Rapture; 1966: The Blue Max (Ambição de Glória); 1968: P.J. (Uma Nova Cara no Inferno); 1968: House of Cards (A Sombra de Um Homem); 1969: The Bridge at Remagen (A Ponte da Remagen); 1970: El Condor (O Tesouro de El Condor); 1972: Skyjacked (Piratas do Ar); 1973: Shaft in Africa (Shaft em África), 1974: The Towering Inferno (A Torre do Inferno); 1976: King Kong (King Kong); 1978: Death on the Nile (Morte no Nilo); Death on the Nile: Making of Featurette (curta-metragem,TV); 1980: Mr. Patman; 1984: Sheena (Sheena, a Rainha da Selva); 1986: King Kong Lives (King Kong Vive!); 1988: The Tracker (TV).

PETER USTINOV (1921 – 2004)
Peter Alexander Freiherr von Ustinov nasceu a 16 de Abril de 1921, em Swiss Cottage, Londres, Inglaterra, e faleceu a 28 de Março de 2004, em Genolier, Suíça, vítima de ataque cardíaco, provocado por diabetes. Gostava de afirmar-se descendente de russos, alemães, franceses, italianos e etíopes, e “sem uma única gota de sangue inglês”. Gabava-se das suas relações ancestrais com a nobreza russa e a família real da Etiópia. “Sou um cidadão internacional, concebido na Rússia, nascido em Inglaterra, trabalhando em Hollywood, vivendo na Suíça, e fazendo turismo por todo o mundo”, disse uma vez. Estuda na Westminster School de Londres, depois da qual passa para a London Theater School, com dezasseis anos. Em 1938, estreia-se como actor e, aos dezoito anos, dispunha já de considerável público, como actor cómico. Foi uma das personalidades mais carismáticas do mundo do espectáculo inglês, com participação brilhante no teatro, no cinema na televisão, como escritor, jornalista, declamador, etc. Escreveu, interpretou, encenou, produziu inúmeras peças de teatro nos mais célebres teatros ingleses e americanos. Foi duas vezes Oscar para Melhor Actor Secundário (“Spartacus” e “Topkapi”). Nomeado ainda por “Quo Vadis?” e “Hot Millions”, neste caso na qualidade de argumentista. Recebeu, em 1958, duas nomeações para os Tonys, como actor e argumentista da peça teatral, "Romanoff and Juliet". Mas toda a sua carreira foi coroada com centenas de prémios nos mais prestigiados festivais e instituições. Teve uma importante actividade como defensor dos direitos humanos, sendo membro de diversas instituições humanitárias, e pertencendo à International Academy of Humanism. Falava fluentemente inglês, russo, francês, alemão, espanhol e italiano. Casado com Isolde Denham (1940 - 1950), Suzanne Cloutier (1954 - 1971) e Helene du Lau d'Allemans (1972 - 2004).

Filmografia
Como actor: A) Cinema: 1940: Mein Kampf - My Crimes (documentário); 1941: New Acres (curta-metragem); 1942: The Goose Steps Out, de Basil Dearden; Let the People Sing; One of Our Aircraft Is Missing (Falta um dos Nossos Aviões), de Michael Powell; 1943: The New Lot (curta-metragem); 1944: The Way Ahead (7 de Infantaria), de Carol Reed; 1949: Private Angelo, de Michael Anderson; 1950: Odette, de Herbert Wilcox; 1951: Quo Vadis? (Quo Vadis?), de Mervyn LeRoy; Hotel Sahara (Hotel Sahará), de Ken Annakin; The Magic Box, de John Boulting; 1952: Le Plaisir (O Prazer), de Max Ophüls (narrador, da versão inglesa); La Bergère et le Ramoneur, de  Paul Grimault (narração, na versão inglesa); 1954: Beau Brummell (O Belo Brummell), de Curtis Bernhardt; The Egyptian (O Egipcio), de Michael Curtiz; 1955: We're no Angels (Veneno de Cobra), de Michael Curtiz; Lola Montès (Lola Montès), de Max Ophüls; 1956: I Girovaghi (Nós, os Homens), de Hugo Fregonese; The Legend of the Good Beasts (curta-metragem); 1957: Les Espions (Os Espiões), de Henri-Georges Clouzot; Un Àngel Pasó por Brooklyn (Um Anjo passou por Boklyn), de Ladislao Vajda; 1959: Adventures of Mr. Wonderbird, de Pierre Grimault (só voz); 1960: The Sundowners (Três Vidas Errantes), de Fred Zinnemann; 1960: Spartacus (Spartacus), de Stanley Kubrick; 1961: Romanoff and Juliet (Romanoff e Julieta), de Peter Ustinov; 1962: Billy Budd (A Lei do Mar), de Peter Ustinov; 1964: Topkapi (Topkapi), de Jules Dassin; 1965: Lady L (Lady L), de Peter Ustinov; 1965: John Goldfarb, Please Come Home (Um Americano no Harlem), de Jack Lee Thompson; 1965: The Peaches (Os Pêssegos) (curta-metragem); 1967: The Comedians (Os Comediantes), de Peter Glenville; 1968: Blackbeard’s Ghost (O Fantasma de Baba Negra), de Robert Stevenson; 1968: Hot Millions (Milhões Escaldantes), d'Eric Till; 1969: Viva Max (Viva Max), de Jerry Paris; 1971: Hammersmith Is out (A Engrenagem), de Peter Ustinov; 1973: Robin Hood (Robin dos Bosques), de Wolfgang Reitherman (voz); 1975: One of Our Dinosaurs Is Missing, de Robert Stevenson; 1976: Logan’s Run (Fuga no Século XXIII), de Michael Anderson; Treasure of Matecumbe (Tesouro de Matecumbe), de Vincent McEveety; 1977: The Last Remake of Beau Geste (A Mais Louca Aventura de Beau Geste) de Marty Feldman; 1977: Un Taxi Mauve (Um Táxi Cor de Malva), d'Yves Boisset; 1977: The Mouse and His Child, de Charles Swenson, Fred Wolf (voz); 1978: Death on the Nile (Morte no Nilo), de John Guillermin; 1978: Doppio Delitto, de Steno; Metamorphoses, de Takashi (voz); 1979: Ashanti (Ashanti), de Richard Fleischer; Tarka the Otte (O Reino de Tarka), de David Cobham (voz); Nous Maigrirons Ensemble (Dos Gordos é que Elas Gostam), de Michel Vocoret; 1981: Charlie Chan and the Curse of the Dragon Queen (Charlie Chan e a Maldição da Rainha), de Clive Donner; La Grande Aventure des Muppets (Os Marretas contra-atacam), de Jim Henson; 1981: The Search for Santa Claus de Stan Swan (curta-metragem); 1981: Grendel Grendel Grendel, de Alexander Stitt (voz); 1982: Evil Under the Sun (Morte ao Sol), de Guy Hamilton; Venezia, Carnevale - Un amore, de Mario Lanfranchi; 1984: Memed my Hawk, de Peter Ustinov; 1988: Appointment with Death (Morte Entre as Ruínas), de Michael Winner; 1989: La Révolution Française, de Robert Enrico e Richard T. Heffron (episódio "Les Années Lumière"); 1990: C'era un Castello con 40 Cani, de Duccio Tessari; 1992: Lorenzo's Oil (Acto de Amor), de George Miller; 1995: The Phoenix and the Magic Carpet, de Zoran Perisic (voz); 1998: Stiff Upper Lips (Uma Comédia Sobre Sexo e Outras Partes Marotas), de Gary Sinyor; 1999: The Bachelor (Noiva Procura-se), de Gary Sinyor; 2002: The Will to Resist, de James Newton; 2002: Luther, de Eric Till
B) na televisão: 1966: Hallmark Hall of Fame; 1970: Hallmark Hall of Fame; 1971: Hallmark Hall of Fame, todos de George Schaefer; 1973: Burt Bacharach: Opus No. 3, de Dwight Hemion; 1976: Kein Abend wie jeder andere, de Hermann Leitner; 1977: Jésus de Nazareth, de Franco Zeffirelli;1978: The Thief of Baghdad, de Clive Donner; 1980: Strumpet City; 1982: Wortwechsel; 1983: Imaginary Friends, de Michaël Darlow; 1984: Abgehört, de Rolf von Sydow; 1985: Thirteen at Dinner (A Noite de Lord Edgware), de Lou Antonio; 1986: Murder in Three Acts (Tragédia em Três Actos), de Gary Nelson; Dead Man's Folly (Poirot e o Jogo Macabro), de Clive Donner; 1989: Around the World in 80 Days, de Buzz Kulik; 1990: The Orchestra; 1993: Wings of the Red Star MIG Force; 1995: The Old Curiosity Shop, de Kevin Connor; 1999: Alice in Wonderland, de Nick Willis; 1999: Animal Farm; 2000: Deutschlandspiel, de Hans-Christoph Blumenberg; 2001: Victoria & Albert, de John Erman; 2002: Salem Witch Trials, de Joseph Sargent; 2003: Winter Solstice, de Martyn Friend.
C) como realizador: 1946: School for Secrets; 1948: Vice Versa; 1949: Private Angelo; 1958: Omnibus (TV) (1 episódio: Moment of Truth); 1961: Romanoff and Juliet; 1962: A Lei do Mar; 1965: Lady L; 1972: A Engrenagem;   1984: Memed My Hawk.
D) como escritor: 1960, “Add a dash of pity”, Romance; 1961, “The Loser”, Romance; 1966, “Frontiers of the sea”, Contos; 1971, “Krumnagel”, Contos; 1977, “Dear Me”, autobiografia; 1983, “My Russia”, Viagens; 1989, “The Desinformer”, Romance sobre a vida e a obra de Orson Welles; 1990, “The Old Man and M. Smith”, Romance; 1991, “Ustinov at Large”, reunião de escritos vários; 1993, “God and the state railways”, Contos.

DAVID NIVEN (1910-1983)
James David Graham Niven nasceu a 1 de Março de 1910, em Londres, Inglaterra, e viria a falecer a 29 de Julho de 1983, com 73 anos, em Château-d'Oex,  Suíça.  O pai era militar (que faleceu na Batalha de Galípoli em 1915) David Niven começou por pretender seguir a carreira militar.  Nos anos 1930, porém,  muda-se para Hollywood, e surge em variadíssimos filmes  como figurante. Contratado por Samuel Goldwin, aparece nalguns filmes protagonizados por Errol Flynn até que,  1939, ganha o estrelato ao lado de Ginger Rogers, em “Bachelor Mother”. Volta a Inglaterra, durante a II Guerra Mundial, integrando as forças militares. É  condecorado. De volta ao cinema, o filme “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, interpretando a figura de Phileas Fogg, torna-o celebre mundialmente. Ganha um Oscar, em 1958, como trabalho em  “Separate Tables” (uma presença de apenas 15 minutos, o que faz dele o actor com menor tempo de actuação a ganhar o Oscar de Melhor Actor). Interpretava o típico gentleman inglês, e surgiu em várias obras muito populares, como “Os Canhões de Navarone” (1961) ou  “A Pantera Cor-de-Rosa” (1963). Chegou a ser pensado para interpretar 007, mas acabaria por si viver essa personagem em “Casino Royale” (1967). Em 1971 lançou sua autobiografia “The Moon's a Balloon”, que teria uma sequência em 1975. Casou duas vezes, a primeira com Priula Rollo, casamento que acabaria com a morte da esposa, depois de uma queda durante uma festa na casa de Tyrone Power. Casou-se anos depois com a modelo sueca Hjordis Tersdemen.
Faleceu em seu castelo suíço, vítima de Esclerose Lateral Amiotrófica, deixando incompleto um novo volume de memórias. Encontra-se sepultado no Chateau D'Oex Cemetery, Chateau D'Oex, Vaud, Suíça. Para lá do Oscar, ganhou ainda diversos outros prémios, entre os quais dois Globos de Ouro, um 1958, também com “Separate Tables”, e outro em 1953, com “The Moon is Blue”.

Filmografia
Como actor:
1932: There Goes the Bride, de Albert de Courville; 1933: Eyes of Fate, de Ivar Campbell; 1934: Cleopatra (Cleópatra) de Cecil B. DeMille; 1935: Barbary Coast (Cidade Sem Lei) de Howard Hawks; Splendor (O Preço de um Triunfo), de Elliott Nugent; Without Regret, de Harold Young; Mutiny on the Bounty (Revolta na Bounty), de Frank Lloyd (não creditado); 1936: Rose-Marie (Rose Marie), de W.S. Van Dyke; Dodsworth (Veneno Europeu), de William Wyler; The Charge of the Light Brigade (A Carga da Brigada Ligeira), de Michael Curtiz; Beloved Enemy (O Amor Nasceu do Ódio),  de H.C. Potter; Palm Springs, de Aubrey Scotto; Thank You, Jeeves!, de  Arthur Greville Collins; 1937: The Prisoner of Zenda (O Prisioneiro do Castelo de Zenda) de John Cromwell; Dinner at the Ritz (Jantar no Ritz) de Harold D. Schuster; We Have Our Moments (Um Ladrão a Bordo), de Alfred L. Werker; 1938: Bluebeard's Eighth Wife (A Oitava Mulher do Barba Azul), d'Ernst Lubitsch; 1938: Four Men and a Prayer (O Juramento dos Quatro), de John Ford; 1938: Three Blind Mice (Precisam-se Três Maridos) de William A. Seiter; The Dawn Patrol (A Patrulha da Alvorada), de Edmund Goulding; 1939: Wuthering Heights (O Monte dos Vendavais), de William Wyler; Bachelor mother (Mãezinha à Força) de Garson Kanin; The Real Glory (A Verdadeira Glória) de Henry Hathaway; Eternally Yours (Fabricante de Mulheres), de Tay Garnett; Raffles, de Sam Wood; 1942: The First of the Few (Spitfire, o 1º Entre Poucos), de Leslie Howard; 1944: The Way Ahead (7 de Infantaria) de Carol Reed; 1946: Magnificent Doll (No Limiar da Glória), de Frank Borzage; A Matter of Life and Death (Caso de Vida ou Morte), de Michael Powell; The Perfect Marriage (O Casamento Perfeito), de Lewis Allen; 1947: The Other Love (A Orquídea Branca), de André De Toth; 1947: The Bishop's Wife (O Mensageiro do Céu), de Henry Koster; 1948: Bonnie Prince Charlie (Aventuras do Príncipe Charlie),, de Anthony Kimmins; Enchantment (Encantamento), de Irving Reis; 1949: A Kiss in the Dark (Um Beijo no Escuro), de Delmer Daves; 1949: A Kiss for Corliss (Consequências de um Beijo), de Richard Wallace; 1950: The Toast of New Orleans (Nas Redes do Amor), de Norman Taurog; Nash Airflyte Theatre (TV); The Elusive Pimpernel (O Libertador) de Michael Powell e Emeric Pressburger; 1951: Happy Go Lovely (Horas de Sonho), de H. Bruce Humberstone; Soldiers Three (Três Grandes Amigos), de Tay Garnett; Appointment with Venus (Entrevista com Venus), de Ralph Thomas; Schlitz Playhouse of Stars (TV); 1952: The Lady Says No, de Frank Ross; Four Star Revue (TV), Robert Montgomery Presents (TV), Celanese Theatre (TV), Chesterfield Presents (TV); 1952-1953: Hollywood Opening Night (TV); 1952-1956: Four Star Playhouse (TV); 1953: The Moon Is Blue (Ingénua... Até Certo Ponto), de Otto Preminger; 1954: The Love Lottery (A Lotaria do Amor), de Charles Crichton; Happy Ever After (Para Sempre Felizes), de Mario Zampi; 1955: Carrington V.C., de Anthony Asquith; The King's Thief (O Ladrão do Rei), de Robert Z. Leonard; 1956: The Birds and the Bees (O Tímido e a Vigarista), de Norman Taurog; The Star and the Story (TV); Around the World in Eighty Days (A Volta ao Mundo em Oitenta Dias), de Michael Anderson; 1957: Oh, Men ! Oh, Women ! (Os Noivos da Minha Mulher), de Nunnally Johnson; The Return of Phileas Fog (curta-metragem); The Little Hut (Dois Amores e uma Cabana), de Mark Robson; My Man Godfrey (Irene e o Mordomo), de Henry Koster; The Silken Affair (Romance Proibido), de Roy Kellino; Mr. Adams and Eve (TV); 1957-1958: Zane Grey Theater (TV); Goodyear Theatre (TV); Alcoa Theatre (TV); 1958: Bonjour Tristesse (Bom Dia, Tristeza), de Otto Preminger; Separate Tables (Vidas Separadas), de Delbert Mann; 1959: Ask Any Girl (O Que Elas Querem é Casar), de Charles Walters; Happy Anniversary (Feliz Aniversário), de David Miller; The David Niven Show (TV);  1960: Please Don't Eat the Daisies (Por Favor Não Comam os Malmequeres), de Charles Walters; The DuPont Show with June Allyson (TV) 1961: I Due Nemici, de Guy Hamilton; The Guns of Navarone (Os Canhões de Navarone), de J. Lee Thom;pson; 1962: La Città prigioniera, de Joseph Anthony; The Best of Enemies (O Melhor dos Inimigos), de Guy Hamilton; The Road to Hong Kong (A Caminho de Hong Kong), de Norman Panama; Guns of Darkness (Armas na sombra), de Anthony Asquith; 1963: 55 Days at Peking (55 Dias em Pequim), de Nicholas Ray; The Pink Panther (A Pantera Cor-de-Rosa), de Blake Edwards; Burke's Law (TV); Il Giorno più Corto, de Sergio Corbucci (presença não confirmada); 1964: Bedtime Story (Os Sedutores), de Ralph Levy; 1964-1965: The Rogues (TV); 1965: Where the Spies Are (Passaporte para o Desconhecido), de Val Guest; Lady L (Lady L), de Peter Ustinov; 1966: Eye of the Devil, de J. Lee Thompson; 1967: Casino Royale (Casino Royale), de Val Guest, Ken Hughes, John Huston, Joseph McGrath e Robert Parrish; 1968: Prudence and the Pill (Sarilhos Conjugais), de Fielder Cook e Ronald Neame; The Impossible Years (A Minha Filha é Um Problema), de Michael Gordon; 1969: The Extraordinary Seaman (O Marinheiro Fantástico), de John Frankenheimer; 1969: Le Cerveau (O Cérebro), de Gérard Oury; 1969: Before Winter Comes (Antes do Inverno chegar), de J. Lee Thompson; 1971: The Statue (A Estátua), de Rod Amateau; 1972: King, Queen, Knave, de Jerzy Skolimowski; 1974: Vampira, de Clive Donner; Canterville Ghosts (TV), de Robin Miller; 1975: Paper Tiger, de Ken Annakin; The Canterville Ghost (TV); The Remarkable Rocket (curta-metragem); 1976: No Deposit, No Return (As Aventuras de Dois Jovens), de Norman Tokar; 1976: Murder by Death (Um Cadáver de Sobremesa), de Robert Moore; 1977: Candleshoe (O Tesouro do Castelo), de Norman Tokar; 1978: Death on the Nile (Morte no Nilo), de John Guillermin; 1979: A Nightingale Sang in Berkeley Square, de Ralph Thomas; Escape to Athena (Fuga para Atenas), de George Cosmatos; A Man Called Intrepid (TV); 1980: Rough Cut (Ladrão por Excelência), de Don Siegel; The Sea Wolves: The Last Charge of the Calcutta Light Horse (Os Comandos de Sua Majestade), de Andrew V. McLaglen; 1982: Better Late Than Never (Mais Vale Tarde do Que Nunca), de Bryan Forbes; Trail of the Pink Panther (Na Pista da Pantera), de Blake Edwards; 1983: Curse of the Pink Panther (A Maldição da Pantera), de Blake Edwards.

Como realizador: 1958-1960: Zane Grey Theater (TV) (2 episódios: The Vaunted (1958) e Wayfarers (1960).

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