O MENSAGEIRO
(1970)
“O Mensageiro” dir-se-ia prolongar para o passado uma
Inglaterra já entrevista, na actualidade, em filmes anteriores do mesmo autor,
como “O Criado” e “Acidente”. Retrocedendo “em busca de um tempo perdido”,
Losey recuará historicamente até fins do século XIX, inícios do XX, obrigando o
seu mensageiro a recuar igualmente no tempo. Iremos encontrá-lo com treze anos,
passando um mês de férias na companhia de uma família da aristocracia rural
inglesa. Estamos na província e Leo, o mensageiro, é um convidado de origem
plebeia. Amigo do mais novo dos filhos daquela família, Leo surgirá como uma
figura de compromisso.
Convidado “para fazer companhia”, será olhado como um
instrumento ao serviço dos senhores da casa, que convirá tratar bem,
acarinhando-o. O primeiro movimento da família será, portanto, o de cativar o
jovem, oferecendo-lhe prendas que vão de um fato de verão, até uma bicicleta.
De qualquer forma, mesmo nestas oferendas nunca deixa de se esboçar um vestígio
de classe, impondo uma distanciação. Leo, vestido de verde, é exposto aos olhos
da família como o objecto sobre o qual se exerce um certo paternalismo.
A permanência de Leo no palácio irá definir rapidamente uma subserviência da sua parte, subserviência essa que é sempre
acatada por ele em função de uma educação esclarecida através da leitura de
cartas da mãe (que o ensina a ser humilde e a aceitar como dádivas do céu o que
aquela sociedade lhe oferece). À medida que se vai esboçando uma aprendizagem emocional
do jovem (Leo apaixona-se por Marian), Losey vai insinuando a sua dependência
social. Hugh Trimingham, o noivo de Marian, trata-o por "Mercúrio,
mensageiro dos deuses”. Ao fazê-lo, está a ajudar a clarificar uma situação.
Aqueles são os deuses possíveis numa
Inglaterra ainda vitoriana. Deuses que, por vezes, descem do seu pedestal para
permitirem a convivência com o povo que os alimenta (veja-se a sequência do
criquet e da festa que se lhe segue). Assim se aplaca a possível fúria dos
elementos, pela aparente “democracia” que “o jogo” reflecte.
“O Mensageiro”, julgando-se senhor de um poder mágico que
lhe permite afugentar o mal (poder de que as pessoas sorriem), acaba destruído
no interior de um agregado que dele se serve, sem maldade consciente, é certo,
mas reflectindo uma soberba de classe que não pode iludir.
Mensageiro entre duas classes sociais (entre Marian e o fazendeiro), mensageiro entre duas idades (a sua infância e a velhice), Leo é igualmente o
mensageiro entre duas épocas (através da sua infância e velhice). Entre duas
épocas que, entre si pouco têm a diferenciá-las. Leo, no período solar
(juventude) ou no período da velhice (inverno-solidão), não deixa nunca de ser
tratado como mero mensageiro ao serviço de outros. A história passa-lhe ao lado
e ele pouca interferência assume, a não ser um papel (importante, mas
secundário) de medianeiro de um entretenimento de que desconhece as regras e
até o significado.
“O Mensageiro” oferece ainda a curiosidade de a sua
construção obedecer a uma técnica de flashs bastante original. Nove décimos da
obra são flashbacks (se admitirmos que o outro décimo é o presente) ou então um
décimo é um flashforward
(se admitirmos como presente a infância de
Leo). Este aspecto afigura-se-nos, porém, sem grande importância, sendo, no
entanto, de salientar que, ao longo desta interferência, se vão descobrindo
factos extremamente sugestivos. Enquanto um velho recorda os locais da infância
(o filme inicia-se com uma bela frase que coloca desde logo o filme no seu
itinerário proustiano: “O passado é uma terra estranha, onde nos movemos de
maneira diferente”), uma criança entra na adolescência, descobrindo o mundo
através dos jogos dos adultos, da sua perversidade, da sua hipocrisia. Haverá
ainda a sublinhar um interessante aspecto
de “O Mensageiro” (aquele que alguns
críticos da época referenciaram a D.H. Lawrence), ou seja, os amores de uma
jovem aristocrata por um fazendeiro, amores clandestinos que terminam de forma
trágica pelo suicídio de um deles e pelo casamento de Marian com o seu noivo
oficial. Esta intriga aparentada com “O Amante de Lady Chatterley”, parece-nos
sobretudo servir de base a um notável estudo de época, bem assim como ser o
motor que põe a funcionar uma engrenagem onde Leo perderá a inocência.
O cinema de Joseph Losey ostentava, por essa altura, uma
segurança perfeita, um domínio notável dos meios expressivos, uma noção
admirável da duração dos planos, do seu enquadramento, do ritmo de uma montagem
que vive da permanência dos planos até um tempo julgado insustentável. A câmara
de Losey não executa movimentos gratuitos, limita-se a captar as personagens e
a acompanhá-las, permanecendo por vezes sobre objectos ou décors mesmo depois das figuras terem desaparecido.
Formalmente, o seu estilo parece ter atingido a verdadeira
perfeição, onde não é alheia uma inteligência incomparável e uma elegância de
escrita e de sugestão que é característica de muito poucos cineastas. Cremos,
aliás, que Losey apresentava uma maturidade que fazia dele um dos mais
importantes realizadores do seu tempo. A isto chamava ele uma grande "serenidade".
O MENSAGEIRO
Título original: The Go-Between
Realização: Joseph Losey (Inglaterra,
1970); Argumento: Harold Pinter, L.P. Hartley (segundo romance deste último,
"The Go-Between"); Produção: John Heyman, Norman Priggen, Robert
Velaise, Denis Johnson; Música: Michel Legrand; Fotografia (cor): Gerry Fisher; Montagem: Reginald Beck;
Direcção artística: Carmen Dillon; Guarda-roupa: John Furniss; Maquilhagem: Stephanie Kaye,
Bob Lawrance; Direcção de Produção:
Denis Johnson Jr.; Assistentes de realização: Richard F. Dalton, Terry
Hodgkinson; Som: Garth Craven, Peter Handford, Hugh Strain; Companhias de produção:
Metro-Goldwyn-Mayer British Studios (A Robert Velaise/John Heyman Production),
E.M.I. Films Productions Ltd., World Film Services; Intérpretes: Julie Christie (Marian - Lady Trimingham), Alan Bates
(Ted Burgess), Margaret Leighton (Mrs. Maudsley), Michael Redgrave (Leo
Colston), Dominic Guard (Leo), Michael Gough (Mr. Maudsley), Edward Fox (Hugh
Trimingham), Richard Gibson (Marcus), Simon Hume-Kendall (Denys), Roger Lloyd
Pack (Charles), Amaryllis Garnett, Keith Buckley, John Rees,Gordon Richardson,
Joshua Losey, etc. Duração: 118
minutos; Distribuição em Portugal: Estevez (DVD); Classificação etária: M/ 12
anos; Data de estreia em Portugal: 21 de Janeiro de 1972.
JULIE CHRISTIE (1941 - )
Julie
Frances Christie nasceu a 14 de Abril de 1941, em Chabua, na Índia britânica.
Filha de uma pintora, Rosemary, e Francis "Frank" St. John Christie,
que detinha uma plantação de chá. Com o divórcio dos pais, viveu com a mãe na
zona rural do País de Gales. Estudou na
escola do Convento de Our Lady, em Leonards-on-Sea, East Sussex, na Wycombe
Court School, High Wycombe, Buckinghamshire, também na Central School of Speech
and Drama. Em
1957, estreia-se na televisão e esteve para figurar no elenco do primeiro James
Bond, mas os seus seios foram considerados pelos produtores pouco abonados. O
primeiro grande papel da sua carreira é em “Billy Liar”, de John Schlesinger
(1963). Dois anos depois, triunfa em toda a linha com “Darling”, do mesmo
Schlesinger, onde ganha o Oscar de Melhor Actriz. No mesmo ano, brilha sob a
direcção de David Lean, em “Doctor Zhivago”. A sua carreira a partir daí é um
pouco irregular, mas vai aparecendo sempre em obras relevantes onde demonstra o
seu inegável talento, que lhe valeu inúmeros prémios. Manteve uma relação com
Warren Beatty, tendo actuado em filmes por ele dirigidos, como Shampoo (1975) e
Heaven Can Wait (1978). Mas a sua
carreira está recheada de obras indispensáveis como “Fahrenheit 451” (1966),
“Far from the Madding Crowd” (1967), “Petulia” (1968), “McCabe & Mrs. Miller” (1971), “The
Go-Between” (1971), “Don't Look Now” (1973), “Demon Seed” (1977), “The Return
of the Soldier” (1982), “Heat and Dust” (1983), “ Power” (1986), “Afterglow”
(1997) ou “Away from Her” (2008).
Foi
nomeada quatro vezes para o Oscar de Melhor Actriz, ganhando em 1966, com
“Darling”. Nomeada ainda em 1972 (“McCabe und Mrs. Miller”), 1998
(“Afterglow”) e 2008 (“Away from Her”). Foi Globo de Ouro, em 2008, com “Away
from Her”, e contou com várias outras nomeações. O mesmo filme valeu-lhe os
prémios da Screen Actors Guild e da National Board of Review, que antes já a
havia consagrado em 1965, por “Darling” e “Doctor Zhivago”. “Afterglow”, em
1998, valeu-lhe ainda o Independent Spirit Award. Presença regular nos BAFTAS
(em 1964, 67, 73, 74), ganhou em 1966, com “Darling”.
Outros
relacionamentos célebres foram com Terence Stamp e Donald Sutherland, mas o
mais duradouro foi com Duncan Campbell, um jornalista do “The Guardian”, que
data dos anos 70 e acabou em casamento em
2007. Julie Christie, feminista, é igualmente activa defensora do
ambiente, dos animais, lutando contra armas nucleares, e defendendo a causa da
Palestina.
Filmografia
Como actriz: 1961: A for Andromeda (TV);
Call Oxbridge 2000 (TV); 1962: The Fast Lady (A Respeitável Carcaça), de Ken
Annakin; The Andromeda Breakthrough (TV); 1962: Crooks Anonymous (Agarra que é
Ladrão!), de Ken Annakin; 1963: Billy Liar (O Jovem Mentiroso), de John
Schlesinger; O Santo (TV); ITV Play of the Week (TV); 1965: Doctor Zhivago
(Doutor Jivago), de David Lean; Darling (Darling), de John Schlesinger; Young
Cassidy (O Jovem Cassidy), de John Ford; 1966: Fahrenheit 451 (Grau de
Destruição), de François Truffaut; 1967: Far from the Madding Crowd (Longe da
Multidão), de John Schlesinger; 1968: Petulia (Petulia), de Richard Lester;
1970: The Go-Between (O Mensageiro), de Joseph Losey; In Search of Gregory
(Convite ao Pecado), de Peter Wood; 1971: McCabe & Mrs. Miller (A Noite
Fez-se Para Amar), de Robert Altman; 1973: Don't Look Now (Aquele Inverno em
Veneza), de Nicolas Roeg; 1975: Shampoo (Shampoo), de Hal Ashby; 1977: Demon
Seed (A Semente do Demónio), de Donald Cammell; 1978: Heaven can Wait (O Céu
Pode Esperar), de Warren Beatty; 1981: Memoirs of a Survivor (Memórias de Uma
Sobrevivente), de David Gladwell; 1982: Les Quarantièmes Rugissants, de
Christian de Chalonge; The Return of the Soldier (O Regresso do Soldado), de
Alan Bridges; 1983: Heat and Dust (Verão Indiano), de James Ivory; Separate
Tables (TV); The Gold Diggers, de Sally Potter; 1986: Miss Mary, de María Luisa
Bemberg; 1986: Power (As Chaves do Poder), de Sidney Lumet; 1986: Väter und
Söhne - Eine deutsche Tragödie (TV); 1986: Champagne Amer, de Ridha Behi, Henri Vart; 1988: Dadah Is Death
(TV); 1990: Fools of Fortune (Anos de Fogo), de Pat O’ Connor; 1992: The
Railway Station Man (TV); 1996: Dragonheart (DragonHeart: Coração de Dragão),
de Rob Cohen; 1996: Hamlet (Hamlet), de
Kenneth Branagh; 1996 Karaoke (TV); 1997: Afterglow (Sol do Poente), de Alan
Rudolph; 2000: The Miracle Maker – The Story of Jesus; 2001: Belphégor, le
Fantôme du Louvre, de Jean-Paul Salomé; 2001: No Such Thing, de Hal Hartley;
2002: Snapshots, de Rudolf van den Berg; I’m with Lucy, de Jon Sherman; 2004:
Troy (Tróia), de Wolfgang Petersen; Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
(Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), de Alfonso Cuarón; Finding Neverland
(À Procura da Terra do Nunca), de Marc Forster; 2005: The Secret Life of Words
(A Vida Secreta das Palavras), de Isabel Coixet; 2006: Away from Her (Longe
Dela), de Sarah Polley; 2009: Glorious 39 (Os Gloriosos 39), de Stephen
Poliakoff; 2009: New York, I Love You (episódio de Shekhar Kapur); 2011: Red
Riding Hood (A Rapariga do Capuz Vermelho), de Catherine Hardwicke; 2012: The
Company You Keep (Regra de Silêncio), de Robert Redford.
ALAN BATES (1934 – 2003)
Alan
Arthur Bates nasceu a 17 de Fevereiro de 1934, em Allestree, Derbyshire,
Inglaterra, e viria a falecer a 27 de Dezembro de 2003, em Westminster,
Londres, Inglaterra, vítima de um cancro do pâncreas. Muito cedo decidiu ser
actor. Aos 11 anos. Estudou primeiro na escola de Derbyshire, passando logo
para a Royal Academy of Dramatic Arts de Londres. Depois de cumprir dois anos
na Royal Air Force, ingressou na English Stage Company, no Royal Court Theatre.
Estreou-se no teatro em 1956, nos palcos do West End, com 22 anos. Surgiu na
peça de John Osborne, "Look Back in Anger", integrando-se desde logo
no movimento dos "angry young
men". Rapidamente se tornou um actor consagrado, aparecendo no elenco de
espectáculos de grandes dramaturgos da época, como Harold Pinter, Simon Gray,
Storey, Bennett, Peter Shaffer e Tom Stoppard, assim como de clássicos como
Anton Chekhov, Henrik Ibsen, August Strindberg ou William Shakespeare.
Estreou-se igualmente na televisão, e, no cinema, junta-se a Laurence Olivier
no elenco de “O Comediante” (1960),iniciando uma carreira repleta de grandes
sucessos, como “A Kind of Loving”, “Alexis Zorbas”, “Far from the Madding
Crowd”, “Women in Love”, “The
Go-Between”, “Butley”, “An Unmarried Woman”,
“The Shout”, “The Return of the
Soldier”, “Britannia Hospital”, “Gosford Park”, entre outros.
Casado
com Victoria Ward, em 1970, teve dois filhos gémeos, Benedick e Tristan,
nascidos em 1971. Tristan morreu em 1990, vítima de um ataque de asma, a mulher,
Ward, morre em 1992, e Alan Bates atravessa um mau momento. Foi patrono do
Actors Centre de Convent Garden, procura ajudar jovens talentos, sem se
preocupar com o box office. Em Nova Iorque triunfou na Broadway e, em 2003,
foi-lhe atribuído o título de “Sir”, alguns meses antes de iniciar o tratamento
a um cancro no pâncreas de que viria a falecer. Foi um exemplo de coragem,
dedicação e talento, que todos os companheiros de profissão reconheceram.
Filmografia
Como actor: 1956:
It's Never Too Late; 1959-1960: ITV Television Playhouse (TV); 1956-1960 ITV
Play of the Week (TV); 1960: The Entertainer (O Comediante) de Tony Richardson;
The Four Just Men (TV); 1959-1961: Armchair Theatre (TV); 1961: Whistle Down the
Wind (Os Olhos Postos em Ti) de Bryan Forbes; 1962: A Kind of Loving (Um Modo
de Amar), de John Schlesinger; 1963: The Running Man, de Carol Reed; The
Caretaker (O Encarregado) de Clive Donner; Nothing But the Best (A Única
Ambição) de Clive Donner; 1964: Alexis Zorbas (Zorba, o Grego), de Michael
Cacoyannis; 1965: Georgy Girl de Silvio Narizzano; Once Upon a Tractor
(curta-metragem); 1966: Le Roi de Cœur (O Rei dos Doidos), de Philippe de
Broca; 1966-1968: The Wednesday Play (TV); 1967: Far from the Madding Crowd
(Longe da Multidão), de John Schlesinger; 1968: The Fixer (O Homem de Kiev), de
John Frankenheimer; Women in Love
(Mulheres Apaixonadas), de Ken Russell; 1970: The Three Sisters (Três Irmãs),
de Laurence Olivier; 1971: The Go-Between (O Mensageiro), de Joseph Losey;
1971: A Day in the Death of Joe Egg, de Peter Medak; 1972: The Impossible
Object ou Story of the Love Story (Belos e Insaciáveis), de John Frankenheimer;
1974: Butley, de Harold Pinter; The Story of Jacob and Joseph (TV); 1975: Royal
Flash (O Herói das Arábias), de Richard Lester; Play for Today (TV); 1976: In Celebration, de Lindsay Anderson; Great Performances (TV);
1977: An Unmarried Woman (Uma Mulher Só),
de Paul Mazursky; Piccadilly Circus (TV); 1978: The Shout (O Uivo), de
Jerzy Skolimowski; The Mayor of Casterbridge (TV); 1979: The Rose (A Rosa), de
Mark Rydell; 1980: Nijinski (Nijinsky, a sua História), de Herbert Ross; 1981:
Quartet (Os anos Loucos de Montparnasse), de James Ivory; The Trespasser (TV);
Very Like a Whale (TV); Rece do góry, de Jerzy Skolimowski; 1982: The Return of
the Soldier (O Regresso do Soldado), de Alan Bridges; Britannia Hospital
(Britannia Hospital), de Lindsay Anderson; 1983: The Wicked Lady (A Dama
Perversa), de Michael Winner; Separate Tables (TV); An Englishman Abroad (TV);
1984: A Voyage Round My Father (TV);
1985: Summer Season (TV); Dr. Fischer of
Geneva (TV); 1986: Duet for One (Dueto só para um), d'Andreï Kontchalovski:
David Cornwallis; 1987: A Prayer for Dying (Os Guerrilheiros da Sombra) de Mike
Hodges; Pack of Lies (TV); 1988: We Think the World of You, de Colin Gregg; The
Ray Bradbury Theater (TV); 1989: Force
Majeure, de Pierre Jolivet; The Dog It Was That Died (TV); 1990: Mister Frost (Mr. Frost, o Assassino),
de Philippe Setbon; Docteur M, de Claude Chabrol; Screen Two (TV); 1991: Hamlet (Hamlet), de Franco Zeffirelli;
Unnatural Pursuits de Christopher Morahan; Secret Friends (Laços Secretos), de
Dennis Potter; Shuttlecock, de Andrew
Piddington; 1992: Unnatural Pursuits (TV); Screen One (TV); 1994: Silent Tongue, de Sam Shepard; Hard
Times (TV); 1995: The Grotesque (Grotesco) de John-Paul Davidson; Oliver's
Travels (TV); 1998: Nicholas' Gift
(TV); 1999: The Cherry Orchard; de Michael Cacoyannis; The Spying Game (TV);
2000 In the Beginning (TV); Arabian Nights (TV); St. Patrick: The Irish Legend
(TV); The Prince and the Pauper (TV);
2001: Gosford Park (Gosford Park), de Robert Altman; Love in a Cold
Climate (TV); 2002: The Mothman Prophecies (A Profecia das Sombras), de Mark Pellington;
The Sum of All Fears (A Soma de Todos os Medos), de Phil Alden Robinson; Evelyn
de Bruce Beresford; Salem Witch Trials (TV); Bertie and Elizabeth (TV); 2003:
Hollywood North, de Peter O'Brian; Meanwhile, de Jason Millward; The Statement
(A Declaração), de Norman Jewison; 2004: Spartacus (TV)
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