segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SESSÃO 35: 6 DE AGOSTO DE 2014


LARANJA MECÂNICA (1971)

Após terminado “2001”, Kubrick previa rodar uma obra sobre Napoleão Bonaparte, mas a importância do orçamento estimado para a conclusão do projecto impediu que este fosse avante, muito embora o sabido fascínio do cineasta pela personagem do Imperador francês. Mas os estúdios norte-americanos estavam esgotados por alguns falhanços no campo da superprodução, e não puderam corresponder às expectativas do autor. Esta foi portanto uma ideia adiada (e nunca cumprida, como algumas outras), mas, em seu lugar, Kubrick lembrou-se de um romance do escritor católico Anthony Burgess, “A Clockwork Orange”, que o havia impressionado vivamente anos atrás.
Este retrato futurista da violência urbana levada ao paroxismo iria ser o seu filme seguinte, rodado inteiramente em Inglaterra, quase todo em cenários naturais (muitos dos edifícios escolhidos são de Thamesmead, South Norwood, Oxfordshire, Radlett, Chelsea ou Brunel – raros os cenários construídos especialmente para o efeito, como o Bar Lacteo Korova, uma parte da prisão, uma casa de banho e o hall espelhado da casa do escritor). Estreado nos EUA em Dezembro de 1971, “Laranja Mecânica” transformou-se de imediato num dos títulos mais polémicos da filmografia de Kubrick, desencadeando uma turbulenta discussão sobre a violência no cinema e os seus efeitos nos espectadores. A estreia em Inglaterra seria ainda mais atribulada, com gangs de jovens delinquentes a imitarem algumas das acções vistas na obra, indo até ao ponto do assassinato. O filme seria retirado de cartaz, durante alguns anos, e a crítica de Kubrick a esse estado patológico e obsessivo de comportamentos violentos e de uma agressividade sexual intolerável, seria vista como um incentivo à sua prática e não como a denúncia premonitória de uma situação de grave crise de valores. Mas o rolar do tempo parece ter dado (infelizmente!) razão ao cineasta e a sua visão “futurista” da sociedade nas grandes metrópoles é hoje um “fait divers” que quase já não justifica espanto ou surpresa.

Alex De Large (Malcolm McDowall) é o chefe de um gang, os « Droogs », que se passeia por Londres distribuindo impropérios e pancadaria: assassinam à paulada e a pontapé um velho vagabundo, apenas por este ser um “vencido” (numa clara alusão a teorias nazis), lutam com gangs rivais pela disputa do poder e pelo exercício quase lúdico da violência gratuita, assaltam a casa de um “escritor de esquerda”, violando a mulher e quase matando ambos. Alex De Large não é, porém, um banal marginal sem escrúpulos ou educação. Ele adora Beethoven (sobretudo a “Heróica”), possui cultura e um distanciamento irónico dos seus actos. Sabe o que faz e goza com o assistente social que o visita, tal como se delicia com uma orgia com duas teenagers arrebatadas numa discoteca e fascinadas pelo comportamento do grupo e a sedução do seu chefe.
Perante a denúncia dos seus companheiros de gang, Alex (um nome que pode deste logo designar alguém que se julga ou se quer acima da lei, A- Lex) é preso, condenado a uma violenta pena, aceitando ser cobaia de um novo tratamento anti-violência, uma espécie de lavagem ao cérebro, que torna Alex um cordeirinho agora nas mãos daqueles que ele ameaçava. Os pais substituem-no por um calmeirão, os vagabundos vingam-se, os camaradas de farras abandonam-no, e até o “escritor de esquerda”, paraplégico desde o atentado, se serve de Beethoven para atentar contra a sua vida. No hospital, Alex será agora dividido entre o governo e a oposição que o tentam manipular a seu belo prazer, mas cinicamente o velho Alex parece renascer das cinzas e tem também uma palavra a dizer quanto ao seu futuro.


O ritmo trepidante com que o filme é conduzido, a fabulosa montagem, de que Kubrick se encarrega pessoalmente, a notável utilização de uma banda sonora impressionante, e que mais uma vez volta a mostrar a importância da música no cinema deste autor - com utilização de temas de compositores como Nacio Herb Brown ("Singin' in the Rain"), Wendy Carlos, Rachel Elkind, Edward Elgar (“Pomp and Circumstance March Nos. 1 & 4"); Henry Purcell ("Música: on the Death of Queen Mary"); Nikolai Rimsky-Korsakov ("Scheherazade"); Gioacchino Rossini (óperas "Il Barbiere di Siviglia", "Guillermo Tell" e "La Gazza Ladra") e Ludwig van Beethoven ("Nona Sinfonia") transformaram esta obra numa das mais célebres e disputadas de toda a filmografia “kubrickeana”, sendo hoje um “filme de culto” que, possivelmente, continuará a ser mal interpretado por sucessivas gerações de cinéfilos, mais impressionados com a girândola de “sexo e violência e Beethoven” do que com a visão desencantada e lúcida de uma sociedade entorpecida pela ausência de valores, pelo cultivo patológico da agressividade e da manipulação, pela desmedida ambição de poder (quer se trate de um gang de rua ou de partidos institucionalizados no governo, na oposição, ou de instituições como a cultura, a educação, a justiça, etc.).

LARANJA MECÂNICA 
Título original: A Clockwork Orange
Realização: Stanley Kubrick (Inglaterra, 1971); Argumento: Stanley Kubrick, segundo romance de Anthony Burgess; Música: Nacio Herb Brown ("Singin' in the Rain"), Wendy Carlos, Rachel Elkind, Edward Elgar (“Pomp and Circumstance March Nos. 1 & 4"); Henry Purcell ("Música: on the Death of Queen Mary"); Nikolai Rimsky-Korsakov ("Scheherazade"); Gioacchino Rossini (óperas "Il Barbiere di Siviglia", "Guillermo Tell" e"La Gazza Ladra") e Ludwig van Beethoven ("Nona Sinfonia"); Fotografia (cor): John Alcott; Montagem: Bill Butler; Casting: James Liggat; Design de produção: John Barry; Direcção artística: Russell Hagg, Peter Sheilds; Guarda Roupa: Milena Canonero; Maquilhagem: Olga Angelinetta, Barbara Daly, George Partleton, Freddie Williamson; Assistentes de realização: Derek Cracknell, Dusty Symonds; Departamento de Arte: Frank Bruton, Christiane Kubrick, Cornelius Makkink, Herman Makkink, Liz Moorem, Bill Welch; Som: Don Banks, Brian Blamey, Peter Glossop, Eddie Haben, John Jordan, Bill Rowe; Efeitos visuais: Sandy DellaMarie, Mark Freund, George Gervan, Richard Gervan, Martin Hall, Maureen Healy, Heather Hoyland, Greg Kimble, Jeff Wells; Produção: Stanley Kubrick, Si Litvinoff, Max L. Raab, Bernard Williams; Intérpretes: Malcolm McDowell (Alexander 'Alex' DeLarge), Patrick Magee (Frank Alexander), Michael Bates (Chefe de Guardas Barnes), Warren Clarke (Dim/ Policia Corby), John Clive (Actor), Adrienne Corri (Mrs. Alexander), Carl Duering (Dr. Brodsky), Paul Farrell (vagabundo), Clive Francis (Joe, o Juiz), Michael Gover (director da prisão), Miriam Karlin (Cat Lady), James Marcus (Georgie), Aubrey Morris (P.R. Deltoid), Godfrey Quigley, Sheila Raynor, Madge Ryan, John Savident, Anthony Sharp, Philip Stone, Pauline Taylor, Margaret Tyzack, Steven Berkoff, Lindsay Campbell, Michael Tarn, David Prowse, Barrie Cookson, Jan Adair, Gaye Brown, Peter Burton, John J. Carney, Vivienne Chandler, Richard Connaught, Prudence Drage, Carol Drinkwater, Lee Fox, Cheryl Grunwald, Gillian Hills, Craig Hunter, Shirley Jaffe, Virginia Wetherell, Neil Wilson, Katya Wyeth, George O'Gorman, Barbara Scott, e ainda, em imagens de arquivo, Heinrich Himmler, Adolf Hitler e Viktor Lutze; Duração: 137 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia Filmes; Classificação etária: M/ 18 anos,

STANLEY KUBRICK (1928-1999)
Se há cineasta que marcou de forma iniludível a segunda metade do século XX do cinema mundial, quando um pouco por todo o lado surgiam movimentos de “cinema novo”, esse cineasta foi sem dúvida Stanley Kubrick. Com uma filmografia não muito extensa, é certo, mas toda ela de invulgar coerência e rigor, desde os policiais negros de início de carreira até terminar no seu derradeiro filme, “De Olhos Bem Fechados” (1999).
Stanley Kubrick nasceu em Nova lorque, a 26 de Julho de 1928, de uma família de origem judaica. Cresceu no Bronx, tendo-se interessado inicialmente pelo jazz, pelo xadrez e pela fotografia quando o pai, um médico, lhe ofereceu a primeira máquina fotográfica, aos treze anos. Estudou na High School de William Taft, onde dirigia uma banda e o jornal escolar. Não conseguiu entrar na Universidade, porque por aquela altura o regresso dos veteranos da II Guerra Mundial tornava raras as vagas. Mas ingressou na Universidade de Colombia como estudante não matriculado e assistiu às aulas de Lionel Trilling e Moses Hadas. Era frequentador assíduo de sessões de cinema do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, preferindo sobretudo realizadores europeus, como Serghei Eisenstein, Max Ophuls, Ingmar Bergman, Michelangelo Antonioni ou Federico Fellini, e alguns norte americanos com quem se identificava, casos confessos de Orson Welles, John Huston, William Wellman, Charles Chaplin ou Elia Kazan. Aos dezassete anos, o director gráfico da revista “Look”, emprega-o como fotógrafo estagiário, depois de publicar uma foto sua que entusiasmou a América - precisamente um velho jornaleiro emocionado, vendendo o jornal onde se anuncia a morte de Roosevelt. Em 1951, com 23 anos de idade, Kubrick financiou a sua primeira curta-metragem, com capital seu e generosas dádivas familiares. Em 35 milímetros, “Day of the Fight” é um minucioso documentário sobre o “boxeur” Walter Cartier, que tinha sido tema de uma das suas reportagens fotográficas para a “Look”. É contratado pela RKO e inicia assim a sua carreira no cinema. A primeira longa-metragem de ficção de Stanley Kubrick foi “Fear and Desire”, de 1953, que produziu com dez mil dólares emprestados pela família e três mil dele próprio. Veio a seguir “Killer's Kiss”, que já orçou em 40.000 dólares, e “The Killing”, dois marcantes “filmes negros”, que anunciaram desde logo um estilo visual muito particular e pessoal. Ele e Jim Thompson escreveram a adaptação do romance “Paths of Glory”, de Humphrey Cobb, e Kirk Douglas concordou em protagonizar o filme e este tornar-se-ia rapidamente num clássico e uma das melhores películas sobre guerra jamais feita. O seu anti-militarismo militante causar-lhe-ia fartos problemas, sobretudo na Europa, nomeadamente em França. Seguem-se “Spartacus”, “Lolita”, baseado no polémico romance de Vladimir Nabokov, “Dr. Strangelove”, “2OOl: A Space Odyssey”, um marco na história do cinema e também uma referência de maturidade na filmografia da ficção científica. A partir daí instala-se em Inglaterra, onde roda já “A Clockwork Orange”, retirado do romance de Anthony Burgess. “Barry Lyndon”, “The Shining”, “Full Metal Jacket” e “Eyes Wide Shut” são os seus derradeiros títulos. Em Maio de 1990, Stanley Kubrick junta-se a outros realizadores, Martin Scorsese, Allen Woody, Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Robert Redford, Sydney Pollack e George Lucas, para criar uma Fundação cuja principal intenção era promover o restauro e a preservação das películas. A 7 de Março de 1999, o realizador morre durante o sono, vítima de um ataque cardíaco. Contava 70 anos de idade e deixava a sua marca pessoal bem presente e imperecível nos écrans de todo mundo. Casado em 28 de Maio de 1948, com Toba Metz, de quem de divorciará em 1951, voltou a casar com Ruth Sobotka (1954 - 1957) e finalmente com Christiane Kubrick (de 1958 até à data da sua morte), de quem tinha três filhas.

Filmografia
como realizador:
nos EUA: 1951: Day of the Fight (curta-metragem); Flying Padre (curta-metragem); 1953: The Seafarers (curta-metragem); Fear and Desire; 1955: Killer's Kiss (O Beijo Assassino); 1956: The Killing (Um Roubo no Hipódromo); 1957: Paths of Glory (Horizontes de Glória); 1960: Spartacus (Spartacus); 1962: Lolita (Lolita); 1964: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (Dr. Strangelove); 1968:  2001: A Space Odyssey (2001, Odisseia no Espaço); Em Inglaterra: 1971: A Clockwork Orange  (Laranja Mecânica); 1975: Barry Lyndon (Barry Lyndon); 1980: The Shining (Shining); 1987: Full Metal Jacket (Nascido para Matar); 1999: Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados).

ANTHONY BURGESS (1917-1993)
John Anthony Burgess Wilson Nasceu a 25 de Fevereiro de 1917, em Manchester, Inglaterra, e viria a falecer a 22 de Novembro de 1993, em Londres, Inglaterra. Escritor católico, particularmente conhecido pelas suas obras “Laranja Mecânica” (1971), “Jesus de Nazaré” (1977) ou “1984: A Personal View of Orwell's 'Nineteen Eighty Four” (1983). Assinou 33 romances, 25 ensaios, duas autobiografias, três sinfonias e mais de 250 outras obras musicais. Casado com Liana Burgess (1942 - 1968) e depois com Llewela Isherwood Jones (1968 - 1993).
Curiosidade: o ataque e a violação da mulher do escritor narrados em “Laranja Mecânica” diz-se terem sido inspirados num ataque sofrido pela própria mulher de Burgess, causado por militares americanos, quando este se encontrava em Gibraltar. Conta-se igualmente que escreveu de jacto "A Clockwork Orange", quando os médicos lhe prognosticaram cancro, pensando com os lucros deixar algum capital à suposta viúva. Finalmente descobriu que não tinha cancro nenhum. 

Filmografia
Como argumentista: 1965: Vinyl, de Andy Warhol (adaptação de A Clockwork Orange); Silence, Exile and Cunning, de Christopher Burstall (TV); 1971: A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de Stanley Kubrick; 1974: Moses – the Lawgiver (Moisés, o Profeta), de Gianfranco DeBosio (TV): 1977: Jesus of Nazareth (Jesus de Nazaré), de Franco Zeffirelli (mini série TV); 1979: consultor de argumento em Sherlock Holmes and Doctor Watson (mini série TV), The Case of Harry Crocker (TV) e A Motive for Murder (TV); 1980: Celebration: Burgess in Manchester (TV) (1980); 1981: Writers and Places: A Kind of Failure, de David Wallace (TV); 1982: Quest for Fire (A Guerra do Fogo), de Jean-Jacques Annaud (1982). (Burgess desenvolveu a linguagem das tribos neolíticas); 1984: A Personal View of Orwell's 'Nineteen Eighty Four' (documentário, TV); 1985: AD, de Stuart Cooper (mini série TV) (1985) (Burgess escreve argumento e alguns temas musicais); 1985: Cyrano de Bergerac, de Terry Hands, Michael A. Simpson (TV) (tradução); 2008: Great Performances (TV) (tradução e adaptação: episódio Cyrano de Bergerac, de Tiziano Mancini).

MALCOLM MCDOWELL (1943 - )
Malcolm John Taylor nasceu a 13 de Junho de 1943, em Horsforth, Yorkshire, Inglaterra. Os pais, Charles Taylor e Edna McDowell, eram operários e a infância foi difícil. Estudou na Tunbridge Boarding School e na Cannock House School em Eltham, Kent. Ainda estudante, e apaixonado por corridas de carro, decidiu ser actor. Frequentou a London Academy of Music and Art, trabalhava no pub dos pais, e dispersou-se por vários outros trabalhos, até se estrear em “Poor Cow” (1967), num pequeno papel que acabaria por ser cortado no final. Mas chamou a atenção de Lindsay Anderson, que lhe daria o principal papel em “Se...” (1968), o que o tornou de um dia para o outro uma vedeta, e um símbolo de um jovem irado, enraivecido, bem-parecido e simpático, mas de humor quezilento e por vezes brutal. Seguem-se “Um Homem de Sorte” (1973), com um argumento de certa forma autobiográfico, e sobretudo a criação da personagem de Alex DeLarge, no inesquecível “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick (1971). “Britannia Hospital”, de novo de Lindsay Anderson (1982), é nova pedra branca no seu percurso. Continuou até ao presente uma carreira de invulgar sucesso, com um número invulgar de filmes e intervenções na televisão, mas a sua época de ouro estabeleceu-se entre o final da década de 60 e inicio da de 80 do século passado. Passou pelas drogas e álcool, teve períodos de maior e menor fulgor, refugiou-se em séries de televisão e telefilmes e obras menores do cinema fantástico, passou a viver em Los Angeles. Casado com Margot Bennett (1975 - 1980), Mary Steenburgen (1980 - 1990) e Kelley McDowell (1991 – até ao presente). A sua criação de Alex DeLarge em “Laranja Mecânica” (1971) é considerada uma das "100 Greatest Film Performances of All Time" e aparece em 68º lugar na lista da revista “Premiere” dedicada às "100 Greatest Movie Characters of All Time". Possui uma “Estrela da Fama”, no Hollywood Walk of Fame, no nº 6714 Hollywood Boulevard, em Hollywood, California, concedida a 16 de Março de 2012.

Filmografia:
Como actor
Cinema: 1967: Poor Cow, de Ken Loach (cenas não aproveitadas); 1968: If... (Se…), de Lindsay Anderson; 1970: Figures in a Landscape (Dois Vultos na Paisagem), de Joseph Losey; 1971: The Raging Moon (Labirinto de Sentimentos), de Bryan Forbes; A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de Stanley Kubrick; 1973: O Lucky Man ! (Um Homem de Sorte!), de Lindsay Anderson; 1975: Royal flash (O Herói das Arábias), de Richard Lester; 1976: Aces High (O Duelo das Águias), de Jack Gold; Voyage of the Damned (A Viagem dos Malditos), de Stuart Rosenberg; 1979: Time after Time (Os Passageiros do Tempo), de Nicholas Meyer; The Passage (A Passagem), de Jack Lee Thompson; Tigers are Better Looking, de Hussein Sharriffe (curta-metragem); 1979: Caligola (Calígula), de Tinto Brass; A Documentary on the Making of Gore Vidal's Caligula, documentário de Giancarlo Lui; 1982: Cat People (A Felina), de Paul Schrader; Britannia Hospital (Britannia Hospital), de Lindsay Anderson; 1983: Get Crazy, de Allan Arkush; Blue Thunder (Operação Thor), de John Badham; Cross Creek (Encontro com a Verdade), de Martin Ritt; 1984: The Compleat Beatles, documentário de Patrick Montgomery; 1986: The Caller, de Arthur Allan Seidelman; 1988: Sunset (Hollywood 1929), de Blake Edwards; 1989: Buy & Cell (Um Golpe de Loucos), de Robert Boris; Mortacci, de Sergio Citti; Maggio Musicale, de Ugo Gregoretti; Il Maestro, de Marion Hänsel; 1990: Moon 44 (Lua 44), de Roland Emmerich; The Light in the Jungle (Missão Lambarene), de Gray Hofmeyer; Disturbed, de Charles Winkler; Class of 1999 (Curso de 1999), de Mark L. Lester; 1991: La Part du Serpent / In the Eye of the Snake, de Max Reid; Tsareubiytsa, de Karen Shakhnazarov; 1992: Chain of Desire, de Temístocles López; The Player (O Jogador), de Robert Altman; 1993: Vent d’Est, de Robert Enrico; Bopha! (Bopha! - Um Grito de Protesto), de Morgan Freeman; Dangerous Indiscretion, de Richard Kletter; 1994: Star Trek: Générations (Star Trek: Gerações), de David Carson; Milk Money (Lição de Anatomia), de Richard Benjamin; 1995: Cyborg 3: The Recycler, de Michael Schroeder; Tank Girl (Tank Girl - Uma Mulher de Armas), de Rachel Talalay; The Surgeon (Vingança Macabra), de Carl Schenkel; Fist of the North Stat, de Tony Randel; 1996: Train to hell (A Última Viagem Para Veneza), de Carlo U. Quinterio; 1997: Hugo Pool / Poor girl, de Robert Downey Sr.; Mr. Magoo, de Stanley Tong; 1999: Southern Cross (Herança dos Andes), de James Becket; 2000: Gangster Number One, de Paul McGuigan; Stanley Kubrick: A life in Pictures (Stanley Kubrick, Uma Vida em Imagens), documentário de Jan Harlan; 2001: Just Visiting,  de Jean-Marie Poiré (Jean-Marie Gaubert); The Barber, de Michael Bafaro; 2002: Between Strangers ou Cœurs inconnus (Entre Estranhos), de Edoardo Ponti; I Spy (O Espião Sou Eu), de Betty Thomas; Dorian, de Allan A. Goldstein; 2003: Tempest (O Código Tempesta), de Tim Disney; Company (A Companhia), de Robert Altman; 2004: Bobby Jones: Stroke of Genius (Bobby Jones - A Carreira de um Génio), de Rowdy Herrington; Hidalgo (Hidalgo - O Grande Desafio), de Joe Johnston; I'll Sleep When I'm Dead (Só a Morte me Pode Parar), de Mike Hodges; Evilenko, de David Grieco; 2005: En Bonne Compagnie (Uma Boa Companhia), de Paul Weitz; Dinotopia: Quest for the Ruby Sunstone, de Davis Doi; 2007: Exizt, de Eduardo Sánchez; Halloween, de Rob Zombie; 2008: Doomsday, de Neil Marshall; 2009: Halloween , de Rob Zombie; Suck, de Rob Stefaniuk; Bolt, de Byron Howard, Chris Williams; 2010: Easy Girl / Easy A (Ela é Fácil), de Will Gluck; The Book of Eli (O Livro de Eli), de Albert e Allen Hughes; Barry Munday (Ora Bolas!), de Chris D'Arienzo; Pound of Flesh, de Tamar Simon Hoffs; Golf in the Kingdom, de Susan Streitfeld; 2011: Suing the Devil de Timothy A. Chey; The Artist (O Artista), de Michel Hazanavicius; Vamps, de Amy Heckerling; Monster Butler, de Douglas Rath (curta-metragem); The Unleashed, de Manuel H. Da Silva; Mischief Night, de Travis Baker; L.A., I Hate You, de Yvan Gauthier; 2012: Silent Night, de Steven C. Miller; Silent Hill: Revelation 3D, de Michael J. Bassett; Mind's Eye, de Mark Steven Grove; Excision, de Richard Bates Jr.; The Employer, de Frank Merle; A Green Story, de Nick Agiashvili; 2012: Antiviral, de Brandon Cronenberg; 2013: Richard: The Lionheart, de Stefano Milla; Sanitarium, de Bryan Ortiz, Bryan Ramirez e Kerry Valderrama; 2014: How to Make Love Like an Englishman, de Tom Vaughan; 2014: Cowboys & Engines, de Bryn Pryor (curta-metragem); 2014: Wizardream, de John Carl Buechler; 2014: Soul of a Spy, de Vladimir Bortko; 2014: Tbilisi, I Love You, de Nick Agiashvili, Irakli Chkhikvadze, Levan Glonti, Alexander Kviria, Tako Shavgulidze, Kote Takaishvili, Levan Tutberidze; 2014: The Spider, de Robert Sigl; 2014: Kids vs Monsters, de Sarah Daly; 2015: The Mystery of Casa Matusita, de Catherine C. Pirotta (em rodagem); 2015: Bereave, de Evangelos Giovanis, George Giovanis (em rodagem).

Na televisão: 1980: Look Back in Anger, de Lindsay Anderson e David Hugh Jones; 1986: Gulag, de Roger Young; 1991: Tales from the Crypt (1 episódio); 1996: Ringer, de Carlo Gustaff; 1999: Can of Worms, de Paul Schneider; 2000: South Park; 2001: Princess of Thieves, de Peter Hewitt; 2002: Firestarter 2: Rekindled, de Robert Iscove; 2002: Beings, de Paul Matthews; 2005: New York; 2006: Entourage (A Vedeta); 2006: Monk; The Curse of King Tut's Tomb, de Russell Mulcahy; 2007: Heroes; War and Peace, de Robert Dornhelm; Masters of Science Fiction; 2008: Coco Chanel; 2009: CSI: Miami; 2010: Tom and Jerry Meet Sherlock Holmes; 2010: The Mentalist, de Bruno Heller; 2011: Psych (Psych - Agentes Especiais); 2011: Franklin and Bash; 2012: The Philadelphia Experiment, de Paul Ziller; 2012: Home Alone: The Holiday Heist, de Peter Hewitt.

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