MORTE NO NILO (1978)
Agatha Christie conheceu até
agora dois bons períodos no cinema britânico. No início dos anos 60, com as
adaptações de vários romances seus protagonizados por Miss Marple (Margareth
Rutherford), em realizações de George Pollock (filmes que valem mais pela interpretação,
que pela banal realização) e, a partir de finais da década de 70, com a EMI a
colocar em imagens alguns dos títulos mais célebres da reputada escritora: “Um
Crime no Expresso do Oriente”, de Sidney Lumet (1975), “Morte no Nilo”, de John
Guillermin (1978), “O Espelho Quebrado”, de Guy Hamilton (1980) e, finalmente,
“Morte ao Sol”, de novo sob direcção de Guy Hamilton. “Death on the Nile” foi a
operação prestígio da EMI no ano de 1978. Rodado em exteriores naturais no
Egipto, ao longo do Nilo, e em interiores em Inglaterra, nos estúdios da
Pinewood, esta obra reuniu algumas condições para se afirmar como um grande
êxito de público e um razoável, honesto e saudável entretenimento. John
Guillermin não é um autor particularmente interessante, mas as suas obras
afirmam-se por um cuidado e sóbrio métier, quer se trate de “A Torre do
Inferno” ou da remake de “King Kong”. Serve com dignidade o espectáculo na
melhor tradição dos técnicos americanos, e isso mesmo se pode sentir ao longo
desta sofisticada investigação de Hércules Poirot, numa paisagem de sereno
exotismo. Mas o encanto maior desta obra, para lá do intrincado da investigação
policial, é o seu naipe de actores, invulgarmente bem escolhidos para os papéis
que representam e onde se salientam nomes que percorrem quase toda a história
do cinema. Poirot é aqui encarnado por Peter Ustinov em plena forma, conjugando
com talento um certo ar arrogante e distante com um humor que faltava por
completo a Albert Finney, no anterior “Crime no Expresso do Oriente”. Enquanto
na obra de Sidney Lumet o detective belga aparecia com a gravidade de
raciocínio e a antipatia que o caracteriza em muitas das aventuras imaginadas
por Agatha Christie, em “Morte no Nilo” Poirot diverte-se, e diverte-nos, com o
humor discreto que ressalta de uma investigação que nunca é tomada muito a
sério. Ou seja: onde Lumet aceitava por completo a lógica algo excessiva da
dedução pura do detective, Guillermin (e o seu argumentista Anthony Shaffer, um
dramaturgo inglês de renome, autor da prestigiada peça de teatro “Sleuth”, e
irmão de Peter Shaffer) opta por um sorriso irónico, distanciando do espectador
figuras e situações. Nesse aspecto, o concurso de Peter Ustinov é determinante,
sendo ele, em grande parte, quem define o tom da representação.
Mas outros grandes nomes se lhe
associam: Bette Davis, uma velha americana que não resiste ao brilho das jóias;
Jane Birkin, a criada francesa de uma arrogante milionária, Lois Chiles; Mia
Farrow, obsessivamente apaixonada por um ex-noivo, Simon Mac Corkindale, que
acaba por casar com a sua melhor amiga; John Finch, um estudante comunista que
se deixa enamorar por Olivia Hussey, filha de Angela Lansbury, uma melosa
escritora de dramas passionais; George Kennedy, o astuto advogado que procura
manter interesses diversos; David Niven, como sempre um coronel inglês,
investigador por conta própria, amigo, administrador e colaborador de Poirot;
Jack Warden, um médico com algo a ocultar no seu passado; Maggie Smith, dama de
companhia de Bette Davis até ao momento em que não se contém mais.
Como em quase todas as obras de
Agatha Christie, o destino reúne um grupo de personagens num determinado espaço
fechado, aqui a bordo do Karnac, um luxuoso navio de carreira, ao longo do
Nilo. O crime aparece. Poirot, envolvido na teia, é chamado a investigar. De
dedução em dedução, explorando alibis e investigando interesses, chega à
conclusão de que todos são suspeitos e poderiam ter assassinado a vítima. Resta
isolar o verdadeiro culpado, o que se consegue, como quase sempre, na última
bobina do filme. Não sem que outras cabeças rolem. O filme vive, ainda, do
trabalho esmerado de alguns técnicos, entre os quais cumprirá destacar o
director de fotografia, Jack Cardif, e o autor da banda sonora, Nino Rota.
MORTE NO NILO
Título original: Death on the Nile
Realização: John Guillermin (Inglaterra, 1978);
Argumento: Anthony Shaffer, segundo romance de Agatha Christie; Produção: John
Brabourn, Richard B. Goodwin, Norton Knatchbull; Música: Nino Rota; Fotografia
(cor): Jack Cardiff; Montagem: Malcolm
Cooke, Casting: Dyson Lovell; Design de produção: Peter Murton; Direcção
artística: Brian Ackland-Snow, Terry Ackland-Snow; Guarda-roupa: Anthony Powell; Maquilhagem: Betty Glasow,
Ramon Gow, Freddie Williamson; Direcção de Produção: Barrie Melrose, Ron Purdie, Ahmed Sami;
Assistentes de realização: Chris Carreras, Steve Lanning, Ted Sturgis, Peter
Waller; Departamento de arte: John Paterson; Som: John W. Mitchell, John
Richards, Bill Rowe, Nicholas Stevenson; Companhias de produção:EMI Films,
Mersham Productions Ltd.; Intérpretes:
Peter Ustinov (Hercule Poirot),Jane Birkin (Louise Bourget), Lois Chiles
(Linnet Ridgeway), Bette Davis (Mrs. Van Schuyler), Mia Farrow (Jacqueline De
Bellefort), Jon Finch (Mr. Ferguson), Olivia Hussey (Rosalie Otterbourne), I.S.
Johar (Comandante do Karnak), George Kennedy (Andrew Pennington), Angela
Lansbury (Mrs. Salome Otterbourne), Simon MacCorkindale (Simon Doyle), David
Niven (Coronel Race), Maggie Smith (Miss Bowers), Jack Warden (Dr. Bessner),
Harry Andrews (Barnstaple), Sam Wanamaker
(Rockford), François Guillaume, Barbara Hicks, Celia Imrie, Andrew
Manson, etc. Duração: 140 minutos;
Distribuição em Portugal (DVD): Universal Pictures; Classificação etária: M/ 12
anos; Data de estreia em Portugal: 15 de Dezembro de 1978.
AGATHA CHRISTIE (1891-1976)
Nascida em 1891, em Ashfield, Inglaterra, com o nome
de Agatha Mary Clarissa Miller, Agatha Christie é conhecida como a “Rainha do
Crime”. Os seus livros venderam mais de um bilião de cópias em inglês, e outro
bilião em línguas estrangeiras. É a autora mais publicada de todos os tempos em
qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. Escreveu
oitenta romances de crime e colecções de pequenas histórias, dezanove peças e
seis romances apresentados sob o pseudónimo de Mary Westmacott.
O pai morreu era ela muito pequena. Embora tendo uma infância feliz o seu
temperamento era o de uma criança tímida e muito unida à família. A sua irmã
Magda lia-lhe muitas histórias de Conan Doyle, Edgar Allan Poe e Leroux, os
grandes génios da intriga e, um dia, incita-a a escrever uma história onde,
apenas no final, se descubra o nome do assassino.
Outra versão do mesmo episódio indica que Agatha
começou a escrever sob a influência da mãe, que a incentivou a criar um conto,
enquanto Agatha estava com um forte resfriado e de cama. Ela chegou a duvidar
de sua capacidade, mas conseguiu. Continuou escrevendo encorajada também por
Eden Phillpotts, um teatrólogo amigo da família. Quando já era famosa, disse
que durante muitos anos se divertiu escrevendo histórias melancólicas em que a
maioria dos personagens morria.
Estudou em casa e recebeu uma educação conservadora e tradicional. O perigo
e os desportos agradavam-lhe imenso e esta combinação marcar-lhe-á o carácter.
Devido ao facto de não ter uma escolaridade oficial, não pode frequentar a
universidade. Por isso, considerando-se uma pessoa inculta, lutou por encontrar
uma profissão, para se impor na sociedade. Escolhe a música e decide estudar
piano em Paris, para onde vai viver. Torna-se numa extraordinária aluna e
profissional do piano.
Era uma rapariga bonita, alta, magra e ruiva. Tinha inúmeros pretendentes.
De entre todos elegeu aquele por quem nutria uma grande paixão: Archie
Christie, com quem casou quase no início da I Guerra Mundial. Começa, então, a
trabalhar como enfermeira e em farmácia, aprendendo o manejo de drogas e
venenos, que se tornaram de enorme utilidade como escritora. Fica separada do
marido durante o conflito e sente uma profunda tristeza. Precisa de relaxar e
resolve escrever uma novela de mistério.
O primeiro romance de Agatha Christie, “O Misterioso
Caso de Styles”, foi escrito no final da Primeira Guerra Mundial. Nele criou
Hercule Poirot, o pequeno detective belga que mais tarde se tornaria a
personagem de crimes de ficção mais popular desde Sherlock Holmes. Foi
publicado em 1920.
Ao regressar da guerra, o marido não lhe dedica a atenção de que ela tanto
carece, asseguram uns. Outros afirmam que Agatha Christie terá sofrido bastante
com vários factos que ocorreram durante a sua vida, incluindo a separação do
seu primeiro marido. Têm, entretanto, uma filha. Archibald Christie, porém,
irritado por voltar para casa e encontrar sempre a mulher a dactilografar,
resolveu arejar e conheceu Tessa Neele, uma mulher mais jovem que Agatha, e
acabaram por se tornar amante. Em 1926, Agatha já tinha publicado seis
romances, mas o marido estava cada vez mais enamorado dessa amiga do casal.
Archibald Christie resolve então revelar tudo à mulher e pedir o divórcio. Que
não lho concede. Este procedimento chocou a escritora, que sofreu ainda mais ao
ter conhecimento que a mãe falecera, caindo em depressão e desespero. Foi então
que Agatha Christie desapareceu, juntando um mistério pessoal e verídico à
lista de mistérios ficcionados que envolvem a sua existência.
Em 1926, após uma média de um livro por ano, Agatha
Christie escreveu a sua obra-prima. “O Assassinato de Roger Ackroyd” foi o
primeiro dos seus livros a ser publicado pela editora Collins e marcou o início
de um relacionamento autor-editor que durou 50 anos e 70 livros. “O Assassinato
de Roger Ackroyd” também foi o primeiro dos livros de Agatha Christie a ser
teatralizado – sob o nome de “Álibi” – e a fazer sucesso na West End de
Londres. “A Ratoeira”, sua mais famosa peça, estreou em 1952 e é a obra teatral
de maior duração em cartaz da história do teatro mundial. O mistério da
longevidade de “The Mousetrap” ainda está por desvendar. Com mais de 50 anos em
cartaz, um recorde absoluto de permanência em cena, comemorou um dos últimos
aniversários com a presença, entre a assistência, de 332 actores que já tinham
integrado o elenco, assim como a Rainha Isabel II, que também comemorou nesse
dia o Jubileu de Ouro do seu reinado. Como é habitual, Lorde Richard
Attemborough, de 78 anos (que na estreia assumiu o papel do sargento Trotte),
subiu ao palco no final para pedir à assistência para não revelar aos seus
amigos quem é o assassino.
Agatha Christie tornou-se “Dama na Ordem do Império
Britânico” em 1971. Morreu em 1976 e desde então vários livros seus foram
publicados postumamente. O romance “Um Crime Adormecido” apareceu mais tarde
nesse mesmo ano, alcançando grande sucesso, seguido por sua auto-biografia e da
colecção de pequenas histórias “Os Casos Finais de Miss Marple”, “Problem at
Pollensa Bay” e “Enquanto Houver Luz”. Em 1998, “Café Preto” foi a primeira de
suas peças a ser adaptada para o teatro por outro autor, Charles Osborne.
Voltemos a 1926 e a um dos grandes mistérios que
envolve a escritora. Depois de abandonada por Archie, Agatha Christie parece
enlouquecer, deixando a sua roupa interior e o carro pessoal junto de uma
estrada e desaparece durante onze dias. Um médico certifica que sofreu de
amnésia. Depois de muitas amarguras recupera o equilíbrio, sobretudo graças ao
apoio dos seus amigos e a um tratamento psiquiátrico.
O desaparecimento da autora foi noticiado na época nos
jornais e a tensão aumentou ao encontrarem seu carro com uma porta aberta à
beira de um lago, sem nenhum bilhete ou qualquer indício que poderia indicar o
paradeiro de Agatha. Chegou-se a pensar em rapto, assassinato e suicídio. A
polícia tomou conta da ocorrência, realizou uma vasta busca para encontrá-la.
Um maestro identificou uma foto com a autora num jornal e disse que a havia
visto num hotel e que tinha mesmo cantado e dançado com sua orquestra. No
hotel, estava registrada com o nome de Tessa Neele, a amante de seu ex-marido.
Disseram que Agatha estava sofrendo de amnésia por esgotamento nervoso.
Intensamente cercada pela imprensa, desenvolveu uma grande aversão aos
jornalistas. Até hoje não se sabe ao certo por que ela fez aquilo, se foi uma
atitude de desespero ou um simples golpe publicitário.
Numa digressão pelo Oriente, em Bagdad, conhece o arqueólogo Max Mallowan,
mais novo que ela catorze anos, apaixonando-se mutuamente e acabam por casar.
Um de seus livros, intitulado "O Caso dos Dez
Negrinhos" é um dos preferidos pelos leitores e causou muita polémica na
época em que foi escrito devido ao título. Mesmo assim, é muito aclamado pela
crítica e pelos leitores.
PRINCIPAIS OBRAS DE AGATHA CHRISTIE:
The Mysterious Affair at Styles (A Primeira
Investigação de Poirot)1920; The Secret
Adversary (O Adversário Secreto) 1922; Murder
on the Links (Poirot, o Golfe e o Crime) 1923; The Man in the Brown Suit (O Homem do Fato Castanho) 1924; The Secret of Chimneys (O Segredo de
Chimneys) 1925; The Murder of Roger
Ackroyd (O Assassinato de Roger Ackroyd) 1926; The Big Four (As Quatro Potências do Mal) 1927; The Mystery of the Blue Train (O
Mistério do Comboio Azul) 1928; Partners
in Crime (colecção de 15 histórias) (O Homem que era o nº 16) 1929; The Seven Dials Mystery (O Mistério dos
Sete Relógios) 1929; The Murder at the
Vicarage (Encontro com um Assassino) 1930; The Mysterious Mr. Quin O Misterioso Sr. Quin O Misterioso Mr. Quin
1930; The Sittaford Mystery (O
Mistério de Sittaford) 1931; Peril at
End House (A Diabólica Casa Isolada) 1932; The Hound of Death (11 mistérios curtos) 1933; Lord Edgware Dies (A Morte de Lorde Edgware) 1933; The Thirteen Problems (13 mistérios
curtos) (Os Treze Enigmas) 1933; Murder
on the Orient Express (Um Crime no Expresso do Oriente) 1934; Parker Pyne investigates (doze
mistérios curtos) (Parker Pyne Investiga) 1934; The Listerdale Mystery (doze mistérios curtos) (O Mistério de
Listerdale) 1934; Three Act Tragedy
(Tragédia em Três Actos)
1935; Why Didn't They Ask Evans?
(Perguntem a Evans) 1935; Death in the
Clouds (Morte nas Nuvens) 1935; The
A.B.C. Murders (Crimes do ABC) 1936; Murder
in Mesopotamia (Assassínio na Mesopotâmia) 1936; Cards on the Table (Cartas na Mesa) 1936; Death on the Nile (Morte no Nilo) 1937; Dumb Witness Poirot (Poirot Perde uma Cliente) 1937; Appointment with Death (Morte entre as
Ruínas) 1938; And Then There Were None
(publicado originalmente em inglês como Ten
Little Niggers) (Convite para a Morte) 1939; Murder is Easy (Matar é Fácil) 1939; The Regatta Mystery and Other Stories (Um acidente e outras
histórias) 1939; Hercule Poirot's
Christmas (O Natal de Poirot) 1939; Evil
Under the Sun (As Férias de Poirot) 1941; N or M? (Tempo de Espionagem) 1941; One, Two, Buckle My Shoe (Os Crimes Patrióticos) 1941; The Body in the Library (Um Cadáver na
Biblioteca) 1942; Five Little Pigs
Poirot (Desvenda o Passado) 1942; The
Moving Finger (O Enigma das Cartas Anónimas) 1942; Towards Zero (Contagem até Zero) 1944; Sparkling Cyanide (À Saúde da... Morte) 1944; Death Comes as the End (Morrer não é o Fim) 1945; The Hollow (Poirot, o Teatro e a Morte)
1946; The Labours of Hercules (doze
pequenas histórias) (Os Trabalhos de Hércules) 1947; Taken at the Flood (Arrastado na Torrente 1948; Witness For The Prosecution and Other
Stories (Testemunha da Acusação) 1948; Crooked
House (A Última Razão do Crime) 1949; Three
Blind Mice and Other Stories (Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias) 1950;
A Murder is Announced (Participa-se
um Crim) 1950; They Came to Baghdad
(Encontro em Bagdade) 1951; Mrs
McGinty's Dead (Poirot contra a Evidência) 1952; A Pocket Full of Rye (Centeio que Mata) 1953; After the Funeral (Os Abutres) 1953; Hickory Dickory Dock (Poirot e os Erros da Dactilógrafa) 1955; Destination Unknown (Destino
Desconhecido) 1955; Dead Man's Folly
(Poirot e o Jogo Macabro) 1956; 4.50
from Paddington (O Estranho Caso da Velha Curiosa) 1957; Ordeal by Innocence Cabo da Víbora)
1957; Cat Among the Pigeons (Poirot
e as Jóias do Príncipe) 1959; The
Adventure of the Christmas Pudding (A Aventura do Pudim de Natal) 1960;The Pale Horse (O Cavalo Pálido) 1961; The Mirror Crack'd from Side to Side (O
Espelho Quebrado) 1962; The Clocks
(Poirot e os 4 Relógios) 1963; A
Caribbean Mystery (Mistério nas Caraíbas) 1964; At Bertram's Hotel (Mistério em Hotel de Luxo) 1965; Third Girl (Poirot e a Terceira
Inquilina) 1966; Endless Night (Noite
Sem Fim) 1967; By the Pricking of My
Thumbs (Caminho para a Morte) 1968; Hallowe'en
Party (Poirot e o Encontro Juvenil) 1969; Passenger to Frankfurt (Passageiro para Francoforte) 1970; Nemesis (Nemesis) 1971; Elephants Can Remember (Os Elefantes
Não Esquecem) 1972; Postern of Fate
(Morte pela Porta das Traseiras) 1973; Poirot's
Early Cases (18 mistérios curtos) (Ninho de Vespas) 1974; Curtain Cai o Pano (O Último Caso de
Poirot) 1975; Sleeping Murder (Crime
Adormecido) 1976 (As datas referem o ano do lançamento editorial da versão
original.) Site oficial: http://uk.agathachristie.com/site/home/
AGATHA CHRISTlE NO CINEMA
Muitas têm sido as versões
cinematográficas de obras de Agatha Christie, uma das grandes escritoras do
romance policial contemporâneo. Muitas mais as adaptações a televisão, com
muitas e variadas séries. Aqui se dá nota de algumas das versões
cinematográficas.
Filmografia: 1931: Alibi (do
romance “O Assassino de Roger Ackroyd”), de Leslie Hiscott (EUA), com Austin
Trevor (Hercules Poirot); 1934: Lord Edgware Dies, de Henry Edward (EUA), com Austin Trevor (Hercules Poirot);
1936: Lave irom a Stranger (do conto “Philomel Cottage”), de Rowland V.
Lee (EUA). com Basil Rathbone e Ann Harding;
1945: And Then There Were None, do romance “Then Little Indians”, de René
Claire (EUA), com Walter Huston, Barry Fitzgerald, Louis- Hayward, Roland
Young; 1947: Love from a Stranger, de Richard Whorf (GB), com John Hodiak e
Sylvia Sidney; 1957: Witness For the Prosecution (Testemunha de Acusação),
segundo romance com título original “The Hound of Dead”, de Billy Wilder (EUA),
com Charles Laughton, Marlene Dietrich, Tyrone Power, Eisa Lanchaster; 1960:
Spkier's We, de Godfrey Grayson (EUA), com Glynis Johns e John Justin; 1962:
Murder She Said (O Estranho Caso da Velha Curiosa), de George Pollock, segundo
novela “4.50 from Paddington” (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple),
Charles Tingwell; 1963: Murder at the Gallop (A Velha Descobre o Crime), de
George Pollock, segundo a novela “After the Funeral” (GB), com Margareth
Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1964: Murder Must Foul (A Velha
Investiga), de George Pollock, (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple),
Charles Tingwell; 1964: Murder Ahoy (O Regresso da Velha Curiosa), de George
Pollock, (GB), com Margareth Rutherford (Miss Marple), Charles Tingwell; 1965:
Ten Little Indians, de George Pollock, (GB), com Stanley Holloway, Wilfrid Hyde White, Dennis Price, Leo Genn, Shirley
Eaton, Hugh O'Brien, Daliahavi, Fabian, Mario Adolf; 1966: The ABC Murder (O
Alfabeto do Crime), de Frank Tashlin
(GB), com Tony Randall (Hercules Poirot); 1971: Endless Night, de
Sidney Gilliat (GB), com Hayley Mills, Hywell Bennett e Britt Ekland; 1975: And
Then There Were None, segundo “Ten Little Indians”, de Petter Collinson (GB),
com Oliver Reed, Richard Attenborough, Elke Sommer, Herbert Lom, Gert Froebe,
Stephane Audran, Charles Aznavour, Adolfo Celi, Alberto de Mendonza e Maria
Rohm; 1975: Murder on the Orient Express (Um Crime no Expresso do Oriente) de
Sidney Lumet (GB), com Albert Finney (Hercules Poirot). Ingrid Bergman, Lauren
Bacall, Wendy Hiller, Sean Connery, Vanessa Redgrave, Michael York, Martin
Balsam, Richard Windmark, Jacqueline Bisset, Jean-Pierre Cassei, Rachel
Roberts, John Gielgud, Anthony Perkins, Colin Blakely; 1978: Death on the Nilo
(Morte no Nilo) de John Guillermin (GB). com Peter Ustinov (Hercules Poirot),
Bette Davis, Jane Birkin, Lois Chiles, Mia Farrow, John Finch, Olivia Hussey,
I. S. Johar, George Kennedy, Angela Lansbury, Simon Mac Corkindale, David
Niven, Maggie Smith, Jack Warden; 1978: Agatha (O Mistério de Agatha), de
Michael Apted, com Vanessa Redgrave (no papel de Agatha Christie), Austin
Hoffman; 1980: The Mirror Crack (O Espelho Quebrado) de Guy Hamilton (GB).
com Angela Lansbury (Miss Marple),
Geraldine Chaplin, Tony Curtis, Edward Fox, Rock Hudson, Kim Novak, Elisabeth
Taylor; 1982: Evil Under the Sun (Morte ao Sol), de Jolin Brabourne (GB), com
Peter Ustinov, Jane Birkin, James Mason, Roddy McDowall, Diana Rigg; 1984:
Ordeal by Innocence (A Forca para Um Inocente) de Desmond Davis (GB), com
Donald Sutherland, Sarah Miles, Christopher Plummer, Faye Dunaway, lan McShane;
1988: Appointment with Death (Morte Entre as Ruínas), de Michael Winner (GB),
com Peter Ustinov, Lauren Bacall, Carrie Fisher; 2008: Le Crime est Notre
Affaire (O Crime é a Nossa Profissão), de Pascal Thomas (Fr.), com Catherine
Frot, André Dussollier, Claude Rich.
JOHN GUILLERMIN (1925 - )
Nasceu em Londres, Inglaterra,
a 11 de Novembro de 1925, contando agora 88 anos. Estudou na universidade de
Cambridge. Depois de ter passado pela Royal Air Force com 22 anos, inicia a sua
carreira no cinema, em França, mas rapidamente passa a Hollywood, em 1950, onde
aprende os métodos da grande produção. Torna-se um realizador de grande
eficácia, muito procurado para filmes de orçamentos avultados, registando
vários sucessos de bilheteira. Os seus filmes
mais célebres são Tarzan's Greatest Adventure (1959), Tarzan Goes to India
(1962), Waltz of the Toreadors (1962), The Blue Max (1966), The Bridge at
Remagen (1969), The Towering Inferno (1974), King Kong (1976), Death on the
Nile (1978), Sheena (1984) and King Kong Lives (1986). Casado com Maureen
Connell (1956–?)
Filmografia
Como
realizador: 1949: High Jinks in Society; 1950: Torment; 1951: The
Smart Aleck; Two on the Tiles; Four Days; 1952: Miss Robin Hood; Song of Paris;
1953: Operation Diplomat; Strange Stories (episódio: The Strange Mr. Bartleby);
Your Favourite Story (TV) (4 episódios: Strange Journey, Work of Art, The
Strange Mr. Bartleby, An Eye for na Eye); 1954: The Crowded Day; Adventure in
the Hopfields; 1955: Tormenta; 1956: Thunderstorm; 1956-1957: The Adventures of
Aggie (TV) (15 episódios); 1957: Town on Trial (O Caso das Meias Assassinas);
1957-1958: Sailor of Fortune (TV) (13 episódios); 1958: Adventure in the
Hopfields; The Whole Truth (Um Crime na Riviera); I Was Monty's Double; 1959:
Tarzan's Greatest Adventure (A Maior Aventura de Tarzan); 1960: The Day They
Robbed the Bank of England; Never Let Go (Sem Olhar para Trás); 1962: Waltz of
the Toreadors (A Valsa do Galanteador); Tarzan Goes to India (Tarzan e os
Elefantes); 1964: Guns at Batasi (Revolta em Batasi); 1965: Rapture; 1966: The
Blue Max (Ambição de Glória); 1968: P.J. (Uma Nova Cara no Inferno); 1968:
House of Cards (A Sombra de Um Homem); 1969: The Bridge at Remagen (A Ponte da
Remagen); 1970: El Condor (O Tesouro de El Condor); 1972: Skyjacked (Piratas do
Ar); 1973: Shaft in Africa (Shaft em África), 1974: The Towering Inferno (A
Torre do Inferno); 1976: King Kong (King Kong); 1978: Death on the Nile (Morte
no Nilo); Death on the Nile: Making of Featurette (curta-metragem,TV); 1980:
Mr. Patman; 1984: Sheena (Sheena, a Rainha da Selva); 1986: King Kong Lives
(King Kong Vive!); 1988: The Tracker (TV).
PETER USTINOV (1921 – 2004)
Peter Alexander Freiherr von
Ustinov nasceu a 16 de Abril de 1921, em Swiss Cottage, Londres, Inglaterra, e
faleceu a 28 de Março de 2004, em Genolier, Suíça, vítima de ataque cardíaco,
provocado por diabetes. Gostava de afirmar-se descendente de russos, alemães,
franceses, italianos e etíopes, e “sem uma única gota de sangue inglês”.
Gabava-se das suas relações ancestrais com a nobreza russa e a família real da Etiópia.
“Sou um cidadão internacional, concebido na Rússia, nascido em Inglaterra,
trabalhando em Hollywood, vivendo na Suíça, e fazendo turismo por todo o
mundo”, disse uma vez. Estuda na Westminster School de Londres, depois da qual
passa para a London Theater School, com dezasseis anos. Em 1938, estreia-se
como actor e, aos dezoito anos, dispunha já de considerável público, como actor
cómico. Foi uma das personalidades mais carismáticas do mundo do espectáculo
inglês, com participação brilhante no teatro, no cinema na televisão, como
escritor, jornalista, declamador, etc. Escreveu, interpretou, encenou, produziu
inúmeras peças de teatro nos mais célebres teatros ingleses e americanos. Foi
duas vezes Oscar para Melhor Actor Secundário (“Spartacus” e “Topkapi”).
Nomeado ainda por “Quo Vadis?” e “Hot Millions”, neste caso na qualidade de
argumentista. Recebeu, em 1958, duas nomeações para os Tonys, como actor e
argumentista da peça teatral, "Romanoff and Juliet". Mas toda a sua
carreira foi coroada com centenas de prémios nos mais prestigiados festivais e
instituições. Teve uma importante actividade como defensor dos direitos
humanos, sendo membro de diversas instituições humanitárias, e pertencendo à
International Academy of Humanism. Falava fluentemente inglês, russo, francês,
alemão, espanhol e italiano. Casado com Isolde Denham (1940 - 1950), Suzanne
Cloutier (1954 - 1971) e Helene du Lau d'Allemans (1972 - 2004).
Filmografia
Como actor: A)
Cinema: 1940: Mein Kampf - My Crimes (documentário); 1941:
New Acres (curta-metragem); 1942: The Goose Steps Out, de Basil Dearden; Let
the People Sing; One of Our Aircraft Is Missing (Falta um dos Nossos Aviões),
de Michael Powell; 1943: The New Lot (curta-metragem); 1944: The Way Ahead (7
de Infantaria), de Carol Reed; 1949: Private Angelo, de Michael Anderson; 1950:
Odette, de Herbert Wilcox; 1951: Quo Vadis? (Quo Vadis?), de Mervyn LeRoy;
Hotel Sahara (Hotel Sahará), de Ken Annakin; The Magic Box, de John Boulting;
1952: Le Plaisir (O Prazer), de Max Ophüls (narrador, da versão inglesa); La
Bergère et le Ramoneur, de Paul Grimault
(narração, na versão inglesa); 1954: Beau Brummell (O Belo Brummell), de Curtis
Bernhardt; The Egyptian (O Egipcio), de Michael Curtiz; 1955: We're no Angels
(Veneno de Cobra), de Michael Curtiz; Lola Montès (Lola Montès), de Max Ophüls;
1956: I Girovaghi (Nós, os Homens), de Hugo Fregonese; The Legend of the Good
Beasts (curta-metragem); 1957: Les Espions (Os Espiões), de Henri-Georges
Clouzot; Un Àngel Pasó por Brooklyn (Um Anjo passou por Boklyn), de Ladislao
Vajda; 1959: Adventures of Mr. Wonderbird, de Pierre Grimault (só voz); 1960:
The Sundowners (Três Vidas Errantes), de Fred Zinnemann; 1960: Spartacus
(Spartacus), de Stanley Kubrick; 1961: Romanoff and Juliet (Romanoff e
Julieta), de Peter Ustinov; 1962: Billy Budd (A Lei do Mar), de Peter Ustinov;
1964: Topkapi (Topkapi), de Jules Dassin; 1965: Lady L (Lady L), de Peter
Ustinov; 1965: John Goldfarb, Please Come Home (Um Americano no Harlem), de
Jack Lee Thompson; 1965: The Peaches (Os Pêssegos) (curta-metragem); 1967: The
Comedians (Os Comediantes), de Peter Glenville; 1968: Blackbeard’s Ghost (O
Fantasma de Baba Negra), de Robert Stevenson; 1968: Hot Millions (Milhões
Escaldantes), d'Eric Till; 1969: Viva Max (Viva Max), de Jerry Paris; 1971:
Hammersmith Is out (A Engrenagem), de Peter Ustinov; 1973: Robin Hood (Robin
dos Bosques), de Wolfgang Reitherman (voz); 1975: One of Our Dinosaurs Is
Missing, de Robert Stevenson; 1976: Logan’s Run (Fuga no Século XXIII), de
Michael Anderson; Treasure of Matecumbe (Tesouro de Matecumbe), de Vincent
McEveety; 1977: The Last Remake of Beau Geste (A Mais Louca Aventura de Beau
Geste) de Marty Feldman; 1977: Un Taxi Mauve (Um Táxi Cor de Malva), d'Yves
Boisset; 1977: The Mouse and His Child, de Charles Swenson, Fred Wolf (voz);
1978: Death on the Nile (Morte no Nilo), de John Guillermin; 1978: Doppio
Delitto, de Steno; Metamorphoses, de Takashi (voz); 1979: Ashanti (Ashanti), de
Richard Fleischer; Tarka the Otte (O Reino de Tarka), de David Cobham (voz);
Nous Maigrirons Ensemble (Dos Gordos é que Elas Gostam), de Michel Vocoret;
1981: Charlie Chan and the Curse of the Dragon Queen (Charlie Chan e a Maldição
da Rainha), de Clive Donner; La Grande Aventure des Muppets (Os Marretas
contra-atacam), de Jim Henson; 1981: The Search for Santa Claus de Stan Swan
(curta-metragem); 1981: Grendel Grendel Grendel, de Alexander Stitt (voz);
1982: Evil Under the Sun (Morte ao Sol), de Guy Hamilton; Venezia, Carnevale -
Un amore, de Mario Lanfranchi; 1984: Memed my Hawk, de Peter Ustinov; 1988:
Appointment with Death (Morte Entre as Ruínas), de Michael Winner; 1989: La
Révolution Française, de Robert Enrico e Richard T. Heffron (episódio "Les
Années Lumière"); 1990: C'era un Castello con 40 Cani, de Duccio Tessari;
1992: Lorenzo's Oil (Acto de Amor), de George Miller; 1995: The Phoenix and the
Magic Carpet, de Zoran Perisic (voz); 1998: Stiff Upper Lips (Uma Comédia Sobre
Sexo e Outras Partes Marotas), de Gary Sinyor; 1999: The Bachelor (Noiva
Procura-se), de Gary Sinyor; 2002: The Will to Resist, de James Newton; 2002:
Luther, de Eric Till
B) na
televisão: 1966: Hallmark Hall of Fame; 1970: Hallmark Hall of
Fame; 1971: Hallmark Hall of Fame, todos de George Schaefer; 1973: Burt
Bacharach: Opus No. 3, de Dwight Hemion; 1976: Kein Abend wie jeder andere, de
Hermann Leitner; 1977: Jésus de Nazareth, de Franco Zeffirelli;1978: The Thief
of Baghdad, de Clive Donner; 1980: Strumpet City; 1982: Wortwechsel; 1983:
Imaginary Friends, de Michaël Darlow; 1984: Abgehört, de Rolf von Sydow; 1985:
Thirteen at Dinner (A Noite de Lord Edgware), de Lou Antonio; 1986: Murder in
Three Acts (Tragédia em Três Actos), de Gary Nelson; Dead Man's Folly (Poirot e
o Jogo Macabro), de Clive Donner; 1989: Around the World in 80 Days, de Buzz
Kulik; 1990: The Orchestra; 1993: Wings of the Red Star MIG Force; 1995: The
Old Curiosity Shop, de Kevin Connor; 1999: Alice in Wonderland, de Nick Willis;
1999: Animal Farm; 2000: Deutschlandspiel, de Hans-Christoph Blumenberg; 2001:
Victoria & Albert, de John Erman; 2002: Salem Witch Trials, de Joseph
Sargent; 2003: Winter Solstice, de Martyn Friend.
C) como
realizador: 1946: School for Secrets; 1948: Vice Versa; 1949:
Private Angelo; 1958: Omnibus (TV) (1 episódio: Moment of Truth); 1961:
Romanoff and Juliet; 1962: A Lei do Mar; 1965: Lady L; 1972: A Engrenagem; 1984: Memed My Hawk.
D) como
escritor: 1960, “Add a dash of pity”, Romance; 1961, “The
Loser”, Romance; 1966, “Frontiers of the sea”, Contos; 1971, “Krumnagel”,
Contos; 1977, “Dear Me”, autobiografia; 1983, “My Russia”, Viagens; 1989, “The
Desinformer”, Romance sobre a vida e a obra de Orson Welles; 1990, “The Old Man
and M. Smith”, Romance; 1991, “Ustinov at Large”, reunião de escritos vários;
1993, “God and the state railways”, Contos.
DAVID NIVEN (1910-1983)
James David
Graham Niven nasceu a 1 de Março de 1910, em Londres, Inglaterra, e viria a
falecer a 29 de Julho de 1983, com 73 anos, em Château-d'Oex, Suíça.
O pai era militar (que faleceu na Batalha de Galípoli em 1915) David
Niven começou por pretender seguir a carreira militar. Nos anos 1930, porém, muda-se para Hollywood, e surge em
variadíssimos filmes como figurante.
Contratado por Samuel Goldwin, aparece nalguns filmes protagonizados por Errol
Flynn até que, 1939, ganha o estrelato ao
lado de Ginger Rogers, em “Bachelor Mother”. Volta a Inglaterra, durante a II
Guerra Mundial, integrando as forças militares. É condecorado. De volta ao cinema, o filme “A
Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, interpretando a figura de Phileas Fogg,
torna-o celebre mundialmente. Ganha um Oscar, em 1958, como trabalho em “Separate Tables” (uma presença de apenas 15
minutos, o que faz dele o actor com menor tempo de actuação a ganhar o Oscar de
Melhor Actor). Interpretava o típico gentleman inglês, e surgiu em várias obras
muito populares, como “Os Canhões de Navarone” (1961) ou “A Pantera Cor-de-Rosa” (1963). Chegou a ser
pensado para interpretar 007, mas acabaria por si viver essa personagem em
“Casino Royale” (1967). Em 1971 lançou sua autobiografia “The Moon's a
Balloon”, que teria uma sequência em 1975. Casou duas vezes, a primeira com
Priula Rollo, casamento que acabaria com a morte da esposa, depois de uma queda
durante uma festa na casa de Tyrone Power. Casou-se anos depois com a modelo
sueca Hjordis Tersdemen.
Faleceu em seu
castelo suíço, vítima de Esclerose Lateral Amiotrófica, deixando incompleto um
novo volume de memórias. Encontra-se sepultado no Chateau D'Oex Cemetery,
Chateau D'Oex, Vaud, Suíça. Para lá do Oscar, ganhou ainda diversos outros prémios,
entre os quais dois Globos de Ouro, um 1958, também com “Separate Tables”, e
outro em 1953, com “The Moon is Blue”.
Filmografia
Como actor:
1932: There
Goes the Bride, de Albert de Courville; 1933: Eyes of Fate, de Ivar Campbell;
1934: Cleopatra (Cleópatra) de Cecil B. DeMille; 1935: Barbary Coast (Cidade
Sem Lei) de Howard Hawks; Splendor (O Preço de um Triunfo), de Elliott Nugent;
Without Regret, de Harold Young; Mutiny on the Bounty (Revolta na Bounty), de
Frank Lloyd (não creditado); 1936: Rose-Marie (Rose Marie), de W.S. Van Dyke;
Dodsworth (Veneno Europeu), de William Wyler; The Charge of the Light Brigade
(A Carga da Brigada Ligeira), de Michael Curtiz; Beloved Enemy (O Amor Nasceu
do Ódio), de H.C. Potter; Palm Springs,
de Aubrey Scotto; Thank You, Jeeves!, de
Arthur Greville Collins; 1937: The Prisoner of Zenda (O Prisioneiro do
Castelo de Zenda) de John Cromwell; Dinner at the Ritz (Jantar no Ritz) de
Harold D. Schuster; We Have Our Moments (Um Ladrão a Bordo), de Alfred L.
Werker; 1938: Bluebeard's Eighth Wife (A Oitava Mulher do Barba Azul), d'Ernst
Lubitsch; 1938: Four Men and a Prayer (O Juramento dos Quatro), de John Ford;
1938: Three Blind Mice (Precisam-se Três Maridos) de William A. Seiter; The
Dawn Patrol (A Patrulha da Alvorada), de Edmund Goulding; 1939: Wuthering
Heights (O Monte dos Vendavais), de William Wyler; Bachelor mother (Mãezinha à
Força) de Garson Kanin; The Real Glory (A Verdadeira Glória) de Henry Hathaway;
Eternally Yours (Fabricante de Mulheres), de Tay Garnett; Raffles, de Sam Wood;
1942: The First of the Few (Spitfire, o 1º Entre Poucos), de Leslie Howard;
1944: The Way Ahead (7 de Infantaria) de Carol Reed; 1946: Magnificent Doll (No
Limiar da Glória), de Frank Borzage; A Matter of Life and Death (Caso de Vida ou
Morte), de Michael Powell; The Perfect Marriage (O Casamento Perfeito), de
Lewis Allen; 1947: The Other Love (A Orquídea Branca), de André De Toth; 1947:
The Bishop's Wife (O Mensageiro do Céu), de Henry Koster; 1948: Bonnie Prince
Charlie (Aventuras do Príncipe Charlie),, de Anthony Kimmins; Enchantment
(Encantamento), de Irving Reis; 1949: A Kiss in the Dark (Um Beijo no Escuro),
de Delmer Daves; 1949: A Kiss for Corliss (Consequências de um Beijo), de
Richard Wallace; 1950: The Toast of New Orleans (Nas Redes do Amor), de Norman
Taurog; Nash Airflyte Theatre (TV); The Elusive Pimpernel (O Libertador) de
Michael Powell e Emeric Pressburger; 1951: Happy Go Lovely (Horas de Sonho), de
H. Bruce Humberstone; Soldiers Three (Três Grandes Amigos), de Tay Garnett;
Appointment with Venus (Entrevista com Venus), de Ralph Thomas; Schlitz
Playhouse of Stars (TV); 1952: The Lady Says No, de Frank Ross; Four Star Revue
(TV), Robert Montgomery Presents (TV), Celanese Theatre (TV), Chesterfield
Presents (TV); 1952-1953: Hollywood Opening Night (TV); 1952-1956: Four Star
Playhouse (TV); 1953: The Moon Is Blue (Ingénua... Até Certo Ponto), de Otto
Preminger; 1954: The Love Lottery (A Lotaria do Amor), de Charles Crichton;
Happy Ever After (Para Sempre Felizes), de Mario Zampi; 1955: Carrington V.C.,
de Anthony Asquith; The King's Thief (O Ladrão do Rei), de Robert Z. Leonard;
1956: The Birds and the Bees (O Tímido e a Vigarista), de Norman Taurog; The
Star and the Story (TV); Around the World in Eighty Days (A Volta ao Mundo em
Oitenta Dias), de Michael Anderson; 1957: Oh, Men ! Oh, Women ! (Os Noivos da
Minha Mulher), de Nunnally Johnson; The Return of Phileas Fog (curta-metragem);
The Little Hut (Dois Amores e uma Cabana), de Mark Robson; My Man Godfrey
(Irene e o Mordomo), de Henry Koster; The Silken Affair (Romance Proibido), de
Roy Kellino; Mr. Adams and Eve (TV); 1957-1958: Zane Grey Theater (TV);
Goodyear Theatre (TV); Alcoa Theatre (TV); 1958: Bonjour Tristesse (Bom Dia,
Tristeza), de Otto Preminger; Separate Tables (Vidas Separadas), de Delbert
Mann; 1959: Ask Any Girl (O Que Elas Querem é Casar), de Charles Walters; Happy
Anniversary (Feliz Aniversário), de David Miller; The David Niven Show
(TV); 1960: Please Don't Eat the Daisies
(Por Favor Não Comam os Malmequeres), de Charles Walters; The DuPont Show with
June Allyson (TV) 1961: I Due Nemici, de Guy Hamilton; The Guns of Navarone (Os
Canhões de Navarone), de J. Lee Thom;pson; 1962: La Città prigioniera, de
Joseph Anthony; The Best of Enemies (O Melhor dos Inimigos), de Guy Hamilton;
The Road to Hong Kong (A Caminho de Hong Kong), de Norman Panama; Guns of
Darkness (Armas na sombra), de Anthony Asquith; 1963: 55 Days at Peking (55
Dias em Pequim), de Nicholas Ray; The Pink Panther (A Pantera Cor-de-Rosa), de
Blake Edwards; Burke's Law (TV); Il Giorno più Corto, de Sergio Corbucci
(presença não confirmada); 1964: Bedtime Story (Os Sedutores), de Ralph Levy;
1964-1965: The Rogues (TV); 1965: Where the Spies Are (Passaporte para o
Desconhecido), de Val Guest; Lady L (Lady L), de Peter Ustinov; 1966: Eye of
the Devil, de J. Lee Thompson; 1967: Casino Royale (Casino Royale), de Val
Guest, Ken Hughes, John Huston, Joseph McGrath e Robert Parrish; 1968: Prudence
and the Pill (Sarilhos Conjugais), de Fielder Cook e Ronald Neame; The
Impossible Years (A Minha Filha é Um Problema), de Michael Gordon; 1969: The
Extraordinary Seaman (O Marinheiro Fantástico), de John Frankenheimer; 1969: Le
Cerveau (O Cérebro), de Gérard Oury; 1969: Before Winter Comes (Antes do
Inverno chegar), de J. Lee Thompson; 1971: The Statue (A Estátua), de Rod
Amateau; 1972: King, Queen, Knave, de Jerzy Skolimowski; 1974: Vampira, de
Clive Donner; Canterville Ghosts (TV), de Robin Miller; 1975: Paper Tiger, de
Ken Annakin; The Canterville Ghost (TV); The Remarkable Rocket
(curta-metragem); 1976: No Deposit, No Return (As Aventuras de Dois Jovens), de
Norman Tokar; 1976: Murder by Death (Um Cadáver de Sobremesa), de Robert Moore;
1977: Candleshoe (O Tesouro do Castelo), de Norman Tokar; 1978: Death on the Nile
(Morte no Nilo), de John Guillermin; 1979: A Nightingale Sang in Berkeley
Square, de Ralph Thomas; Escape to Athena (Fuga para Atenas), de George
Cosmatos; A Man Called Intrepid (TV); 1980: Rough Cut (Ladrão por Excelência),
de Don Siegel; The Sea Wolves: The Last Charge of the Calcutta Light Horse (Os
Comandos de Sua Majestade), de Andrew V. McLaglen; 1982: Better Late Than Never
(Mais Vale Tarde do Que Nunca), de Bryan Forbes; Trail of the Pink Panther (Na
Pista da Pantera), de Blake Edwards; 1983: Curse of the Pink Panther (A
Maldição da Pantera), de Blake Edwards.
Como realizador: 1958-1960: Zane Grey Theater
(TV) (2 episódios: The Vaunted (1958) e Wayfarers (1960).