sábado, 26 de abril de 2014

SESSÃO 14 (dupla): 6 DE MAIO DE 2014


A Máscara de Frankenstein (1957)

“The Curse of Frankenstein”, de 1957, marca uma data especial na história do cinema, por diversos aspectos. Na verdade, havia sido a Universal Studios, durante a década de 30, que havia dado o primeiro grande impulso ao cinema fantástico, com base na adaptação de alguns clássicos da literatura, como Frankenstein, Drácula, o Homem Lobo, A Múmia, entre outros. “Frankenstein”, de 1931, assinado por James Whale, havia sido o primeiro da série, lançando Boris Karloff na personagem do monstro (ou da “criatura”, como ficaria conhecida). Este filme seria seguido por alguns outros, como “A Noiva de Frankenstein” (1935) ou “O Filho de Frankenstein” (1939), falando só da personagem criada por Mary Shelley, mas, posteriormente, o género fantástico entrara numa progressiva decadência durante as décadas de 40 e 50, perdendo o interesse das plateias mundiais.
Em meados dos anos 50, em Inglaterra, uma produtora não muito conhecida, a Hammer Films, resolveu investir de novo neste tipo de filmes, mas renovando-os completamente e recriando-os sob uma nova óptica. Comprou os direitos à Universal e lançou-se no projecto de adaptar “The Curse of Frankenstein”, com argumento final de Jimmy Sangster e entregando a realização a Terence Fisher. Esta nova versão não queria ter nada a ver com as obras da década de 30, e por isso introduziram variantes consideráveis. A maior das quais, no caso de “The Curse of Frankenstein”, foi desviar a atenção da “criatura” e centrá-la na personagem do Barão Victor Frankenstein, contrariando um pouco a tendência popular de chamar Frankenstein à criatura e não ao cientista que a criara. Isso permitia a Peter Cushing, o actor escolhido para interpretar o papel do Barão, um trabalho invulgar, de rigor e contenção, que o tornaria a partir daí um actor de culto, bem assim como Chistopher Lee, a quem foi entregue o ingrato papel de monstro criado no laboratório de lunático (ou visionário?) que se quis substituir ao papel da natureza. Mas as alterações não se ficaram por aí. As adaptações ao espírito do tempo foram múltiplas, e algumas também tiveram a ver com a evolução tecnológica. Os filmes de finais dos anos 50 utilizavam um Technicolor luxuriante, onde o vermelho do sangue criava um ambiente de horror muito mais realista. Mas, fundamentalmente, foi o retrato das personagens que evoluiu de forma a adequá-las a uma nova época, o que foi sobretudo notado na posterior versão de “Drácula”, com um sedutor vampiro, bastante afastado do estilo algo sobrecarregado de Bela Lugosi.


Rodado entre 19 de Novembro de 1956 e 3 de Janeiro de 1957, e estreado ainda neste ano, “The Curse of Frankenstein” tornar-se-ia rapidamente no maior êxito de bilheteira do cinema inglês até aí, e posteriormente ainda durante baste tempo. Este sucesso iria catapultar o cinema fantástico de novo para ribalta das produções internacionais e as obras protagonizadas pelos mitos tradicionais do fantástico, e por muitos outros entretanto surgidos da imaginação de argumentistas, multiplicaram-se nas décadas seguintes. Falando só de Frankenstein, as sequelas da Hammer foram várias: “The Revenge of Frankenstein” (1958), “The Evil of Frankenstein” (1964), “Frankenstein Created Woman” (1967), “Horror of Frankenstein” (1970) ou “Frankenstein and the Monster from Hell” (1973).
O argumento de “The Curse of Frankenstein” aproxima-se e afasta-se de Mary Shelley consoante as cenas. Passado em 1880, vamos encontrar o Barão de Frankenstein na prisão, aguardando a sua execução na manhã seguinte e confessando a um padre a história da sua vida. Todo o filme se organiza assim num longo flashback, que vai encontrar Victor Frankenstein adolescente, quando aceita como tutor e professor Paul Krempe, iniciando-se assim uma amizade e cumplicidade científica que vai prolongar-se por décadas. Frankenstein dispõe de um laboratório no seu vetusto palácio, onde investiga a forma de ressuscitar mortos, o que consegue com um cão, aventurando-se depois ao seu grande sonho. Criar um ser vivo. Recupera o corpo de um sentenciado à forca, as mãos de um pianista entretanto falecido, o cérebro de um cientista que foi obrigado a falecer para o efeito. Mas, nesta altura, já Paul Krempe se rebelara contra as experiências e, de uma luta entre ambos, resulta um cérebro danificado e, necessariamente, uma “criatura” descontrolada, com instinto assassinos. A história progride, até o filme regressar ao cárcere e dar por encerrado o flashback.
A realização de Terence Fisher é sóbria e segura, criando um excelente clima gótico, quer pelos bem concebidos cenários e guarda-roupa, de bom gosto e cuidada reconstituição, quer pelo próprio ritmo imposto, criando uma progressiva ansiedade. O palácio e os seus interiores, a paisagem circundante, os túmulos e os cadáveres, o aparecimento de órgãos isolados (as mãos, os olhos, o cérebro…), tudo isso vai criando uma atmosfera de violência, a que a insensibilidade do Barão, cego na sua ânsia de criar um ser novo, de se equiparar ao Criador, torna mais cruel todos os passos. Pode dizer-se que, hoje em dia, a violência visível neste “The Curse of Frankenstein” é extremamente “ingénua” se comparada com o “gore” presente nos modernos filmes de terror. É conveniente, todavia, colocar a obra no ano em que se estreou e compreender o impacto que então desencadeou. Para muitos, como é por exemplo o meu caso, este tipo de fantástico, mais psicológico do que excessivamente exteriorizado pelo sangue derramado, funciona muito melhor. É mais sóbrio, mais contido, mais propício a leituras psicanalíticas e sociológicas do que a exposição descarnada de alguns talhos cinematográficos que exploram os mais primários instintos dos espectadores.

A máscara de Frankenstein
Título Original: The Curse of Frankenstein
Realização: Terence Fisher (Inglaterra, 1957); Argumento: Jimmy Sangster, segundo romance de Mary Shelley; Produção: Michael Carreras, Anthony Hinds, Anthony Nelson Keys, Max Rosenberg; Música: James Bernard; Fotografia (cor): Jack Asher; Montagem: James Needs; Casting: Dorothy Holloway;  Design de produção: Bernard Robinson; Direcção artística: Ted Marshall; Guarda-roupa: Molly Arbuthnot; Maquilhagem: Philip Leakey, Henry Montsash; Direcção de Produção: Don Weeks, James Carreras; Assistentes de realização: Derek Whitehurst, Hugh Harlow, Jimmy Komisarjevsky; Departamento de arte: Arthur Banks, Don Mingaye, Tom Money, Fred Ricketts; Som: Jock May; Efeitos visuais: Les Bowie; Companhias de produção: Hammer Film Productions, Warner Bros. Pictures inc.; Intérpretes: Peter Cushing (Victor Frankenstein), Hazel Court (Elizabeth), Robert Urquhart (Paul Krempe), Christopher Lee (criatura), Melvyn Hayes (jovem Victor), Valerie Gaunt (Justine), Paul Hardtmuth (Professor Bernstein), Noel Hood, Fred Johnson, Claude Kingston, Alex Gallier, Michael Mulcaster, Andrew Leigh, Ann Blake, Sally Walsh, Middleton Woods,  Raymond Ray, Josef Behrmann, Henry Caine, Trevor Davis, Marjorie Hume, Ernest Jay, Eugene Leahy, Bartlett Mullins, Raymond Rollett, etc. Duração: 82 minutos; Distribuição em Portugal: inexistente; Cópia disponível (DVD): Warner Home Vídeo (Brasil); Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 11 de Novembro de 1957.

Christopher Lee (1922 -)
Christopher Frank Carandini Lee nasceu em Belgravia, Londres, Inglaterra, a 27 de Maio de 1922 (no mesmo dia em que Vincent Price nasceu e um dia antes de Peter Cushing, que se tornaria um dos seus grandes amigos). Estudou no Wellington College e no King's College de Eton. Fala com fluência oito línguas. De 1940 a 1945, combate pela R.A.F. Ingressa na Rank Organisation em 1947. Actua em numerosos filmes como secundário, até que, em 1957, interpreta com êxito assinalável, uma nova versão do monstro de Frankenstein, “Curse of Frankenstein”, de Terence Fisher, já na Hammer Films, onde, ao lado de Peter Cushing, se torna um actor de culto. A sua extraordinária caracterização como Conde Drácula, favorecida pela silhueta esguia e os traços angulosos do rosto, valeram-lhe a fama, o interesse do público e o destaque da crítica. Conta assim, como tudo aconteceu: “Ainda não sei muito bem como me tornei especialista deste tipo de cinema fantástico. Uma tarde, quando estava no escritório do meu agente em Londres, ele disse-me que iam rodar um “Frankenstein” em Inglaterra e que era a Hammer que tinha comprado os direitos. Eu não sabia de nada. Já tinha visto alguns filmes de terror, que me tinham aterrorizado, como toda a gente, quando tinha quinze anos. Parece-me que com o Boris Karloff. O meu agente perguntou-me se me interessava. Claro que sim, respondi. Primeiro porque é preciso viver, trabalhar. Então propôs-me o papel de monstro de Frankenstein. Porque não? Descobri rapidamente que era um personagem apaixonante, quase um papel de mímica. Sabia um pouco dessas coisas e tinha a altura do personagem. Então, não foi para mim senão um novo papel, uma nova criação e eu não via “The Curse of Frankenstein” de outra maneira”. (Christopher Lee - M. M. Fantastique, nº14).
A partir de certa altura, começa a ser requisitado por alguns grandes cineastas, tanto ingleses como americanos, para lá do seu mestre Terence Fisher: Richard Lester, Steven Spielberg, George Lucas, Tim Burton, Peter Jackson, etc.  
Em 2009, foi condecorado com a Ordem do Império Britânico, pelo seu contributo à arte dramática. Em 2011 foi condecorado pelo governo francês com a Comenda das Artes e das Letras. Numa recente votação da televisão inglesa, Sir Christopher Lee foi considerado o 31º maior actor de sempre, à frente de nomes como John Wayne, Michael Caine ou Humphrey Bogart. Com 1,96 de altura, foi considerado o actor-protagonista mais alto da história do cinema. Ele e a mulher eram amigos inseparáveis de Boris Karloff e da mulher deste, porque viviam em Londres em casa vizinhas.
Vindo de uma família aristocrática, tendo tido um padrasto banqueiro, Chris teve uma cuidada educação. Homem de grande cultura e bom gosto, é dado à leitura e à música, tendo colaborado com grupos musicais e editado um disco de canções, "Christopher Lee: Revelation". Admirador de J.R.R. Tolkien, conhecia toda a sua obra, antes de ser chamado a interpretar a trilogia “O Senhor dos Anéis” ou “The Hobit”. Nessa altura, foi mesmo por vezes consultado como conselheiro.
Uma vez, durante as filmagens de “O Horror de Drácula” (1958), Chris tinha que levar ao colo uma actriz para a colocar no túmulo. A actriz era pesada demais e acabou caindo no túmulo, juntamente com o actor. “Eu não interpreto mais monstros”, disse um dia, e acrescentou: “Drácula é diferente, é uma personagem muito excitante”. Mas, tempos depois corrigiu: “Há muitos vampiros hoje em dia no mundo – basta pensar na indústria dos filmes”.

Filmografia (não exaustiva; na totalidade cerca de 280 títulos, entre cinema, televisão e jogos de vídeo)
Como ator (Drácula Personagem na): 1958: Horror of Dracula (Horror of Dracula O), Terence Fisher; 1965: Dracula: Prince of Darkness (Drácula, o Príncipe das Trevas), Terence Fisher; 1968: Drácula subiu de sua sepultura (O Sinal Dracula), Freddie Francis; 1969: Taste the Blood of Dracula (Drácula provem ou Sangue), Peter Sasdy; 1970: o Conde Drácula (Drácula, o Príncipe das Trevas O), Jesus Franco; 1970: Cuadecuc, Vampir, Pere Portabella; 1970: One More Time (O Morto foi ou Outro) Jerry Lewis; 1970: Cicatrizes de Drácula (Scars of Dracula As) Roy Ward Baker; 1972: Dracula AD 1972 (Drácula 72), Alan Gibson; 1974: Os ritos satânicos de Drácula, Alan Gibson; 1976: Drácula père et fils (Drácula Pai e Filho) de 'Édouard Molinaro
Produções da Hammer Film onde apareceu: 1957: The Curse of Frankenstein (A Máscara de Frankenstein), de Terence Fisher; 1958: Horror of Dracula (O Horror de Drácula), de Terence Fisher; 1959: The Hound of the Baskervilles (O Cão dos Baskervilles), de Terence Fisher; The Mummy (A Múmia), de Terence Fisher; The Man Who Could Cheat Death (O Homem Que Enganou a Morte), de Terence Fisher; 1960: The Two Faces of Dr. Jekyll (As Duas Faces do Dr. Jekyll), de Terence Fisher; 1961: Taste of Fear ou Scream of Fear (O Sabor do Medo), de Seth Holt; 1962: The Pirates of Blood River (Os Piratas do Rio Sangrento), de John Gilling; 1964: The Devil-Ship Pirates (O Barco Dos Piratas), de Don Sharp; The Gorgon (A Morte Passou Por Perto), de Terence Fisher; 1965: She (A Deusa da Cidade Perdida), de Robert Day; Dracula: Prince of Darkness (Drácula, Príncipe das Trevas),  de Terence Fisher; 1966: Rasputin: The Mad Monk (Rasputine, o Monge Louco), de Don Sharp; 1968: Dracula Has Risen From His Grave (O Sinal de Drácula), Freddie Francis; 1970: Taste the Blood of Dracula (Provem o Sangue de Drácula), de Peter Sasdy; Scars of Dracula (As Cicatrizes de Drácula), Roy Ward Baker; 1972: Dracula A.D. 1972 (Dracula 72), de Alan Gibson; 1974: The Satanic Rites of Dracula, de Alan Gibson; 1976: To the Devil a Daughter (O Emissário do Diabo),  de Peter Sykes;
Filmes interpretados com Peter Cushing: 1948: Hamlet, de Laurence Olivier; 1952: Moulin Rouge, de John Huston, 1957: The Curse of Frankenstein, de Terence Fisher; 1958: Horror of Dracula, de Terence Fisher; 1959: O Cão dos Baskervilles, de Terence Fisher; A Múmia, de Terence Fisher; 1961: O agente do diabo, de John Paddy Carstairs; 1964: O Gorgon, de Terence Fisher; 1965: Casa do Dr. Terror of Horrors) de Freddie Francis; Ela) de Robert Day; A Caveira (A Caveira), de Freddie Francis; 1967: Night of the Big Calor, de Terence Fisher; 1969: Grito Again and Again, de Gordon Hessler; 1970: A casa que derramou sangue (A Casa Que Escorria Sangue), de Peter Duffell; 1971: I, Monster, de Stephen Weeks; 1972: Nothing But the Night, de Peter Sasdy; Dracula AD 1972, de Alan Gibson; 1973: A Carne Viva, de Freddie Francis; Horror Express, de Eugenio Martin; 1979: Aventura árabe (O Tapete Voador) de Kevin Connor; 1983: Le Manoir de la Peur, de Pete Walker; 
Outras  interpretações importantes: 1946-1947: estreia em Kaleidoscope (série de TV); 1950: Captain Horatio Hornblower R.N (O Mundo nos seus Braços), de Raoul Walsh; 1952: The Crimson Pirate (O Pirata Vermelho), de Robert Siodmak; 1955: That Lady (A Favorita do Rei), de  Terence Young; Storm Over The Nile (As Quatro Penas), de  Zoltan Korda e Terence Young;  1956: Moby Dick (Moby Dick), de John Huston; The Battle of The River Plate (A Batalha do Rio da Prata), de Michael Powell; Beyond Mombasa (Ao Sul de Mombasa), de Georges Marshall;  I'll Met By Moonllght (Perigo Nas Sombras), de M. Powell e E. Pressburger;  1957-Bitter Victory (Vitória Amarga), de Nicholas Ray;  Tale Of Two Cites (A Sombra da Guilhotina), de Ralph Thomas; Ercole Al Centro Della Terra (Hercules Contra os Vampiros), de  Mário Bava; Dr. Terror's House of Horrors (O Comboio Fantasma), de Freddie Francis; The Face Of Fu-Manchu (O Misterioso Dr. Fu-Manchu), de Don Sharp; The Theatre Of Death (O Teatro da Morte), de Sam Gallu; The Brides Of Fu-Manchu (As Noivas de Fu-Manchú), de Don Sharp; The Curse Of Crimson Altar (A Maldição do Altar Vermelho), de  Vernon Sewell; 1970-The Oblong Box (O Caixão), de Gordon Hessler; Scream And Scream Again, de  Gordon Hessler; 1973: Os Três Mosqueteiros (The Three  Musketeers), de de Richard Lester;  The Wicker Man (O Sacrifício), de Robin Hardy; The Creeping Flesh (Em Carne Viva), de Freddie Francis; Dark Places (A Maldição da Mansão Sombria), de Don Sharp: 1974: The Man with the Golden Gun (007 - O Homem da Pistola Dourada), de Guy Hamilton; The Four Musketeers (Os Quatro Mosqueteiros – A Vingança de Milady), de Richard Lester; 1976: To the Devil a Daughter (O Emissário do Diabo), de Peter Sykes; 1977: Airport '77 (Aeroporto 77), de Jerry Jameson;  1978: Caravans (Caravanas), de James Fargo; 1979: 1941 (1941 - Ano Louco em Hollywood), de Steven Spielberg;  The Passage (A Passagem), de J. Lee Thompson; 1983: House of the Long Shadows (A Noite das Facas Longas), de Pete Walker; 1989: The Return of the Musketeers (O Regresso dos Três Mosqueteiros), de Richard Lester; 1990: Gremlins 2: The New Batch (Gremlins 2: A Nova Geração), de Joe Dante;  1992: The Young Indiana Jones Chronicles (Indiana Jones - Crónicas da Juventude), de Steven Spielberg;  (Série de TV);  1999: A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow), de Tim Burton; 2001: O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring), de  Peter Jackson; 2002: The Lord of the Rings: The Two Towers (O Senhor dos Anéis - As Duas Torres), de Peter Jackson; Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones (Star Wars: Episode II - Attack of the Clones), de George Lucas; 2003: The Lord of the Rings: The Return of the King (O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei) , de Peter Jackson; 2005: Corpse Bride (A Noiva Cadáver), de Tim Burton e Mike Johnson; Charlie e a Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory), de Tim Burton; 2005: Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith), de George Lucas; 2007: The Golden Compass (A Bússola Dourada), de Chris Weitz; 2008: Star Wars - A Guerra dos Clones (Star Wars: The Clone Wars), de George Lucas; 2010: Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland), de Tim Burton; 2010: Dark Shadows (Sombras da Escuridão), de Tim Burton; 2011: A Invenção de Hugo (Hugo), de Martin Scorsese; 2012: O Hobbit: Uma Viagem Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey), de  Peter Jackson; 2013: Comboio Nocturno para Lisboa (Night Train to Lisbon)), de  Bille August; 1914: The Hobbit: There and Back Again, de Peter Jackson (em rodagem).

Peter Cushing (1913-1994)
Peter Wilton Cushing nasceu a 26 de Maio de 1913, em Surrey, Inglaterra, e faleceu a 11 de agosto de 1994, em Canterbury, Inglaterra, aos 81 anos. Casado com Violet Helene Beck (1943–1971). Uma tia actriz iniciou-o na arte de representação, desde muito cedo. Interessava-se também pelo desenho. Estudou na Guildhall School of Music and Drama, de Londres. Muda-se para Hollywood, em 1939, onde se estreia no cinema, em “O Homem da Máscara de Ferro” (The Man in the Iron Mask), nesse mesmo ano. Em Nova Iorque passou pela Broadway e depois por palcos do Canadá. Regressa a Inglaterra, durante a II Guerra Mundial, contribuindo com a sua colaboração na Associação de Serviços Militares de Entretenimento.
Depois da guerra, surge no filme de Laurence Olivier, “Hamlet”. Durante a década de 50, foi um rosto popular na televisão, mas tornou-se célebre a trabalhar para a Hammer Film Productions, em novas versões de mitos do cinema fantástico, como Frankenstein ou Drácula, quase sempre sob as ordens de Terence Fisher. As suas composições de Sherlock Holmes, Barão Frankeinstein ou Van Helsing ficaram lendárias. Trabalhou inúmeras vezes com o seu amigo Christopher Lee. Durante várias décadas, alimentou o fantástico inglês. George Lucas chamou-o para actura em “Star Wars Episode IV: A New Hope” (1977). Em 1989, foi nomeado Oficial do Império Britânico em reconhecimento das suas contribuições para a profissão de actor, no Reino Unido e internacionalmente. Lutou contra o cancro da próstata durante doze anos. Diagnosticado em 1982, recusou a cirurgia, retirou-se para Whitstable, no Kent, para uma casa à beira-mar, e escreveu duas autobiografias e dedicou-se a uma das suas paixões, as aves. Pintou aguarelas e ilustrou o livro infantil de Lewis Carroll. Era patrono da Sociedade Vegetariana. Morreu a 11 de Agosto de 1994, neste caso de “doença prolongada”.

Filmografia
Como ator

1939: O Homem da Máscara de Ferro (O Homem da Máscara de Ferro), de James Whale; 1940: Laddie, de Jack Hively; Vigília na Noite, de (Noites de Angústia), de George Stevens; 1940: Um Chump em Oxford (Campeões de Oxford), de Alfred J. Goulding; O Mestre Invisível (Curta-metragem); Mulheres em Guerra (Mulheres na Guerra), de John H. Auer; Os Howards de Virginia (Paixão da Liberdade), de Frank Lloyd; Sonhos: Primeiro Dreamer (Curta-metragem); 1941: Não se atrevem Love (APOS uma Derrota); de James Whale, Victor Fleming, Charles Vidor; 1948: Hamlet (Hmlet), de Laurence Oliver; 1951: BBC Sunday Night Theatre: Eden End (TV); 1951: Quando nos casamos (TV); 1952: Se isto é erro (TV); BBC Sunday Night Theatre: Bird in Hand (TV); Orgulho e Preconceito (série de TV); 1952: Moulin Rouge (Moulin Rouge), de John Huston; The Swan Prata (TV); Asmodée (TV); 1953: Viveiro Nook (TV); Um Sucesso Social (TV); You Are There (Série de TV); Epitaph for a Spy (série de TV): O Nobre espanhol (TV); 1953-1957: BBC Sunday Night Theatre (VÁRIOS TV episodios); 1954: The Face of Love (TV); Nineteen Eighty-Four (TV); O Black Knight (O Cavaleiro do Rei Artur), de Tay Garnett; 1955: The Creature (TV); 1955: A Versão Browning (TV); The End of the Affair (O ​​Fim da Aventura), de Edward Dmytryk; Magia Fogo (Fogo Mágico), de William Dieterle; Richard de Bordeaux (TV); 1956: Alexandre, o Grande (Alexandre, o Grande), de Robert Rossen; 1957: Início de Sete (TV); Tempo Without Pity (Tempo Impiedoso), de Joseph Losey; The Curse of Frankenstein (A Máscara de Frankenstein), de Terence Fisher; O Abominável Homem das Neves (O Abominável Homem das Neves), de Val Guest; 1958: o tio Harry (TV); The Winslow Boy (TV); Horror of Dracula (O Horror de Drácula), de Terence Fisher; Parque violento, de Basil Dearden; A Vingança de Frankenstein (A Vingança de Frankenstein), de Terence Fisher; 1959: O Cão dos Baskervilles (O Cão dos Baskervilles), de Terence Fisher; John Paul Jones, de John Farrow; The Mummy (A Múmia), de Terence Fisher; 1960: a carne e os Demônios, de John Gilling; Cone do Silêncio, de Charles Frend; As noivas de Dracula (como Noivas de Drácula), de Terence Fisher; O suspeito, de John Boulting, Roy Boulting; Sword of Sherwood Forest (Uma Aventura de Robin dos Bosques), de Terence Fisher; 1961: Dinheiro on Demand, de Quentin Lawrence; O Hellfire Club (O Clube do Diabo), de Robert S. Baker, Monty Berman; Fúria em Smugglers 'Bay (O Mar das Tormentas), de John Gilling; O Nacked Edge, de Michael Anderson; 1962: Capitão Clegg (Taberna Maldita), de Peter Graham Scott; Paz com Terror (TV); Drama 61-67 (Série de TV); Agente do diabo, de John Paddy Carstairs (Cenas retiradas); 1963: O Homem que finalmente morreu, de Quentin Lawrence; Comedy Playhouse (Série de TV); A propagação da Águia (Série de TV); Paz com Terror (TV), ITV Television Playhouse (Série de TV); 1964: História Parade (Série de TV); The Evil of Frankenstein, de Freddie Francis; The Caves of Steel (TV); O Gorgon (A Morte Passou Por Perto), de Terence Fisher; 1965: Casa do Dr. Terror of Horrors (O Comboio Fantasma), de Freddie Francis; Ela (A Deusa da Cidade Perdida), de Robert Day; A Caveira (A Caveira), de Freddie Francis; Dr. Who e os Daleks, de Gordon Flemyng; Trinta e Minute Theatre (Série de TV); 1966: Ilha do Terror, de Terence Fisher; Daleks 'Invasion Earth: 2150 AD, de Gordon Flemyng; 1967: Night of the Big Calor, de Terence Fisher; Torture Garden, de Freddie Francis; Alguns podem viver, de Vernon Sewell; Frankenstein Criou a Mulher (Frankenstein CRIOU uma Mulher), de Terence Fisher; Os Vingadores (Série de TV); 1968: The Blood Besta Terror, de Vernon Sewell; Corrupção, de Robert Hartford-Davis; Sherlock Holmes (Série de TV); 1969: Frankenstein Must Be Destroyed (O Barão de Frankenstein); de Terence Fisher; 1970: Grito e gritar de novo, de Gordon Hessler; One More Time (O Morto era o Outro), de Jerry Lewis; The Vampire Lovers, de Roy Ward Baker; Incenso para o Damned, de Michael Burrowes (Robert Hartford-Davis); 1971: A casa que derramou sangue (A Casa Que Escorria Sangue), de Peter Duffell; Twins of Evil (Como Servas de Drácula), de John Hough; Eu, Monstro, de Stephen Weeks; 1972: Nothing But the Night, de Peter Sasdy; Contos da cripta, de Freddie Francis; Além Edge (TV) da Água: Dracula AD 1972 (Drácula 72), de Alan Gibson; Fear in the Night (A Teia), de Jimmy Sangster; Dr. Phibes Rises Novamente, de Robert Fuest; Asilo (Lua Vermelha), de Roy Ward Baker; Além Edge (TV) da água; 1973: From Beyond the Grave (Do Outro Lado da Sepultura), de Kevin Connor; A Carne Viva (Em Carne Viva), de Freddie Francis; E agora o começa a gritar, de Roy Ward Baker!; Os ritos satânicos de Drácula, de Alan Gibson; Horror Express, de Eugenio Martín; La Grande Bretèche, na Série de TV de Orson Welles; Grandes Mistérios (série de TV); 1974: Shatter, de Michael Carreras, Monte Hellman (este, creditado NAO); Madhouse (A Mansão da Loucura), de Jim Clark; The Beast Must Die, de Paul Annett; Frankenstein eo Monstro do Inferno (Frankenstein EO Monstro do Inferno), de Terence Fisher; La Grande Trouille UO Tendre Drácula, de Pierre Grunstein; A Lenda dos 7 Ouro Vampiros, de Roy Ward Baker, Cheh Chang; O Zoo Gang (série de TV); 1975: A Lenda do Lobisomem (A Lenda do Lobisomem), de Freddie Francis; O Ghoul (O Monstro do Pântano), de Freddie Francis; 1976: Trial by Combat (Julgamento POR Combate), de Kevin Connor; No núcleo da Terra, de Kevin Connor; Homens do diabo UO Terra do Minotauro, de Kostas Karagiannis; A Grande Houdini (TV); Looks Familiar (Série de TV); Espaço: 1999 (Série de TV); The New Avengers (Série de TV); 1977: Star Wars: Episódio IV Guerra nas Estrelas (Star Wars: Episodio IV - Uma Nova Esperança), de George Lucas; Ondas de Choque, de Ken Wiederhorn; O Uncanny, de Denis Héroux; Morre Standarte, de Ottokar Runze; 1978: Filho de Hitler, de Rod Amateau; 1979: A Touch of the Sun, de Peter Curran; Aventura árabe (O Tapete Voador), de Kevin Connor; 1980: Black Jack UO Asalto al casino, de Max H. Boulois; Um Conto de Duas Cidades (TV); Hammer House of Horror (Série de TV); 1981: Misterio en la Isla de los Monstruos (O Mistério da Ilha dos Monstros), de Juan Piquer Simón; 1983: A Casa das Sombras longas (A Noite das Facas Longas), de Pete Walker; As Máscaras da Morte (TV); Helen Keller: O Milagre Continua (TV); Top Secret! (Ultra Secreto), de Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker; Sword of the Valiant: A Lenda de Sir Gawain eo Cavaleiro Verde (A Espada dos Valentes), Semanas de Stephen; 1986: Biggles (Viagem no Tempo), de John Hough; 2011: Star Wars: The Clone Wars (série de TV), Onde surgir hum duplo Seu, los Imagem digital.

Sem comentários:

Enviar um comentário