Dracula (1958)
Se "A Máscara de Frankenstein" inaugurou o ciclo de cinema de terror da Hammer, em 1957, "Horror de Drácula" FAZ reaparecer este outro mito no ano seguinte, com UM filme admirável, sob a máscara inquietante de Um Jovem ator, Christopher Lee , que restitui o fascínio de UM Bela Lugosi, agora desenhado em ambientes de UM vigoroso erotismo que vai ao encontro da interpretacao do mito do vampiro dado por Ornella Volta: Uma atitude oposta (ou contrário) à proposta Pela necrofilia, UMA tentativa de permanecer para Alem da morte através de umha intensa atividade sexual post mortem. Mais interessante ainda tendo em conta a época em que o filme é estreado, Dois anos antes do início dos anos 60, marcados Pela libertação sexual, cabelo "Make love, not war" Pela emancipação da mulher, Pela luta pêlos direitos humanos, etc. O novo vampiro, Um sedutor erótico que FAZ as delícias das mulheres que ataca e que se lhe entregam ostensivamente.
O argumento de “O Horror de Drácula”,
extraído mais uma vez de Bram Stoker, é, desta feita, assinado por Jimmy
Sangster, um argumentista que viria a notabilizar-se pela qualidade das
adaptações feitas para a Hammer. Estamos de novo no século XIX, em Klausenberg,
na Bavária, onde Jonathan Harker se emprega, como bibliotecário do Conde
Drácula, num castelo tido por medonho pelos habitantes das circundezas. Harker
quer pôr fim aos crimes do vampiro, mas acaba por sucumbir a um dos ataques do
Conde. Será um amigo de Harker, o doutor Van Helsing, quem retomará as
investigações, começando por descobrir que Lucy, noiva de Harker, fora também
vampirizada. Este facto traz até ao castelo dois novos personagens, Arthur
Holmwood, o irmão de Lucy, e a namorada, Mina, reforços úteis à tarefa de Van
Helsing.
Para libertar Lucy da condenação
eterna, Van Helsing espeta-lhe uma estaca no peito. No entanto, o conde
contra-ataca e rapta Mina, com quem pretende fugir pelos subterrâneos do
castelo. Conhecedor profundo do vampirismo, Van Helsing sabe os antídotos
possíveis para este estado de coisas e, no meio da obscuridade em que Drácula
vive, abre uma janela que deixa a luz penetrar nas trevas e destruir a figura
do Conde. Com a morte de Drácula, Mina regressa à normalidade, desaparecendo
nela todos os vestígios de um convívio mais íntimo com vampiro.
Nesta obra deve sublinhar-se sobretudo
a qualidade dos décors, a beleza plástica dos enquadramentos, o jogo simbólico
das múltiplas referências que Terence Fisher espalha ao longo da sua hora e
meia. Os dois actores principais, que transitaram de Frankenstein, constroem
personagens notáveis, quer o já referido Christopher Lee, no Conde Drácula,
quer Peter Cushing, na figura de Van Helsing. Será de referir ainda a
participação de Michael Gough, outro actor excelente. Christopher
Lee serve-se maravilhosamente do seu físico imponente para, envolto numa capa
negra que esconde mistérios e ameaças, nos surgir, pela primeira vez, no cimo
de uma escadaria e mostrar desde logo quem comanda o jogo. A vítima caiu na
teia que lhe foi montada. O arranque da obra é notável de eficácia e economia
de meios. As imagens sugerem e o vermelho do sangue estende-se pelo ecrã
conferindo-lhe negros presságios. O sangue é a morte, mas igualmente a cor da
sensualidade que perpassa pelo filme de princípio ao fim. Terence Fisher
transporta-nos habilmente para o universo de Bram Stoker, sem que esta seja a
mais fidedigna das adaptações. Mas, introduzindo algumas modificações quanto à
obra literária donde parte, os responsáveis conseguem manter-se fiéis ao
espírito.
O colorido é outro dos aspectos a
sublinhar, jogando com cores fortes que dominam outras matizadas. Quando Lucy
ou Mina são sugadas, os vestidos, as camisas de dormir, são claras ou brancas,
identificado uma pureza que não tardará irá ser maculada. É o vermelho do
sangue que se insinua, pressagiando o contágio, antecipando a terrível condição
de morto-vivo.
A atmosfera de um gótico fantástico é
admiravelmente conseguida, quer através do tratamento dos cenários e do
guarda-roupa, como pela própria interpretação dos actores e sobretudo pela
realização que, paradoxalmente, se mostra de um rigor clássico sem mácula.
Dois anos depois (1960), Terence
Fisher regressa ao mito, dirigindo “As Noivas de Drácula”, agora com um
inexperiente David Peel na figura de vampiro, o barão Meinster. Peter Cushing,
porém, mantém-se fiel à composição do célebre doutor Van Helsing, que prossegue
a sua tenaz luta contra o vampirismo.
A história, nascida da colaboração de
Jimmy Sangster, Peter Bryan e Edward Percy, foge um pouco ao esquema de Bram
Stoker, ainda que mantenha figuras e situações. No castelo dos barões de
Meinster, a baronesa mantém prisioneiro o filho. Mas uma professora a caminho
da sua terra (Marianne Danielle) é obrigada a parar e passa a noite no castelo,
descobrindo o prisioneiro e libertando-o. Os crimes começam desde logo, sendo a
primeira vítima a própria baronesa. Marianne, em pânico, foge e é encontrada
pelo Doutor Van Helsing, que a interna numa Academia de Raparigas, enquanto ele
sai em perseguição do conde. Mas este consegue chegar até Marianne, propor-lhe
casamento, e raptá-la. O filme aproxima-se do fim, quando Van Helsing consegue
fechar Meinster num velho moinho, mantendo com ele uma luta, onde a água benta
desempenha papel preponderante, bem como as sombras em forma de cruz das velas
do moinho abandonado. Reduzido a pó, o barão de Meinter deixa de exercer a sua
influência maligna sobre Marianne Danielle, que recobra a vida. Decididamente
menos logrado, num plano estético e cinematográfico, “As Noivas de Drácula”
mantem, todavia, uma visão psicanalítica e social do vampirismo, que se mostra
extremamente interessante e sugestiva. A falta de Christopher Lee no
protagonista é, contudo, manifesta.
Fisher voltaria a encontrar-se com a
lendária figura do conde Drácula em 1964, com “Dracula, Prince of Darkness”.
Como protagonista, de novo Christopher Lee. Filme que nunca estrearia em
Portugal. Questões de censura, obviamente. A Hammer só regressaria ao mito,
quatro anos depois, com “Dracula Has Risen from the Grave”, filme não muito
satisfatório de um realizador nem sempre inspirado, Freddie Francis. Com um
argumento inteligente e pitoresco de John lder, baseado (vagamente) no romance
de Bram Stoker, “O Sinal de Drácula” não aproveitou condignamente as
potencialidades da base literária donde parte.
O HORROR DE DRÁCULA
Título original: Dracula ou Horror of Dracula
Realização: Terence
Fisher (Inglaterra, 1958); Argumento: Jimmy Sangster segundo o romance de Bram
Stoker; Produção: Michael Carreras, Anthony Hinds, Anthony Nelson Keys; Música:
James Bernard; Fotografia (cor): Jack Asher; Montagem: Bill Lenny; Design de
produção: Bernard Robinson; Direcção artística: Bernard Robinson; Guarda-roupa:
Molly Arbuthnot; Maquilhagem: Philip
Leakey, Henry Montsash; Direcção de Produção: Don Weeks; Assistentes de
realização: Robert Lynn, Tom Walls; Departamento de arte: Arthur Banks, Charles
Davis, Mick Lyons; Som: Jock May, Claude Hitchcock; Efeitos especiais: Sydney
Pearson, Les Bowie; Companhia de produção: Hammer Film Productions; Intérpretes: Peter Cushing (Dr. Van
Helsing), Christopher Lee (Dracula/Donde Drácula), Michael Gough (Arthur),
Melissa Stribling (Mina Holmwood), Carol Marsh (Lucy Holmwood), Olga Dickie
(Gerda), John Van Essen (Jonathan), Valerie Gaunt (noiva do vampiro), Olga
Dickie (Gerda), John Van Eyssen (Jonathan Harker), Janina Faye (Tania), Barbara
Archer (Inga), Charles Lloyd Pack, George Merritt, George Woodbridge, George
Benson, Miles Malleson, Geoffrey Bayldon, Paul Cole, etc. Duração: 82 minutos;
Distribuição em Portugal: Warner Home Video; Classificação etária: M/ 12 anos;
Data de estreia em Portugal:
TERENCE FISHER (1904-1980)
Terence
Fisher nasceu a 23 de Fevereiro de 1904, em Londres, Inglaterra, e vira a
falecer em 18 de Junho de 1980, em Twickenham, Londres, Inglaterra, vítima de
ataque cardíaco. Ensinado por uma avó, numa rígida educação religiosa do chamado
Cristianismo Científico, Terence Fisher mal acabou a escola passou a embarcado
na marinha mercante. Deixou o mar e passou por vários empregos até chegar à
indústria cinematográfica. Um dia, solicitou a J. Arthur Rank Studios a
possibilidade de ser montador e foi aceite. Já com 43 anos, estreou-se como
realizador na comédia “Coronel Bogey” (1948). A partir daí intercalou filmes de
classe A, como “Veneno de Amor” (1950), segundo Noel Coward, “Uma Atrevida
Aventura” (1950) com Jean Simmons e Dirk Bogarde ou “Retrato da Vida” (1948),
com Herbert Lom, com outros de série B que lhe iam assegurando o ordenado para
manter mãe e irmã.
Com 52
anos, a produtora Hammer Studios encomendou-lhe uma nova versão de
“Frankenstein” (1931), cujos direitos tinha adquirido à Universal. Como
resultado, “A Máscara de Frankenstein” (1957) bateu todos os recordes de
bilheteira, Terence Fisher foi descoberto pela crítica internacional, e dois
actores, Peter Cushing e Christopher Lee, entraram na lenda do cinema
fantástico. A Hammer tornou-se um estúdio de culto, e para o sucesso terá
contribuído em muito o facto de o filme ser rodado num voluptuoso Tecnicolor, a
primeira vez que tal acontecia e que conferia ao terror um lado sangrento
terrificante. Mas a arte e o bom gosto (gótico) de Terece Fisher muito
contribuíram para o sucesso. Conta-se que Fisher se recusou a ver a versão de
James Whale, com receio de se deixar influenciar e deste modo criar algo
inteiramente novo. Seguiram-se novas versões de outros mitos da literatura e do
cinema fantástico e Fisher assegurou uma reputação, consagrada pelo público e
pela crítica.
Dirigiu
Peter Cushing por 14 vezes e Christopher Lee por 12. Formaram uma equipa de uma
homogeneidade e eficácia notável.
Filmografia:
Como cineasta
1948: Coronel Bogey; Retrato Da Vida (RETRATO da Vida); Para o Perigo Público (Curta-metragem); Song for Tomorrow; 1949: O Coração Espantado (Veneno de Amor); Marry Me UO The Marriage Bureau; 1950: So Long na Feira ((Uma Atrevida Aventura)); 1951: Início de Perigo; 1952: Stolen rosto (A Máscara do Desejo); Asas de perigo; O Jogador ea Senhora (NAO creditado, NEM Confirmado); Quatro Triângulo lados; Trompete Distante; A última página UO Man Bait; 1953: Manthap; Spaceways (Viagem Espacial); Blood Orange; 1953-1955: Douglas Fairbanks, Jr., Presents (série de TV) (5 episodios); 1954: Nomeação Final; Encare o Musi; The Stranger Came Home; Máscara de poeira (O Circuito da Morte); Murder by Proxy; Três é demais (episodios "The Surgeon" r "Tome um número"); 1955: Crianças Galore; Atribuição roubado; A falha; 1956: The Last Man para desligar; O Gelignite Gang (NAO creditado); A Dívida; Uma Questão de Honra; The Knife Invisível; Coronel março de Scotland Yard (série de TV) (1 episodio); ITV Television Playhouse (série de TV) (1 Episodio: Stolen rosto); Atribuição Legião Estrangeira (série de TV) (2 episodios); 1956-1957: As Aventuras de Robin Hood (série de TV) (11episódios); 1957: Kill Me Tomorrow; The Curse of Frankenstein (A Máscara de Frankenstein); As Aventuras de Clint e Mac (série de TV); The Gay Cavalier (série de TV) (3 episodios); Sword of Freedom (série de TV) (2 episodios); 1958: The Revenge of Frankenstein (A Vingança de Frankesntein); Horror of Dracula (O Horror de Drácula); 1959: The Mummy (A Múmia); O Cão dos Baskervllle (O Cão dos Baskervilles); Os Stranglers de Bombay (Como Estranguladoras); O homem que poderia enganar a Morte (O Homem Que Enganou a Morte); Disque 999 (série de TV) (8 episodios); 1960: As Noivas de Drácula (como Noivas de Drácula); Sword of Sherwood Forest (Uma Aventura de Robin dos Bosques); As Duas Faces do Dr. Jekyll (As Duas Faces fazer Dr. Jekyll); 1961: A Maldição do Lobisomem (A Maldição do Lobisomem); Mãos do Diabo (Curta-metragem); 1962: The Phantom of the Opera (O Fantasma fa Ópera); 1963: Sherlock Holmes Und Das Halband Des Todes (Sherlock Holmes EO Colar da Morte); 1964: O horror de tudo isso; O Gorgon (A Morte Passou Por Perto); A Terra morre gritando; 1965: Ilha do Terror; Drácula, Prince Of Darkness (Drácula, Príncipe das Trevas); 1966: Frankenstein Criou a Mulher (Frankenstein CRIOU A Mulher); 1967: Night of the Big Calor; 1968: The Devil Rides Out; 1969: Frankenstein Must Be Destroyed (O Barão de Frankenstein); 1973 Frankenstein eo Monstro do Inferno (Frankenstein EO Monstro do Inferno); 1991 Robin Hood: The Movie (vídeo).
Hammer Films
William Hammer (*) criou a
“Hamrner Productions Ltd.”, em 1934, em associação com a “British Lion”. O
primeiro filme foi “The Public Life of Henry, the Ninth”. No mesmo ano, e de
colaboração com Enrique Carreras, funda a “Exclusiva Films”, distribuidora de
filmes ingleses e americanos. Até ao início da II Guerra Mundial as duas
companhias funcionam regularmente. Durante a guerra, Hammer limita as suas
actividades ao teatro, até que em 1946 renova a ”Exclusive Films”, alargando as
suas actividades à produção de filmes, agrupando além de William Hammer e do
seu filho, Anthony Hammer (que adopta os pseudónimos de Anthony Hinds, como
realizador, e John Elder ou Henry Younger, como argumentista), Enrique e James
Carreras. Adaptam então ao cinema uma série de folhetins radiofónicos
populares, como “The Man in Black”, “Life with the Lyons” ou “Dick Barton's Special
Agent”. Em Novembro de 1947, fundam uma nova companhia, a Hammer Film Prod.,
com sede e estúdios modestos em Bray, junto ao Tamisa.
Durante a década de 50, a Inglaterra recupera
lentamente da depressão económica provocada pela guerra. 1956 é o ano-chave
para a Hammer: Val Guest realiza a adaptação cinematográfica de um folhetim da
BBC-Televisão, “The Quatermass Experiment”. O extraordinário êxito obtido por
esta história fantástica, um mutante que se transforma em organismo gelatinoso
e que se alimenta de sangue humano, é o indicativo para a companhia de que
existe um mercado internacional para filmes do género. Decide assim readaptar
alguns dos grandes clássicos do terror.
Este facto vem também confirmar a teoria que
relaciona os momentos altos do cinema de terror com situações complexas de
falta de estabilidade socioeconómica das sociedades e demonstra ao mesmo tempo
o poder libertador da fantasia. Ao ambiente angustiante vivido na realidade
alia-se a opressão figurativa que, devido ao seu forte atractivo plástico, faz
esquecer os problemas do quotidiano, os problemas pessoais, as repressões. E
uma libertação do espírito pelo grito, pela fuga ao real e por uma série de
modificações psicofisiológicas. Para além disso, outros factores influenciavam
o interesse do tema: a não existência, para além de algumas tentativas isoladas
e sem futuro, do que se poderia chamar nos últimos 20 anos um grande “clássico”
do cinema fantástico; um grande público jovem interessado e ignorando esses
“clássicos” (não reeditados até então por diversas razões), disposto a aceitar
os filmes do novo género, rodados segundo técnicas modernas (a cor, os novos
formatos, novas tecnologias…) e trazendo o fantástico à realidade diária.
Em Novembro de 1956, inicia-se a rodagem de “The
Curse of Frankenstein”, primeiro filme de terror britânico a cores, tentando
renovar as grandes tradições da “Universal” dos anos 30. Terence Fisher como
realizador, Peter Cushing e Christopher Lee como actores, e uma equipa unida de
técnicos responsáveis é uma das características de produção da Hammer Films. É
por este espírito de equipa que não se pode desligar a obra de Fisher da Hammer
assim como acontecera com James Whale e a Universal. No entanto, e apesar de
integrado nesta forma de produção, Fisher conseguiu destacar-se por um talento
criador inato, grandes conhecimentos da técnica cinematográfica do género e,
principalmente, pelo sentido eficaz, de um claro classicismo, dos seus filmes.
São estes factores que nos permitem falar de “um filme de Fisher”, mais do que
de uma “obra da Hammer”, como acontece na maioria das outras produções. A sua
obra denota sempre uma ruptura com as normas clássicas dos personagens que faz
reviver. Embora homenageando constantemente os seus antecessores, os seus
“monstros” ou seres fantásticos assumem uma nova dimensão, mais adequada à
época em que “ressuscitam” e, ao mesmo tempo, mais aproximada das figuras
literárias em que se baseiam. O seu Frankenstein, embora monstro, perde o seu
carácter fantasmagórico para se transformar num verdadeiro “puzzle” de membros
enxertados; o seu Drácula perde a imagem espectral de Lugosi para se
transformar numa personagem senhorial dotada de uma carga potencial de erotismo
subconsciente; o seu Mr. Hyde é um ser vulgar, mundano, que escolhe as suas
vítimas num “cabaret” ou na rua. As personagens perdem a “inocência” dos
primeiros tempos. Fisher aborda sem complexos todos os tabus que costumam
rodear não só o cinema fantástico como todos os outros géneros
cinematográficos. Nos seus filmes aparecem cenas explícitas de incesto (“The
Brides of Dracula”), o masoquismo (“The Brides of Dracula”), a homossexualidade
tanto feminina como masculina (“The Horror of Dracula”, “The Brides of
Dracula”), todos os tipos de sadismo (estrangulamentos, mutilações, violações,
crucificações, lapidações, enforcamentos), o fetichismo (“The Mummy”), o desejo
sexual de mortos em relação a pessoas vivas (“The Mummy”), o exibicionismo, as
orgias, ou seja, tudo aquilo que parecia inimaginável nos anos 30, toda uma
série de elementos que, sem dúvida, contribuíram grandemente para o auge do
cinema fantástico - e do que não o é - dos nossos dias.
Fisher introduziu também nos seus filmes a cor. E
um tipo de colorido, o Technicolor, que faz com que os mantos dos vampiros
sejam mais negros, que os contrastes luminosos nos apareçam mais sinistros e o
sangue mais sangue. Constante de toda a obra fisheriana, o vermelho, é o
elemento vital que transborda, invade o “écran”, inundando irremediavelmente o
mundo dos personagens, actuando como elemento purificador. Quando mais tarde
homenagearam este estúdio chamaram-lhe “Hammer: The Studio That Dripped
Blood!”.
"A Máscara fazer Frankenstein" tapa Varia Sequel: The Revenge of Frankenstein (1959), The Evil of Frankenstein (1964) Frankenstein CRIOU uma Mulher (1967), Frankenstein Must Be Destroyed (1969), The Horror of Frankenstein (1970) Frankenstein UO EO Monstro do Inferno (1974). Quanto a "O Horror ELES Drácula" continuou a vampiresca SUA Ameaça Entre 1960 e 1974: As Noivas de Drácula (1960) Dracula: Prince of Darkness (1966) Dracula Has Risen from the Grave (1968), Taste the Blood of Dracula (1969 ) Scars of Dracula (1970) Dracula AD 1972 (1972), os ritos satânicos de Drácula (1973), A Lenda dos 7 Vampiros de Ouro (1974).
OUTROS Filmes Importantes Desta Produtora FORAM: A Múmia (1959), O Cão dos Baskervilles (1959), As Duas Faces da Doctor Jekyll (1960), O Fantasma da Ópera (1962), The Devil Rides Out (1967), etc .
(*) William Hammer (1887 – 1957) produtor dinâmico
de espectáculos de variedades, revistas e operetas, proprietário de diversos
teatros em toda a Inglaterra e actor. Começou a sua carreira com uma cadeia de
lojas de bicicletas e cabeleireiro.
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