SENSIBILIDADE
E BOM SENSO (1995)
“Sense and Sensibility” foi o primeiro romance escrito por
Jane Austen, uma das mais conceituadas escritoras de língua inglesa, que viveu
entre o século XVIII e o século XIX. A obra terá sido escrita alguns anos
antes, mas só apareceu editada em 1811, ainda sem referência de autoria.
Assinava-o “A Lady”. Só mais tarde Jane Austen assumiu a “maternidade”. O livro
é magnífico como descrição de uma época, com personagens notáveis e situações
de uma enorme subtileza e acuidade de observação.
Como em alguns outros romances que tem por tema casas
senhorias inglesas em ambientes rurais (por exemplo “O Regresso a Howards End”,
de E. M. Forster, muito posterior na escrita, mas muito semelhante nalguns
aspectos), “Sensibilidade e Bom Senso”
aborda uma questão de partilhas, por morte do Mr. Dashwood (Tom Wilkinson), que
por tradição na época, deixa a herança ao filho (sobretudo a sua casa Norland
Park) com a recomendação do mesmo assegurar a sobrevivência das três filhas de
um segundo casamento, Elinor (Emma Thompson), Marianne (Kate Winslet) e
Margaret (Emilie François), bem assim como
da sua mulher.
Mas, desaparecido o patrono, John, o único filho, de conluio com
a viperina mulher, tratam de esquecer as recomendações paternas e exilam a
Senhora Dashwood e as suas filhas para bem longe, habitando uma casa muito mais
simples e com reduzidos recursos para viver. Claro que toda esta trama de cariz
social está bem impregnada no desenrolar da obra que todavia faz oscilar o seu
centro de acção para uma análise do comportamento das irmãs Elinor e Marianne,
cada uma delas com reacções muito diversas perante as circunstancias que
enfrenta. Elinor é mais racional, fazendo imperar o bom senso, Mariane é
sobretudo emotiva e passional. Mas cada uma delas, depois de passar por
diversas provas, acaba por encontrar o seu equilíbrio, tanto emocional como
racional.
Como quase todas as obras literárias de Jane Austen,
“Sensibilidade e Bom Senso” já conheceu algumas adaptações ao cinema e à
televisão. Rodney Bennett, em 1981, realizou uma mini-série para televisão de
certa qualidade, e John Alexander, já em 2008 também teve bons resultados para
a sua versão na BBC. Mas este “Sense and Sensibility”, de 1995, adaptado e
interpretado por Emma Thompson e dirigido por Ang Lee para cinema, será
seguramente o melhor exemplo de uma cuidada adaptação, onde todos os valores se
produção se encontram salvaguardados, através de uma excelente reconstituição
de época, cuidada e sem ostentação
inútil, uma fotografia magnífica, uma montagem descritiva e serena, adaptada ao
espírito da época e do local, e uma notável interpretação de todo o elenco, com
particular relevo para Emma Thompson.
Não será dos melhores filme de Ann Lee (preferimos-lhe, por
exemplo, “O Tigre e o Dragão”, “O
Segredo de Brokeback Mountain” ou o pouco conhecido “Sedução, Conspiração”),
mas mostra-se um bom exemplo do que tradicionalmente se chama certa “qualidade
britânica”.
SENSIBILIDADE E BOM SENSO
Título original: Sense and
Sensibility
Realização: Ang Lee (Inglaterra, EUA,
1995); Argumento: Emma Thompson, segundo romance de Jane Austen; Produção: Laurie
Borg, Lindsay Doran, Sydney Pollack, James Schamus, Geoff Stier; Música:
Patrick Doyle; Fotografia (cor): Michael Coulter; Montagem: Tim Squyres;
Casting: Michelle Guish; Design de produção: Luciana Arrighi; Direcção
artística: Philip Elton, Andrew Sanders; Decoração: Ian Whittaker;
Guarda-roupa: Jenny Beavan, John Bright;
Maquilhagem: Jan Archibald, Morag Ross; Direcção de Produção: Anthony Bregman;
Assistentes de realização: Christopher Newman, Bernard Bellew, Ben Howarth,
Keith Young, Mick Ward; Departamento de
arte: Jack Carter, Stan Cook, Gill Ducker, Robert Harper, John Hedges, Mark
White; Som: Tony Dawe, Chris Gurney, Steve Hamilton, Thomas O'Shea; Efeitos
especiais: Jeff Clifford, Ricky Farns; Efeitos visuais: Randall Balsmeyer;
Companhias de produção: Columbia Pictures Corporation, Mirage Enterprises; Intérpretes: James Fleet (John
Dashwood), Tom Wilkinson (Mr. Dashwood), Harriet Walter (Fanny Ferrars
Dashwood), Kate Winslet (Marianne Dashwood), Emma Thompson (Elinor Dashwood),
Gemma Jones (Mrs. Dashwood), Hugh Grant (Edward Ferrars), Emilie François
(Margaret Dashwood), Elizabeth Spriggs (Mrs. Jennings), Robert Hardy (Sir John
Middleton), Ian Brimble (Thomas), Isabelle Amyes (Betsy), Alan Rickman (Coronel
Christopher Brandon), Greg Wise (John Willoughby), Alexander John, Imelda
Staunton, Imogen Stubbs, Hugh Laurie, Allan Mitchell, Josephine Gradwell,
Richard Lumsden, Lone Vidahl, Oliver Ford Davies, Eleanor McCready, Lindsay
Doran, etc. Duração: 136 minutos;
Distribuição em Portugal: Columbia Filmes; Classificação etária: M/ 12 anos;
Data de estreia em Portugal: 8 de Março de 1996.
ANG LEE (1954 - )
Ang Lee
nasceu a 23 de Outubro de 1954, em Pingtung, Taiwan, República da China ou
China Nacionalista. Estudou no National Taiwan College of Arts, passando depois
a viver nos EUA, onde estudou realização na Universidade de Illinois e produção
cinematográfica em Nova Iorque. Foi assistente de realização de Spike Lee. Em
1992 estreou-se na longa-metragem com m
com "Pushing Hands", a que se seguiram duas obras que cimentaram a
sua carreira, "O Banquete de Casamento" (Urso de Ouro no Festival de
Berlim, Melhor Realização no Festival de Seattle, nomeado para os Golden Globe
Awards) e " Comer, Beber, Homem, Mulher" (nomeado para o Oscar de
Melhor Filme Estrangeiro). "Sensibilidade e Bom Senso", primeira
superprodução internacional, foi nomeado para os Oscars de Melhor Filme e
Melhor Argumento Adaptado. Ganha o BAFTA de Melhor Filme e o Urso de Ouro de
Berlim. Em 2000, com "O Tigre e o Dragão", ganha dois Globos de Ouro
e é ovacionado no Festival de Cannes. Adapta "Hulk", curiosa versão
dos Marvel Comics, mas em 200,5 com "O Segredo de Brokeback
Mountain", recebe o Oscar e o Globo de Ouro por seu trabalho. Volta a
ganhar o Oscar com “A Vida de Pi”, em 2013. Casado com Jane Lin (desde 1983).
Filmografia:
Como realizador: 1992: Pushing Hands ou Tui
shou; 1993: The Wedding Banquet ou Hsi yen (O Banquete de Casamento); 1994: Yin
shi nan nu ou Eat Drink Man Woman (Comer, Beber, Homem, Mulher); 1995: Sense
and Sensibility (Sensibilidade e Bom Senso); 1997: The Ice Storm (A Tempestade
de Gelo); 2000: Wo hu Zang Llong ou Crouching Tiger, Hidden Dragon (O Tigre e o
Dragão); 2001: The Hire: Chosen (curta-metragem); 1991-2001: Ride with the
Devil (Cavalgando com o Diabo); 2003: Hulk (Hulk); 2005: Brokeback Mountain (O
Segredo de Brokeback Mountain); 2007: Lust, Caution (Sedução, Conspiração),
2009: Taking Woodstock; 2012: Life of Pi (A Vida de Pi).
EMMA THOMPSON (1959 - )
Nasceu
a 15 de Abril de 1959, em Paddington, Londres, Inglaterra. Oriunda de uma
família de actores, o pai era Eric Thompson, a mãe Phyllida Law, a irmã Sophie
Thompson, todos actores como ela. Estudou na Universidade de Cambridge
Literatura Inglesa e fez parte do
Footlights Group, um grupo uiversitário onde muitos dos membros dos
Monty Python se encontraram. Formada em 1980 iniciou a carreira na radio BBC,
depois na televisão. Foi na BBC que se cruzou com Kenneth Branagh, durante a
rodagem da minisérie Fortunes of War (1987). Emma ganhou umBAFTA pelo seu
trabalho e ambos casaram em 1989,
continuando a trabalhar em conjunto. “Regresso a Howards End” (1992) marcou a
sua carreira, a partir daí repleta de sucessos, prémios e distinções, não só
actriz, mas também como argumentista (a sua adaptação de “sensibilidade e Bom
Senso” é um bom exemplo”). Diverciada de Kenneth Branagh em 1995, casou com
Greg Wise (2003 – até ao presente).
jane.com".
A revista inglesa “Empire” coloca-a em 91º lugar na lista "The Top 100
Movie Stars of All Time". ( 1997). Asua interpretação de Miss Kenton em Os
Despojos do Dia (1993) está colocada em 52º lugar na lista da revista
“Premiere” “100 Greatest Performances of All Time” (2006). Ganhou dois Oscars,
um em “Regresso a Howards End” (1992), como actriz, outro em “Sensibilidade e
Bom Senso” (1995), como argumentista. Possui um Estrela no Hollywood Walk of
Fame junto ao nº 6714 em Hollywood Boulevard (2010). Até 2014, tinha integrado
o elenco de cinco filmes nomeados para Melhor Filme do Ano: “Regresso a Howards
End” (1992), “Em Nome do Pai” (1993), “Os Despojos do Dia” (1993),
“Sensibilidade e Bom Senso” (1995) e “Uma Outra Educação” (2009).
Filmografia
Como
actriz: 1982: Cambridge Footlights
Revue, de John Kilby (TV); There's
Nothing to Worry About! (TV); 1983: The
Crystal Cube, de John Kilby; 1983-1984:
Alfresco (TV); 1984: The Comic
Strip Presents... (TV); 1984: The Young
Ones (TV); 1985: Assaulted Nuts (TV);
Emma Thompson: Up for Grabs (TV); 1987:
Tutti Frutti (TV); Fortunes of War (TV); 1988: Thompson (TV); 1989: Look Back in Anger (TV) de Judi Dench;
1989: The Tall Guy (Os Homens Medem-se
aos Palmos), de Mel Smith; 1989: Theatre
Night (série TV); Henry V (Henrique V), de Kenneth Branagh; 1991: Impromptu, de James Lapine; Dead Again (Viver
de Novo), de Kenneth Branagh; 1992:
Cheers, Aquele Bar (TV); Retour à Howards End (Regresso a Howards End),
de James Ivory; Peter's Friends (Os Amigos de Peter), de Kenneth Branagh;
1993: Much Ado About Nothing (Muito
Barulho por Nada), de Kenneth Branagh; The Remains of the Day (Os Despojos do
Dia), de James Ivory; 1994: In the Name of the Father (Em Nome do Pai), de Jim
Sheridan; My Father the Hero (Meu Pai, o Herói), de Steve Miner; The Blue Boy,
de Paul Murton (TV); 1994: Junior (Junior),
de Ivan Reitman; 1995: Carrington (Carrington),
de Christopher Hampton; Sense and Sensibility (Sensibilidade e Bom Senso), de
Ang Lee; 1997: Hospital!, de John
Henderson (TV) ; 1997: The Winter Guest
(O Convidado), de Alan Rickman; Ellen (TV); 1998: Primary Colors (Escândalos do Candidato), de
Mike Nichols; Judas Kiss (O Beijo de Judas), de Sebastian Gutierrez; 2000: Maybe Baby, de Ben Elton e Hugh Laurie;
2001: Wit (Espírito de Coragem), de Mike
Nichols; 2002: Treasure Planet (O Planeta do Tesouro), de Ron Clements e John
Musker (voz); 2003: Love Actually (O
Amor Acontece), de Richard Curtis; Imagining Argentina (Aconteceu na
Argentina), de Christopher Hampton; Angels in America (Anjos na América) (TV);
2004: Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (Harry Potter e o Prisioneiro de
Azkaban), de Alfonso Cuarón; 2005: Nanny McPhee (Nanny McPhee - A Ama Mágica),
de Kirk Jones; 2006: Stranger than Fiction (Contado Ninguém Acredita), de Marc
Forster; 2007: Harry Potter and the Order of the Phoenix (Harry Potter e a
Ordem da Fénix), de David Yates; 2007: I Am Legend (Eu Sou a Lenda), de Francis
Lawrence; 2008: Brideshead Revisited (Reviver o Passado em Brideshead), de
Julian Jarrold; Last Chance Harvey (A Um Passo do Amor), de Joel Hopkins; 2009:
Radio Rock Revolution (O Barco do Rock), de Richard Curtis; 2009: An Education
(Uma Outra Educação), de Lone Scherfig; 2010: Nanny McPhee et le Big Bang
(Nanny McPhee e o Toque de Magia), de Susanna White; The Song of Lunch, de
Niall MacCormick (TV); 2011: Harry
Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2, de David Yates; 2012: Playhouse Presents (TV); Brave (Brave – Indomável), de Mark
Andrews (voz); Men in Black 3 (MIB³: Homens de Negro 3), de
Barry Sonnenfeld; 2013: Beautiful
Creatures (Criaturas Maravilhosas) de Richard LaGravenese; d'escrocs de Joel Hopkins; Saving Mr. Banks
(Ao Encontro de Mr. Banks), de John Lee Hancock; Effie Gray, de Richard Laxton;
Love Punch (Golpe de Amor), de Joel Hopkins; 2014:; Men, Women & Children,
de Jason Reitman (voz); 2015: The Legend of Barney Thomson, de Robert Carlyle
(em pós-produção); A Walk in the Woods,
de Ken Kwapis (em pós-produção);
Survivor, de James McTeigue (em pós-produção); Um filme de John Wells
anda sem título (em pré-produção).
Como
argumentista: 1982: Cambridge Footlights Revue (TV) de John Kilby; There's
Nothing to Worry About!; 1995: Sense and Sensibility, de Ang Lee; 2005: Pride
& Prejudice, de Joe Wright; 2010: Nanny McPhee and the Big Bang, de Susanna
White; 2013: Effie, de Richard Laxton; 2014:
Annie, de Will Gluck
JANE AUSTEN (1775-1817)
Jane
Austen nasceu a 16 de Dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Reino Unido, e
morreu a 18 de Julho de 1817, aos 41 anos, em Winchester, Reino Unido.
Escritora
desde muito jovem, deixou alguns romances que se encontram entre os mais
celebrados da literatura inglesa, como “Sense and Sensibility” (1811), “Pride
and Prejudice” (1813), “Mansfield Park” (1814), “Emma” (1815), “Northanger
Abbey” (1818), ou “Persuasion” (1818). Oriunda de uma família da nobreza rural
inglesa, essa situação social e o ambiente da época serviram de pretexto para
todas as suas obras, cujo temática central são questões amorosas, suas
dificuldades e esperanças nesse contexto. Muito estudada nos meios académicos,
profundamente adaptada a cinema e televisão, é vista nalguns meios como
conservadora, noutros como inspirada no pensamento de Mary Wollstonecraft,
escritora e feminista britânica contemporânea de Jane Austen.
Sétima
filha de Cassandra e do reverendo George Austen, o pároco anglicano de
Steventon, Jane tinha mais seis irmãos e uma irmã, Cassandra, com quem
estabeleceu grande cumplicidade senso conhecida uma vasta correspondência, de
grade importância literária.
Desde
1787, Jane Austen escreveu, para simples entretenimento da família,
“Juvenilia”, que inclui diversas paródias da literatura da época. Entre 1795 e
1799 começou a redigir as primeiras versões dos seus principais romances, que
se publicariam mais tarde. Em 1797, o pai pretendeu publicar “Orgulho e
Preconceito”, mas foi recusado pelo editor. Nem Cassandra, nem Jane se casaram,
e esta última conheceu vários percalços com pretendentes que, por uma razão ou
outra, nunca chegaram ao altar. Em Janeiro de 1805, morreu o seu pai, deixando
a família em difícil situação económica. Mudaram varias vezes de residência e
de cidade. Em Hampshire, Jane retoma a sua actividade literária e “Sense and
Sensibility” acaba por ser aceite por um editor em 1810 ou 1811, sendo a autora
a assumir os riscos da publicação. Publicado anonimamente, com o pseudónimo:
"By a Lady", teve algumas críticas favoráveis, e os lucros foram de
140 libras esterlinas. As obras seguintes foram muito melho recebidas, o
anonimato desapareceu e os lucros aumentaram. Em 1813, o irmão Henry Austen foi
tratado pelo Sr. Clarke, médico do príncipe Regente, o qual, ao descobrir que
Austen era a autora de “Pride and Prejudice” e “Sense and Sensibility”, obras
que apreciava muito, pediu a este que solicitasse a Henry que o romance
seguinte da autora lhe fosse dedicado. Jane não apreciava muito o príncipe,
devido às suas conhecidas infidelidades, mas, em Dezembro de 1815, foi
publicado “Emma”, dedicado ao príncipe regente. Começou a redigir “Persuasion”
em Agosto de 1815, e um ano depois começou a se sentir mal, tendo abandonado a
escrita dois anos depois, deixando várias obras inacabadas. Foi levada para
Winchester, a fim de receber tratamento médico, e viria a falecer em 18 de
Julho de 1817. Consta que as suas últimas palavras foram: "Não quero nada
mais que a morte". Na altura desconheceu-se a causa da morte, mas presentemente
calcula-se que Jane Austen foi vitima da Doença de Addison. Está enterrada na
Catedral de Winchester, onde se lê a seguinte placa: "She opened her mouth
with wisdom and in her tongue is the law of kindness" ("Ela abriu a
sua boca com sabedoria e na sua línguagem reside a lei da bondade").
Obras de Jane Auten:
Romances: Sense and Sensibility (1811),
Pride and Prejudice (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815), Northanger
Abbey (1818), Persuasion (1818); Novela:
Lady Susan (1794, 1805); Obras não
terminadas: The Watsons (1804), Sanditon (1817); Outras obras: Sir Charles Grandison (teatro) (1793, 1800), Plan of
a Novel (1815), Poems (1796-1817), Prayers (1796-1817), Letters (1796-1817)
Outras obras de juventude da
autora foram antologiadas e três volumes: Juvenilia
— Volume the First (1787–1793) - Frederic & Elfrida, Jack & Alice,
Edgar & Emma, Henry and Eliza, The Adventures of Mr. Harley, Sir William
Mountague, Memoirs of Mr. Clifford, The Beautifull Cassandra, Amelia Webster,
The Visit, The Mystery, The Three Sisters, A beautiful description, The
generous Curate, Ode to Pity;
Juvenilia — Volume the Second
(1787–1793) - Love
and Freindship, Lesley Castle, The History of England, A Collection of Letters,
The female philosopher, The first Act of a Comedy, A Letter from a Young Lady,
A Tour through Wales, A Tale;
Juvenilia — Volume the Third
(1787–1793) -
Evelyn, Catharine, or the Bower.
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